segunda-feira, 28 de março de 2011

Como diferenciar as cobras venenosas das não venenosas

Alguns critérios de identificação permitem reconhecer a maioria das serpentes peçonhentas brasileiras, distinguindo-as das não peçonhentas:
As serpentes peçonhentas possuem dentes inoculadores de veneno localizados na região anterior do maxilar superior. Nas Micrurus (corais), essas presas são fixas e pequenas, podendo passar despercebidas. 

Presença de fosseta loreal

Com exceção das corais, as serpentes peçonhentas têm entre a narina e o olho um orifício termo receptor, denominado fosseta loreal, que serve para a cobra perceber modificações de temperatura a sua frente. Vista em posição frontal este animal apresentará 4 orifícios na região anterior da cabeça, o que justifica a denominação popular de "cobra de quatro ventas".
As serpentes peçonhentas possuem cabeça triangular recoberta com escamas pequenas e a parte superior do corpo é recoberta por escamas sem brilho, em forma de quilha, isto é, como bico de barco ou casca de arroz.
As corais verdadeiras (Micrurus) são a exceção as regras acima referidas, pois apresentam características externas iguais às das serpentes não peçonhentas (são desprovidas de fosseta loreal, apresentando cabeça arredondada recoberta com escamas grandes e coloração viva e brilhante). De modo geral, toda serpente com padrão de coloração que inclua anéis coloridos deve ser considerada perigosa.
As serpentes não peçonhentas têm geralmente hábitos diurnos, vivem em todos os ambientes, particularmente próximos às coleções líquidas, têm coloração viva, brilhante e escamas lisas. São popularmente conhecidas por "cobras d´água", "cobra cipó", "cobra verde", dentre outras numerosas denominações.
No local da picada de uma serpente peçonhenta encontra-se geralmente um ou dois ferimentos puntiformes, de modo diferente do que ocorre com as não-peçonhentas, que costumam provocar vários ferimentos, também, puntiformes, delicados e enfileirados. Essa característica, entretanto, é muito variável e nem sempre útil para o diagnóstico.


Fonte: www.saude.rj.gov.br

CROCODILOS e JACARÉS

Apenas 23 espécies de crocodilianos são conhecidas e todas pertencem a uma única família Crocodylidae, partilhando muitas características em comum.
Devido aos seus corpos poderosos, focinhos alongados e dentes ferozes, eles são fáceis de identificar.
Todos os membros da família dos crocodilos estão adaptados para os estilos de vida aquática; todos eles têm pés em forma de rede, narinas localizadas no topo do focinho que auxiliam a respiração na água e membranas transparentes para proteger os olhos embaixo d’água.
Apesar destas semelhanças, eles possuem estilos de vida e hábitat diferente.
Os jacarés são encontrados somente no continente americano, mas os verdadeiros crocodilos são achados em regiões tropicais, da África a Austrália. Um terceiro grupo, os gaviais, são encontrados somente no sul e leste da Ásia. Mesmo que as espécies variem de tamanho, os adultos desses animais sempre são grandes, podendo medir 1,7 metro, como o jacaré-coroa ou mais de 7 metros, como os crocodilos-de-estuário. Devido ao tamanho e velocidade na água, eles são predadores perigosos em todos os lugares que vivem – os mais novos podem comer peixes pequenos, rãs e insetos, mas os adultos pegam peixes grandes, tartarugas e até animais grandes (incluindo os humanos), principalmente os crocodilos-de-estuário e o crocodilo do Nilo. A presa é geralmente afogada e cortada em pedaços, depois é mais engolida do que mastigada.
Os crocodilos mostram um comportamento social mais complexo do que os outros répteis e são muito territoriais, principalmente durante temporada de procriação. Diferente da maioria dos outros répteis, eles são animais muito vocais e podem fazer uma grande quantidade de ruídos, incluindo rugidos, grunhidos e até ronronados. As fêmeas protegem suas crias e podem ser agressivas com os intrusos. Na maioria das vezes, os crocodilos transportam os mais novos pela boca para protegê-los dos predadores.

Fonte: animalplanetbrasil.com

COBRA-CIPÓ

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Colubridae
Alimentação: Prefere lagartos, pássaros e rãs

Características

Esta cobra, como o nome diz, parece um cipó. A cor e a forma desse réptil mimetizam-no muito bem no seu meio ambiente. A cobra-cipó é predadora, de hábitos arborícolas. Ótima caçadora, prefere apanhar lagartos, pássaros e pererecas. É ativa de dia e movimenta-se muito rapidamente. As cobras-cipós são agressivas, a ponto de, quando assustadas, atacarem mesmo animais maiores, para depois tentarem fugir. Elas vivem em regiões das matas, nas zonas tropical e equatorial da América do Sul.
Essas cobras não são hermafroditas, isto é, há machos e fêmeas, como em todos os demais vertebrados. Além disso, apresentam dimorfismo sexual: o macho e a fêmea apresentam características diferentes.
Nas cobras-cipós, quando chega a época do acasalamento, ocorre fecundação interna e a fêmea é ovípara. A cada período de reprodução são postos de 10 a 15 ovos. 

