quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Dez erros que cometemos ao falar sobre os dinossauros

Nossas percepções e conhecimento sobre esses animais mudaram muito desde a descoberta dos primeiros fósseis e continuam a se transformar à luz de novos achados.

Da BBC



Nossa percepção e nosso entendimento sobre os dinossauros mudaram significativamente desde que os primeiros fósseis foram encontrados - e continuam a mudar, à medida que surgem novas descobertas.

A seguir, veja dez equívocos comuns sobre os dinossauros que foram sendo corrigidos pelos avanços da ciência:

1. Penas da discórdia

Ainda bem que o Tyrannosaurus rex não está por aí para testemunhar o abalo em sua fama após descobrirem que ele tinha penas quando jovem.
Até então se pensava que os dinossauros tivessem apenas escamas, mas nos últimos 20 anos cientistas se convenceram de que muitos carnívoros tinham pelugem ou penas.
"Muitos - se não todos - os dinossauros tinham penas", disse à BBC Radio 4 o professor Mike Benton, da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol.

2. Esquentando

No passado, pesquisadores apostavam que os dinossauros deveriam ter sido animais de sangue frio, como lagartos e cobras. Para além de alguma divergência no século 19, essa visão permaneceu até os anos 1970, quando novas pesquisas apontaram que os dinossauros eram bichos de sangue quente e sedentos por energia, como os mamíferos.
Em 2014, cientistas sugeriram que eles tenham sido mesotérmicos - algo entre sangue quente e frio.

3. Pinça com dedão

Investigações sobre os dinossauros do Crystal Palace - uma série de esculturas em tamanho real em um parque no sul de Londres, reveladas ao público em 1854 - causaram certa confusão após a descoberta de um fóssil pequeno e pontudo.
Pensou-se que era um chifre, e uma réplica foi colocada na ponta do nariz de um Iguanodon.
Mais tarde, quando espécimes mais completos foram achados, a conclusão mudou: tratava-se na verdade um osso de dedo polegar, responsável pelo movimento de pinça.

4. A polêmica sobre o fim dos dinossauros

Há inúmeras hipóteses sobre o fim dos dinossauros.
A teoria mais aceita - e que circula desde as últimas décadas - é de que um enorme meteorito atingiu a Terra e exterminou a maioria deles. Mas isso não explica por que o choque não acabou com outros bichos, como pássaros, crocodilos e mamíferos.
Hipótese que cita um meteorito como a causa do fim dos dinossauros deixa lacunas e não explica o que ocorreu com outras espécies
Hipóteses mais antigas focavam em mudanças climáticas e formação de montanhas, enquanto alguns pesquisadores do século 20 defendiam que os dinossauros perderam fôlego como espécie e desistiram da luta.

5. Não tão velhos assim

Você deve imaginar que levava um bom tempo até que os dinossauros maiores atingissem o tamanho de adulto.
Isso, ao lado da hipótese de eram répteis de sangue frio e crescimento lento, levou cientistas a estimar o tempo médio de vida deles em mais de cem anos. Mas hoje sabemos que essas feras cresciam muito rápido, e que poucos dinossauros superavam os 40 ou 50 anos.

6. Falha nossa

O filme Jurassic Park - Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg, lançado em 1993, lotou os cinemas e atiçou a imaginação do público com descrições - imprecisas - dos dinossauros.
Para a maioria dos cientistas, os velociraptors do filme, por exemplo, eram grandes, rápidos e espertos em excesso, distanciando-os da realidade. Mas os animais caçavam em grupos, como o filme mostra.
E desde quando Hollywood deixa os fatos entrarem no caminho de uma boa história?

7. Teoria à prova d'água?

Uma década atrás, especialistas diziam que os maiores dinossauros existentes circulavam apenas em ambientes aquáticos.
O peso monstruoso e a cauda gigante do Diplodocus, por exemplo, não teriam favorecido o trânsito em terra, afirmavam cientistas, sugerindo que eles devem ter vivido em pântanos ou lagos.
Uma década depois, essa teoria naufragou. Cientistas hoje concordam que os herbívoros gigantes viveram em terra firme.

