Pigmentação também mostra que penas têm estrutura propícia ao voo.
'Archaeopteryx' é um elo evolutivo entre répteis e aves.
'Archaeopteryx' é um elo evolutivo entre répteis e aves.
Do G1, em São Paulo
Uma equipe internacional de cientistas conseguiu descobrir que as penas de um dinossauro alado que viveu há 150 milhões de anos eram pretas. O achado pode parecer estranho, mas é um passo importante para entender como aconteceu a evolução dos répteis para as aves.
O Archaeopteryx, animal que tinha o tamanho de um corvo, sempre foi visto pelos cientistas como um elo evolucionário. Ele reunia algumas características de répteis, como dentes, cauda ossuda e garras, e outras de aves, como as asas com penas.
Fóssil do 'Archaeopteryx' (Foto: Humboldt Museum für Naturkunde Berlin) |
Os cientistas descobriram que a asa desse animal era preta porque conseguiram identificar a presença de melanossomos na pena fossilizada. Essa estrutura celular é responsável pela produção de pigmentos, mas também serve para dar mais sustentação estrutural à pena.
De acordo com a análise, a pena do dinossauro tinha uma estrutura bastante parecida com a das aves modernas, o que mostra que esse tipo de asas já existe há 150 milhões de anos.
“Não podemos dizer que é uma prova de que o Archaepteryx voava. O que podemos dizer é que nas penas dos pássaros modernos, esses melanossomos providenciam força e resistência adicionais para o voo, que é o motivo pelo qual as penas e suas pontas são as áreas mais comumente pigmentadas”, afirmou o autor Ryan Carney, em material divulgado pela Universidade Brown, em Providence, EUA, onde ele trabalha.
O estudo foi publicado pela revista científica “Nature Communications”.
Fonte: G1
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