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

COBRA DRIÓFIDA

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes (Ophidia)
Comprimento: 1,40 m


Pupilas horizontais

Com corpo muito fino e cauda parcialmente comprida, a driófida pertence ao grupo dos colubrídeos. Essa cobra enrosca-se nos galhos das árvores, disfarçando-se graças à cor da sua pele, geralmente verde. Imóvel, ela espera que uma presa se aproxime e ataca como um raio.
As driófidas são encontradas nas florestas tropicais do sudeste asiático. A cabeça é particularmente pontuda e achatada nos lados. Uma concavidade na parte da frente dos olhos forma um canal bastante largo. Com olhos salientes e pupilas horizontais, essas serpentes são dotadas de boa visão binocular.
A driófida é muito ágil nas árvores, deslocando-se velozmente por entre os galhos. Raramente desce para o chão, onde é tão ágil quanto nas árvores.
Seu veneno desce ao longo de pequenos dentes localizados no fundo da boca, e por isso ela só pode apanhar presas pequenas. 

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

Víboras, Calangos e Tartarugas

O nome víbora designa popularmente muitas cobras venenosas e, por analogia, também é aplicado a alguns lagartos considerados perigosos. Existe um lagarto na região, que é a bílbola ou víbora (Dracaena paraguayensis). Seus dentes são redondos e quebram com facilidade moluscos, mexilhões e caranguejos, sua alimentação. Embora os dentes da bílbola não sejam afiados, nem tampouco ela seja venenosa, como se acredita na região, não deixa de ser um bicho agressivo, que abocanha quem o ataque, apertando com seus maxilares fortes.
Víbora-do-Pantanal, são lagartos de grande porte, e por suas dimensões, muitas vezes confundidos com jacarés. Apresentam coloração marrom-oliva no dorso e listas transversais mais claras, transformando-se em manchas irregulares nos lados do corpo e na cauda. O ventre é amarelado, mesclado de cinza-escuro.
Vivem em terras firmes ao redor de banhados e às margens de rios. Nadam muito bem e são capazes de permanecer bastante tempo dentro d'água, para onde correm quando perturbados.
Alimentam-se de moluscos cujas cascas trituram com os dentes achatados, e depois cospem, engolindo somente as partes moles.
São ovíparos, e refugiam-se em buracos, na terra seca ou em cupinzeiros.
Teiú, estão entre os maiores lagartos brasileiros, têm cauda longa e afilada, correspondendo 2/3 do comprimento total, o corpo e membros são robustos, o focinho é pontudo e, nos adultos nota-se uma papada, devido à musculatura mastigadora que é muito desenvolvida.
Com coloração de faixas transversais branco-amarelado. O ventre é claro com barras transversais pretas.
Vivem no chão, nas proximidades de rios e de lagoas. Habitam tocas permanentes e precisam de um território grande que defendem com grande empenho.
Alimentam-se de invertebrados, pequenos vertebrados, frutos, restos de animais e ovos que retiram dos ninhos.
Antes do acasalamento, há uma fase longa de perseguição durante a qual diversos machos podem competir pela mesma fêmea. São ovíparos.
Os demais representantes da ordem dos répteis, têm o corpo revestido por uma couraça formada por placas ósseas soldadas e cobertas externamente por material córneo. O pescoço é curto e pode ser retraído inteiramente para dentro da carapaça, em linha reta. Têm coloração geral castanho-acinzentado. Não há diferenças acentuada entre os sexos. As fêmeas porém são maiores, com tons avermelhados.
Jabuti, (Testudo tabulata) vivem nas matas, locomovem-se lentamente e têm hábitos diurnos. Na época da seca escondem-se no chão, por longo tempo, entre as folhas caídas; na estação chuvosa podem ser vistos com maior facilidade.
Alimentam-se principalmente de frutas maduras caídas das árvores.
Na época da postura as fêmeas fazem uma cova com as patas traseiras, e ali depositam os ovos cobrindo-os um após o outro, com terra. Os filhotes nascem com cerca de 4cm.
Cágado, Platenis macrocephala com esse nome são conhecidos os quelônios de vários gêneros, de carapaça, relativamente baixa, cabeça e pescoço longos. São capazes de virar a cabeça lateralmente e não retraem totalmente o pescoço para dentro da carapaça.
Têm hábitos aquáticos, podendo ser encontrados em vários ambientes onde existe água doce.
Tem hábitos diurnos, muito mais aquáticos do que terrestres, e passam grande parte do tempo mergulhados. Vivem à beira de rios, lagoas, corixos e banhados. Alimentam-se de peixes e de outros organismos aquáticos que apanham e comem dentro d'água. 

Fonte: www.pantanalms.tur.br

"Habitat" e hábitos das serpentes

As serpentes podem ser aquáticas ou terrestres, existindo ainda espécies anfíbias (vivem tanto na terra como na água). Entre as terrestres há aquelas que vivem sobre árvores, as que habitam sobre a superfície do solo e finalmente as de vida subterrânea.
Das que vivem sobre o solo, ganham destaque as do grupos crotálico (Cascavéis), botrópico (Jararacas) e laquético. Devendo-se assinalar também que as do grupo botrópico podem ser eventualmente encontradas em árvores. As do grupo elapídico (Corais) são, por sua vez, animais que preferem a vida subterrânea. Os ofídios peçonhentos são mais encontrados nos campos ou em áreas cultivadas do que no interior de florestas.
De modo geral, pode-se dizer que as serpentes do grupo crotálico (Cascavéis) preferem locais mais secos e pedregosos, enquanto as do grupo botrópico (Jararaca, Urutu) ocorrem com maior frequência em áreas úmidas, como banhados, beiras de rios e lagoas. As Sucuris e Jibóias vivem em matas que margeiam rios e lagos ou zonas de alagados. Do ponto de vista de hábitos, as espécies peçonhentas são aparentemente mais tranquilas e vagarosas, preferindo buscar seus alimentos durante a noite. As não venenosas são, ao contrário, mais ativas e rápidas, exercendo suas atividades quase sempre durante o dia. 

