sexta-feira, 1 de junho de 2018

Cientistas descobrem espécie de dinossauro que vivia na terra e na água

Fóssil com idade estimada de 75 milhões de anos foi encontrado na Mongólia e é um dos poucos exemplares com capacidade anfíbia

REPRODUÇÃO DO HALSZKARAPTOR ESCUILLIEI (FOTO: ANDREA CAU)

Paleontólogos identificaram uma criatura que seria uma espécie de tatatataravó dos patos. Ou quase isso: em artigo publicado no periódico científicoNature, os pesquisadores relataram a descoberta de um fóssil com idade estimada de 75 milhões de anos que tinha a habilidade de viver na terra e na água — uma característica bastante rara em dinossauros. A espécie foi batizada de Halszkaraptor escuilliei e ganhou o apelido de Halszka. 


As características biológicas do dinossauro foram uma surpresa: graças à análise de um fóssil preservado encontrado na Mongólia, os cientistas notaram que a espécie possuía um pescoço longo e asas pequenas, fornecendo indícios de sua capacidade de viver em ambiente aquático.

O formato de suas patas com garras indicava que ele era capaz de percorrer terra firme: para nadar, ele se comportaria de maneira semelhante a um pato. 

DESCRIÇÃO DO FÓSSIL ANALISADO NA PESQUISA (FOTO: REPRODUÇÃO)

As garras em formato de foice e a presença de dentes forneceram pistas da maneira como o dinossauro caçava suas presas — de acordo com os paleontólogos, o Halszka teria um parentesco distante com o Velociraptor, que também era bípede e tinha as garras afiadas como a principal característica de caça. 

De acordo com os pesquisadores, a estrutura corporal do dinossauro é semelhante a espécies dos pássaros modernos capazes de viver em ambientes aquático e de terra firme. O estilo de vida peculiar do réptil, que vivia como um predador em ambiente anfíbio, surpreendeu os paleontólogos por conta da alta capacidade de adaptação da espécie. 

Todas essas características particulares do Halskza fizeram com que os cientistas ficassem com um pé atrás ao localizarem o fóssil: eles realizaram diferentes testes e análises com raios-X para confirmar que o exemplar era verdadeiro.


Nos últimos anos, os pesquisadores especializados no estudo de dinossauros tomaram precauções em relação a novas descobertas para não serem enganados por falsificações. 

EQUIPE DE PESQUISADORES COM O FÓSSIL (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Fonte: Revista Galileu