AGRESSIVIDADE, BOTE E PICADA 

 

As serpentes peçonhentas, em geral, não são agressivas, picando apenas quando molestadas, numa atitude mais de defesa do que de ataque. Algumas, no entanto, mostram-se mais violentas, capazes até mesmo de perseguir o homem, como o Surucucu. A Cascavel, è por sua vez, um animal pouco agressivo, que inclusive anuncia sua presença com o ruído típico de seu chocalho. A Coral verdadeira também é relativamente dócil, procurando fugir quando perseguida ou molestada . Em termos de alcance, considera-se que o bote é proporcional comprimento da serpente. Alcança em média, um terço desse comprimento, mas pode atingir quatro quintos, como ocorre com o Surucucu. Não se deve esquecer ainda que, as serpentes podem picar sem dar botes, como acontece quando estão nadando. A picada teoricamente, deveria ser representada por dois orifícios paralelos no local atingido. A prática mostra, porém, que esse ferimento pode se apresentar com outros aspectos, como um simples arranhão ou como um ponto hemorrágico isolado. Convém, assinalar, inclusive, que as serpentes do grupo das Cascavéis, Jararacas, Urutus, Surucucus, etc.; não mordem, mas apenas batem com a boca aberta, introduzindo suas presas como se fossem duas agulhas de injeção (Picada). As do Grupo das Corais verdadeiras são obrigadas a morder para inocular seu veneno.

IDENTIFICAÇÃO DAS SERPENTES PEÇONHENTAS 

 

Na identificação das serpentes peçonhentas (venenosas) o elemento fundamental é a presença da "fosseta loreal" (ou lacrimal). Essa fosseta é representada por um orifício de cada lado da cabeça, situado entre os olhos e a narina de todas as serpentes peçonhentas do Brasil, com exceção das Corais.
Fosseta loreal presente "sempre" indica serpentes peçonhentas.
Quando também apresenta chocalho (ou guizo) na ponta da cauda indica grupo crotálico (Cascavel).
Quando a ponta da cauda apresenta escamas eriçadas indica grupo laquético (Surucucu).
Quando a ponta da cauda é normal, ou seja, sem particularidades especiais, indica grupo botrópico (Jaracaca, Urutu, etc.).
Fosseta loreal ausente pode ter significados diferentes:
Sem anéis no corpo e sem ventre com "ocelos" vermelhos indica serpente não peçonhenta.
Com anéis no corpo ou "ocelos" vermelhos no ventre apresenta outras duas opções:
Sem presas anteriores indica serpentes não venenosa. Com presas anteriores indica grupo elapídico (Coral verdadeira).
Notas: - "Ocelos" são olhinhos ou pontos arredondados vermelhos que são encontrados no ventre de algumas Corais verdadeiras que não têm anéis no corpo.
A diferença entre Coral verdadeira e falsa é muito difícil, sendo geralmente feita pela presença das presas anteriores na boca das verdadeiras.

AÇÃO DO VENENO 

 

Ação proteolítica Causa destruição de tecidos (necrose).
Ação coagulante Provoca destruição direta ou coagulação do fibrogênio (proteína do sangue). Dessa maneira, faz com o que o sangue não coagule.
Ação neurotóxica As alterações que provocam mais comumente são as seguintes: queda das pálpebras superiores (ptose palpebral), perturbações da visão, obnubilação, torpor, sensação de adormecimento ou formigamento na região atingida, etc.
Ação hermolítica Na prática, essa ação é evidenciada pela eliminação da meta-hemoglobina (elemento do sangue) através da urina, que se apresenta com cor de coca-cola ou de vinho tinto. 

SINTOMATOLOGIA 

 

As manifestações ou sintomas decorrentes da picada da animais peçonhentos são proporcionais à quantidade de veneno inoculado. Suas características variam segundo o gênero a que pertence o animal causador do acidente.

GRUPO BOTRÓPICO 

 

Veneno de ações proteolítica e coagulante.
Todas as serpentes do gênero Bothrops (Jararaca, Urutu, Jararacuçu, etc.) produzem sintomas semelhantes, variando apenas de intensidade, de acordo com a quantidade de veneno inoculado.
Há sempre dor no local da picada, com aumento progressivo. Em seguida, a região afetada começa a inchar gradativamente e surgem manchas róseas (avermelhadas) ou cianóticas (azuladas ou arroxeadas). Depois aparecem bolhas, que inclusive podem conter sangue no seu interior. Quando as reações locais tornam-se mais intensas, aparece febre e ocorre frequentemente infecção secundária.
Nos casos leves não há vômitos, a não ser que o indivíduo picado seja muito emotivo. Nos acidentes graves podem ocorrer vômitos incolores, biliosos (amarelos-esverdeados) ou mesmo sanguíneos, seguidos de prostração, sudorose e desmaio. Quando há inoculação de grandes quantidades de veneno, como nas picadas das Jararacuçu, podem ocorrer hemorragias pelo nariz, gengivas, bordas das unhas, couro cabeludo e também pela urina, que se torna vermelha e turva.

GRUPO CROTÁLICO

 

Veneno de ação neurotóxica e hemolítica.As picadas por Cascavel geralmente não provocam dor local que, quando ocorre, não é intensa, a região afetada permanece normal ou apresenta pequeno aumento de volume, com sensação de adormecimento ou formigamento. Após 30 a 60 minutos do acidente, aparecem dores musculares em uma ou várias partes do corpo, particularmente na região da nuca, obnubilação, diminuição ou mesmo perda da visão, pálpebras superiores caídas ou semicerradas (facies neurotóxica). Nesses casos, o acidentado sente tonturas, não consegue enxergar com nitidez, sua visão mostra-se turva com imagens duplas. Além disso, suas pálpebras permanecem semifechadas, dando uma expressão peculiar a face, chamada "facies neurotóxica".
Pode ocorrer ainda a eliminação de meta-hemoglobina (elemento do sangue) pela urina, que se apresenta em volumes reduzidos e com cor de coca-cola ou de vinho tinto. Em certos casos podem ocorrer vômitos.
Importante: A chamada facies neurotóxica indica caso grave.

GRUPO ELAPÍDICO

 

Veneno de ação neurotóxica.Os acidentes por Coral verdadeira geralmente não causam dor ou reação local. Logo após a picada, há formigamento ou adormecimento da região, com irradiação para a raiz do membro afetado. Cerca de 30 a 60 minutos depois aparece a citada "facies neurotóxica", caracterizada por pálpebras superiores caídas ou semicerradas, como nos acidentes por Cascavel. Esse quadro pode ser acompanhado de salivação grossa, dificuldade de engolir e, às vezes, de falar (articular palavras).Nos casos mais severos, há risco de vida por paralisia respiratória.Importante: Todos os acidentes por Coral verdadeira são considerados graves. 

GRUPO LAQUÉTICO

 

Os acidentes provocados por Surucucu parecem apresentar as mesmas manifestações observadas em casos de picadas por serpentes do grupo botrópico. São assinaladas também eventuais alterações da visão.

SERPENTES NÃO VENENOSAS

 

As picadas por serpentes não venenosas não provocam manifestações gerais, mas podem causar alterações locais, como dor moderada e, eventualmente, discreta inchação, com possível aparecimento de coloração avermelhada (eritema) na área atingida. Há indicações de que cobras verdes (Philodryas olfersii) possui atividades hemorrágicas, proteolítica, fibrinogenolítica e fibrinolítica estando ausente as frações coagulantes,. Podem provocar edema local importante, equimose e dor, porém não são observadas complicações nesses casos.

PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PRIMEIROS SOCORROS

COMO PREVINIR ACIDENTES 

 

O uso de botas de cano alto ou perneira de couro, botinas ou sapatos evita cerca de 80% dos acidentes;
Usar luvas de aparas de couro para manipular folhas secas, montes de lixo, lenha, palha, etc. Não colocar as mãos em buracos ou sob montes de pedras;
Cobras gostam de se abrigar em locais quentes, escuros e úmidos. Cuidado ao mexer em pilhas de lenha, palhadas de feijão, arroz, milho ou cana. Cuidado ao revirar cupinzeiros;
Onde há ratos, há cobras. Limpar paióis e terreiros, não deixar amontoar lixo. Feche buracos nos muros e as frestas das portas;
Evite acúmulo de lixo ou entulho de pedras, tijolos, telhas, madeiras, bem como não permita mato ao redor da casa, que atraem e abrigam pequenos animais que servem de alimentos às serpentes. 

PRIMEIROS SOCORROS

 

Lavar o local da picada com água e sabão;
Manter o paciente deitado;
Manter o paciente hidratado;
Procurar o serviço médico mais próximo;
Se possível, levar o animal para identificação;
Sempre comunicar o Comando sobre o ocorrido, para as medidas mais urgentes. 

PROIBIDO FAZER

 

Torniquete ou garrote;
Cortes no local da picada;
Perfurações no local da picada;
Colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes;
Oferecer bebidas alcoólicas, querosene ou outros tóxicos. 

SINTOMAS QUE PODEM ORIENTAR NA CLASSIFICAÇÃO DAS SERPENTES CAUSADORAS DO ACIDENTE 

 

REAÇÕES LOCAIS GRUPO BOTRÓPICO (Jararaca, Urutu, Etc) GRUPO CROTÁLICO (Cascavel) GRUPO ELAPÍDICO (Coral verdadeira)
Picada e reações locais Dor local persistente, com aumento progressivo. Inchação, vermelhidão, arrocheamento, podendo aparecer bolhas. A dor local é pouco comum e, quando ocorre, não é intensa.
A região da picada permanece normal ou mostra pequeno aumento de volume, com sensação de adormecer ou formigar.
Em geral não há dor ou outra reação local. Sensação de adormer ou formigar na região atingida, que se difunde para a raiz do membro afetado
Facies (expressão da face)     Normal Facies neurotóxica: pálpebras superiores caídas ou semicerradas. Diminuição ou mesmo perda da visão Facies neurotóxica, que pode acompar salivação grossa, dificuldade de engolir s vezes, de falar (articular palavras)
Dores Musculares - Podem ocorrer em uma ou várias partes do corpo, em particular na região da nuca. -
Sangue Incoagulável (caso grave) - -
Urina - Diminuição do volume, cor de vinho tinto (caso grave) -

Fonte: www.pr.gov.br

MAMBA-VERDE

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Elapidae
Características: (mamba-verde da Guiné)
Comprimento: até 213 centímetros

Características

Corpo verde-claro Ventre verde-brilhante ou amarelo Olhos redondos e negros 13 fileiras der escamas 10 a 15 ovos por ano
A mamba é uma cobra venenosa africana, de corpo comprido cabeça pequena e olhos redondo. Suas escamas regulares são de uma cor só verdes ou pretas. Ela parece uma cobra d`água, mas quando abre a boca aparecem seus dentes afiados, com os quais segura a vitima. Ela possui duas grande presas inoculadoras de veneno na parte anterior do maxilar superior. O veneno da mamba é um dos mais forte que existe. É tão forte que mesmo seu toque pode ser fatal.
Há duas espécies de mambas. Elas vivem nas florestas úmidas do Congo e da Guine, na África movem-se rapidamente pelo meio das folhas, onde suas cores as tornam praticamente invisíveis.
As mambas negras são maiores que as mambas verdes;chegam a mais de 4 metros. São as mais rápidas serpentes e podem rastejar no chão plano a uma velocidade de 10 a 16 quilometro por hora. Todas as mambas são caçadoras e se alimentam de roedores grandes, aves e outros répteis . Na primavera ou no começo do verão a mamba fêmea põe até uma dúzia de ovos alongados de mais ou menos 7,5cm de comprimento.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

MUÇURANA

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes (Opthidia)
Família: Colubridae
Características: (Pseudoboa cloelia)
Comprimento: até 2,40 m
Coloração negro-chumbo nos adultos, na região dorsal
Alimentação: Alimentam-se de preferência de jararacas

Em todas as partes do mundo encontram-se cobras ofiófagas, isto é, cobras que se alimentam de cobras. A mais famosa delas, porém, é a muçurana, que vive nas Américas Central e do Sul, da Guatemala até o Brasil.
A muçurana tem geralmente de 1,50 a 1,60 m de comprimento, mas pode atingir até 2,40 m. Sua coloração varia com a idade. Quando jovem é rósea e, quando adulta, negro-chumbo ou azulado. Na região ventral tem uma coloração branco-amarelada. O habitat preferido das muçuranas, como de várias outras cobras, são as matas de vegetação rasteira, fechada.
As jararacas são seu "prato" predileto, mas, na falta delas ou de outras cobras, satisfazem-se até com pequenos mamíferos. A muçurana ataca as outras cobras prendendo-as na boca com seus fortes dentes (de 10 a 15). Cravando-os preferencialmente no terço anterior do corpo da vítima, enrosca-se rapidamente nela, matando-a por constrição. Em seguida, ingere totalmente sua presa. 

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

SERPENTE REAL

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Colubridae
Comprimento: 1,80 m
10 a 30 ovos 
Período de incubação: 4 a 6 semanas

As serpente-reais são completamente inofensivas ao homem, como é o caso da maioria das cobras. Mas elas são os piores inimigos das cascavéis. Quando a serpente-real encontra uma cascavel, agarra-a pelo pescoço, enrola-se em volta dela e a sufoca. Em seguida, ela a come! Mesmo que seja picada pela cascavel, a serpente-real não corre o menor risco, pis o veneno não lhe faz mal. Essas serpentes são encontradas no sul do Canadá até o México. Existem várias espécies e numerosas variedades, geralmente de colorido brilhante: algumas têm anéis negros, vermelhos e amarelos como as corais, daí serem freqüentemente chamadas de "falsas corais".
A serpente-real comum é encontrada por todo o sudeste dos Estados Unidos. Essas cobras vivem nas pradarias e florestas e são ativas principalmente no fim da tarde e durante a noite. Localizam as presas pelo olfato e não caçam serpentes, contentando-se com as que encontram ao acaso. Alimenta-se principalmente de pequenos mamíferos, répteis e peixes.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

TARTARUGA-DE-COURO

As tartarugas-de-couro são a maiores tartarugas vivas e também umas das mais antigas. Encontradas nos oceanos do mundo inteiro, das margens do círculo ártico às águas do Pacífico, ao redor da Nova Zelândia, elas migram a centenas de quilômetros, todos os anos, em busca de comida. Os machos nunca abandonam a água, mas as fêmeas saem do litoral, a cada 3 ou 4 anos, para colocar seus ovos e podem desovar até dez vezes numa temporada.
As tartarugas-de-couro são chamadas assim devido às suas conchas flexíveis e diferenciadas, pois não possuem placas ósseas como outras espécies de tartarugas. Elas também têm grandes nadadeiras e uma forma mais aerodinâmica do que outras tartarugas do mar. As tartarugas-de-couro têm existido na sua forma atual por mais de 60 milhões de anos, mas os números de sua espécie têm sido reduzidos nos últimos 25 anos, aproximadamente, devido à colheita dos seus ovos e destruição dos seus ninhos. Muitos adultos afogam quando são capturados nas redes de pescaria e outros nunca vivem o suficiente para se reproduzir. Provavelmente, existem menos de 25.000 tartarugas-de-couro vivas e sua espécie está em perigo de extinção no Oceano Pacífico. 

Tamanho: Em média, 700kg e 1,7m. A maior tartaruga-de-couro encontrada era um macho que pesava 916kg
Localização: No mundo inteiro, no mar adentro, regressam às praias de areia, em regiões quentes, para desovar.
Dieta: Principalmente águas-vivas, incluindo a espécie man-‘o-war
Reprodução: Ovíparos, colocando de 70 a 110 ovos.

Fonte: animalplanetbrasil.com

COBRA-DE-VIDRO

Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Sauria (Lacertilia)
Família: Anguidae
Comprimento: até 50 cm, incluindo 30 cm para cada a cauda
Tempo de vida: até 45 anos
Cor: marrom ou cor de bronze

A cobra-de-vidro não é uma cobra, mas sim um lagarto, apesar do seu corpo longo, cilíndrico, sem pernas. É também chamada de cobra-cega porque acreditava-se que ela não pudesse enxergar. Os seus pequenos olhos, no entanto, funcionam bem. A cauda frágil quebra-se facilmente, mas cresce de novo. Esse lagarto é inofensivo.
A cobra-de-vidro é largamente difundida pela Europa, Ásia oriental e Irã, vivendo na superfície do solo, em lugares frios e úmidos, ricos de vegetação. Para dormir abriga-se sob uma pilha de gravetos, na toca de um roedor ou sob uma pedra chata. É geralmente ativa de madrugada ou ao anoitecer.
Alimenta-se de minhocas, lemas, insetos e larvas. Por isso é útil aos fazendeiros. Em outubro, começa a comer menos. Em fins de novembro, a cobra-de-vidro, sozinha ou com outras, procura abrigo. Aí passa o inverno em um estado letárgico que não chega a ser uma hibernação. Três meses após o acasalamento, a fêmea põe de 6 a 12 ovos de casca transparente. Os filhotes, de 8 a 10 cm, logo nascem e se espalham à procura de alimento. Crescem lentamente e, se conseguem escapar dos predadores, viverão muito tempo.

Fonte: www.achetudoeregiao.com.br

Como atua o veneno da cobra

Prof. Dr. György Miklós Böhm

Existem venenos quimicamente simples como, por exemplo, o cianeto de potássio, e venenos complexos como é o caso das serpentes. A fórmula do famoso cianeto é KCN, uma molécula de potássio, uma de carbono e uma de nitrogênio, e aí está o mortal inibidor da respiração celular. Já os venenos de cobra não podemos expressar por uma fórmula, pelo menos sem ser quilométrica para cada espécie! Trata-se de um conjunto muito rico de enzimas, de tóxicos e outras proteínas e variam, não apenas com a espécie, mas, também, dentro da espécie, com a idade e estado metabólico do animal. Melhor do que analisar bioquimicamente, é descrever as suas principais propriedades:
Ação Proteolítica. Diversas proteínas do veneno são capazes de lesar e mesmo necrosar os tecidos. Provocam uma reação inflamatória intensa, como é o caso das jararacas e das surucucus. Rompem a coesão das paredes vasculares e provocam hemorragias. Estas propriedades são responsáveis, principalmente, pelas lesões locais.
Ação sobre a Coagulação do Sangue. O sangue flui em nossas veias em delicado estado de equilíbrio: não deve coagular a toa e nem pode ser incoagulável. Os venenos dos ofídios perturbam esse equilíbrio e têm poder coagulante e hemorrágico, ao mesmo tempo. Desencadeiam a coagulação do sangue na microcirculação, bloqueando o fluxo sangüíneo e dificultando a oxigenação de certos tecidos, o renal por exemplo. Com o decorrer do tempo, as enzimas tóxicas dos ofídios atuam sobre a fibrina, que é uma proteína fundamental para fazer um coágulo, diminuindo sua quantidade e prejudicando sua qualidade, e, portanto, começam impedir a coagulação do sangue que corre nos vasos do corpo (isto sem desfazer os coágulos que causaram na microcirculação). O cenário está pronto para as hemorragias, que podem ocorrer nas mais diversas partes do corpo através dos vasos lesados, e que continuam sem cessar por causa da ação anticoagulante dos venenos.
Ação Neurotóxica. Sobretudo a cascavel e a cobra coral possuem neurotoxinas potentes que provocam paralisias musculares. A transmissão dos impulsos nervosos para os músculos faz-se através de sinapses. A cascavel produz uma fração tóxica que é pré-sináptica, isto é, inibe a liberação de acetilcolina pelos impulsos nervosos. A coral, ao contrário, tem uma ação pós-sináptica, bloqueia o receptor nicotínico da acetilcolina. Em outras palavras, há liberação de acetilcolina, porém ela não consegue atuar sobre os receptores pós-sinápticos que estão ocupados pelo veneno. Em ambas as situações, não chega nenhum sinal ao músculo que se mantém inerte, paralítico.

Fonte: Portal Sáude Total

Cobras - O que você deverá fazer se for mordido por uma cobra venenosa


Prof. Dr. György Miklós Böhm
  
 Antes de mais nada, vamos dizer o que NÃO FAZER. Lamentamos desapontar você e contradizer todos os filmes, livros e histórias de aventuras, quando homens-macacos, heróis do faroeste, nobres selvagens e mocinhos de todos os tipos, aplicam torniquetes na perna, cortam os músculos com a faca, chupam o veneno com a boca e aplicam brasas, ferros incandescentes, fumo, bosta de vaca e outros remédios heróicos sobre a mordida de cobras.
Não faça nada disto. Nem o torniquete. Tampouco aplique pó de café, querosene ou teia de aranha, seguindo a sabedoria popular. Hoje, a experiência nacional é muito grande e sabe-se que todas essas tentativas de cura, consagradas ao longo dos tempos, só prejudicam. Repetimos: não faça intervenção alguma, é melhor. Procure manter a calma: lembre-se que a maioria dos acidentes ofídicos não matam nem mesmo quando não tratados; lembre-se que a soroterapia resolve seu caso, mesmo se instituída muitas horas – 6 a 12 horas – depois. Se sentir dor, tome um analgésico.

"Se tiver ampolas de soro anti-ofídico por perto?"

Primeiro considere as condições de armazenamento. As ampolas de soro anti-ofídico devem ser conservadas em geladeira entre 4oC e 6oC positivos; na temperatura ambiente duram pouco: alguns meses. A seguir, observe a validade dos soros, pois é muito comum estarem vencidos há anos. Depois de certificadas as condições de estocagem e o vencimento das ampolas, elas devem ser aplicadas mas não por você, sobretudo se estiver sozinho. É um remédio para mãos experientes. A soroterapia tem suas dificuldades que colocaremos logo mais. Busque socorro e leve as ampolas consigo.

O que fazer?

Procure imediatamente chegar ao primeiro centro médico que tiver a seu alcance e transmita suas observações (aquelas quatro observações mencionadas no texto sobre o "reconhecimento das cobras venenosas") à primeira pessoa que lhe socorrer, a fim de que, em caso de desmaio, haja alguém para prestar informações ao médico. Se estiver fácil, lave o local da mordida com água e sabão mas não perca tempo: procure um centro médico

O que é que o médico vai fazer ?

Ao chegar no posto médico, sua história será ouvida enquanto a região mordida for lavada. Depois seguirá um exame cuidadoso. As primeiras preocupações serão de diagnosticar o tipo de cobra responsável pelo acidente e avaliar a intensidade do envenenamento. O médico procurará examinar bem as alterações locais, isto é a região em que você foi picado e, também, as suas condições sistêmicas ou gerais.
A região mordida por cobras dos gêneros Bothrops e Lachesis são os que mais provocam manifestações locais. Aparecem a dor, o edema (inchaço), hemorragia, bolhas na pele, reação inflamatória, com ou sem infecção, e a necrose (morte do tecido), em graus variados. Quanto mais intensos forem esses sinais, maior dose de soro será lhe administrado. A cascavel e a cobra coral não costumam dar sinais locais importantes, a não ser quando é aplicado garrote, incisões a faca, etc... Contudo, a primeiro costuma deixar sinais evidentes da picada, visto que suas presas são bem desenvolvidas, enquanto que a segunda, praticamente, só deixa escoriações.

Os aspectos sistêmicos variam bastante: 


  • As cobras dos gêneros Bothrops e Lachesis causam hemorragias várias, das gengivas, do tubo digestivo e dos rins, principalmente. Também provocam choque (queda da pressão arterial) e insuficiência renal. A surucucu tem neurotoxicidade maior e, portanto, pode causar choque mais precocemente do que a jararaca, devida uma forte estimulação vagal (sistema nervoso autônomo).
  • A mordida da cascavel é seguida de náuseas e vômitos. Pouco tempo depois, nas primeiras 6 horas, aparecem queda de pálpebra, distúrbios visuais, dificuldade de movimentação dos membros e, até, dos movimentos respiratórios. São os sinais típicos da neurotoxicidade do veneno crotálico. A vítima também se queixa de dores musculares generalizadas, pois o veneno é miotóxico. Em fases avançadas, costuma instalar-se a insuficiência renal.

  • A coral é basicamente neurotóxica e impede a transmissão do sinal nervoso ao músculo. Seu veneno potente provoca queda de pálpebra, distúrbios visuais e paralisias musculares graves. Ainda bem que o animal é pequeno e, em geral, inocula pouco veneno.

Feita a avaliação, a equipe do hospital instalará a soroterapia, a mais específica possível. Você receberá de 4 a 12 ampolas de 10 ml cada, dependendo da gravidade do seu caso, por via intravenosa. Após o medicamento antiofídico, receberá soro glicofisiológico pela veia, a fim de evitar a insuficiência renal. Também lhe aplicarão uma injeção de soro antitetânico, profilaticamente. Se existirem complicações, como infecção, necrose ou insuficiência renal aguda já instalada, as medidas serão, respectivamente, antibioticoterapia, intervenção cirúrgica para remover os tecidos necrosados e diálise renal. Em caso de acidentes causados por cobra coral ou cascavel, o médico observará a ação neurotóxica do veneno e tratará de corrigir a situação com medicações que ajudam a neurotransmissão, que fica seriamente comprometida e provoca as paralisias.
Finalmente, o médico terá que observar cuidadosamente suas reações durante a soroterapia. É que, com certa freqüência, aparecem reações de hipersensibilidade, imediatamente na hora da administração do antiveneno ou até um dia após a mesma, que precisam ser controladas. Isto é feito com vários medicamentos simpatomiméticos (adrenalina, por exemplo) e anti-histamínicos. Considerando as reações de hipersensibilidade, é que se desaconselha que a soroterapia seja instalada por leigos. 

Fonte: Portal Saúde Total

Cobras, o que fazer ?

 cobras

Picada de Cobra

Nem sempre as picadas de uma cobra venenosa resulta no envenenamento por veneno de cobra. O veneno não é injetado em aproximadamente 25% de todas as picadas de cobras colubrídeas e em aproximadamente 50% das picadas de cobras elapídeas e corais.
O veneno de cobra é uma mistura complexa que contém muitas proteínas que desencadeiam reações prejudiciais. Direta ou indiretamente, o veneno de cobra pode afetar praticamente todos os sistemas orgânicos.

Serpentes peçonhentas e não-peçonhentas

O veneno das cobras, ou peçonha, é uma secreção tóxica das parótidas – as glândulas de veneno, que situam-se abaixo e atrás dos olhos e estão em conexão com as presas inoculadoras. É um líquido viscoso, branco (levemente turvo) ou amarelo, resultante de uma mistura de muitos protídeos, uns tóxicos e outros inócuos, e de substâncias orgânicas e inorgâncias micromoleculares.
As cobras chamadas não-venenosas ou não-peçonhentas – 81% das espécies conhecidas – têm presas não-articuladas. Produzem um veneno que aflora em sua cavidade bucal e atua na digestão do alimento, mas não possuem presas inoculadoras para introduzir a peçonha na vítima.
Acidentes ofídicos Os acidentes ofídicos no Brasil são causados, na grande maioria, por serpentes conhecidas como "jararaca", "jararacuçu", "caiçaca", "urutu", "cotiara" (gênero Bothrops -, seguidos dos acidentes por "cascavéis" (gênero Crotalus -"surucucu" (gênero Lachesis - e pelas "corais verdadeiras.

As serpentes peçonhentas no Brasil estão agrupadas em 4 gêneros:

SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: 

As serpentes chamadas jararacas, do gênero Bothrops, que habitam principalmente zonas rurais e periferias de grandes cidades, apresentam comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos...
São as Jararacas, Jararacuçus, Urutus, etc. e fazem parte da Família Viperidae.
São responsáveis por cerca de 90% do acidentes em todo o Brasil. Seu veneno possui ação proteolítica, causando dor, edema e hemorragias, podendo ocasionar necrose.
O soro específico para esse tipo de acidente é o soro antibotrópico. 


Cobra Jararaca

SERPENTES DO GÊNERO CROTALUS: 

 

São as Cascavéis e apresentam como característica a presença de um chocalho na ponta de sua cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica, miotóxica e coagulante.
O soro específico para o veneno da picada da cascavel é o anticrotálico.
São de hábitos crepusculares e noturnos e alimentam-se de pequenos mamíferos. São caracterizadas por possuírem chocalho na extremidade de cauda que, quando excitada denuncia sua presença pelo ruído característico do guizo ou chocalho, o qual é formado por resíduo de pele a cada muda, que é acrescentado aos anteriores.
Habita regiões de clima seco e quente. Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Cobra cascavel

SERPENTES DO GÊNERO LACHESIS: 

 

São conhecidas como surucucu pico-de-jaca, apresentando espinhos na região posterior da cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta características semelhantes ao veneno de jararacas. Esta é a maior cobra venenosa das Américas.
O soro específico para o veneno da picada desse grupo é o antilaquético.

SERPENTES DO GÊNERO MICRURUS: 

 

São as corais verdadeiras e fazem parte da Família Elapidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica e miotóxica e apesar de ocorrerem em baixa incidência (menos de 1%), os acidentes causados por esses animais são extremamente graves.
O soro específico para o veneno das corais verdadeiras é o antielapídico. 



Cobra Coral

Como capturar a serpente

  • Recomenda-se que o coletor esteja utilizando botas.
  • Não se deve capturar a serpente com as mãos.
  • Deve-se utilizar um laço, forquilha ou gancho.
  • Evite colocar as mãos ou qualquer parte do corpo desprotegida próxima de uma serpente, pois uma espécie venenosa pode dar um bote com alcance equivalente a 1/3 de seu tamanho corporal.
  • Ao capturar o animal deve-se colocá-lo dentro de uma caixa de madeira com pequenos furos e sem frestas que permitam a fuga do animal. Não coloque água nem alimento e leve ao Instituto Butantan ou a um veterinario.

Fonte: www.fazfacil.com.br/saude/cobras.html