8. Voo da discórdia

Eles dividiram o planeta com o T.Rex e cia., mas os pterossauros não eram dinossauros como todos pensavam.
Esses répteis voadores dos períodos Triássico e Cretáceo - primeiros vertebrados a voar - eram um grupo diferente de animais, assim como os répteis marinhos da época, como os ictiossauros e os plesiossauros.

9. Marcha lenta

No final do século 19, a maioria pensava que o T.Rex era um exímio corredor, alimentando os piores pesadelos. Mas essa visão ficou ultrapassada por volta da metade do século 20, quando o monstro passou a ser considerado como lento e vagaroso.
Hoje, modelos biomecânicos indicam que um meio termo deve ter sido o cenário mais provável.
Enquanto dinossauros do tamanho de galinhas poderiam até assumir o lugar dos cachorros nas corridas atuais, os T.Rex tinham velocidade média estimada em cerca de 29 km/h.

10. Beco sem saída

Por muito tempo consideramos os dinossauros como criaturas que não tinham o padrão evolutivo necessário para sobreviver em meio a mudanças no ambiente.
Nos últimos 20 a 30 anos, contudo, um novo consenso surgiu, apontando que eles foram espécies fantasticamente diversas e resistentes, e que podem se gabar de ter tido milhares de descendentes na forma dos pássaros atuais.
Três coisas que ainda não sabemos sobre dinossauros...
Não se sabe muito sobre os ruídos que os dinossauros faziam, embora haja provas que sustentam uma noção dos anos 1970 de que o Parassaurolofo usava seu peito como uma câmara de ressonância, permitindo a comunicação em longas distâncias.
Não sabemos as cores dos dinossauros, mas pesquisas recentes identificaram a cor das penas em dinossauros como o Sinosauroptreyx, que tinha anéis laranjas e brancos na cauda.
Não sabemos o quão inteligentes eram os dinossauros, porém seus cérebros pequenos em relação à massa corporal sugerem uma capacidade intelectual reduzida.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Universal monta 'dinossauro' gigante para promover ‘Jurassic World’

Sem dúvida, uma das melhores sacadas para o lançamento no mercado de Home Entertainment.

Com sete metros de altura, a escultura de ‘Jurassic World‘ foi montada na madrugada e pegou moradores e turistas de surpresa na Inglaterra.

‘Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros‘ ultrapassou a marca de US$ 1 Bilhão em arrecadação internacional, que corresponde aos países fora da América do Norte (Estados Unidos e Canadá). Com isso, a quantia global do longas dos dinos chega a US$ 1,66 bilhão, a terceira maior na história do cinema mundial – saiba mais!

Pela primeira vez desde 2011, a Marvel Studios não teve a maior bilheteria no mercado norte-americano durante o verão. Com o sucesso de ‘Jurassic World‘, a Universal Pictures conseguiu quebrar recordes e arrecadou inacreditáveis US$ 1,58 bilhão – impulsionada pelos US$ 636 milhões que o filme sobre dinossauros faturou nos EUA.

Com o sucesso, a sequência foi oficialmente confirmada e teve sua estreia marcada para 22 de Junho de 2018.



Colin Trevorrow voltará para a sequência apenas como roteirista.

“Se eu estiver envolvido ou não com as próximas sequências, senti que era minha obrigação definir qual será a próxima história… e eu quero fazer o meu trabalho para criar uma trama rica de histórias, bem planejada e interessante”, afirmou.

Então sobre o que será a sequência?

“[Não será] apenas sobre dinossauros que perseguem as pessoas em uma ilha”, disse Trevorrow. “Isso cansa muito rápido. Teremos uma ação a nível global”, afirmou.

“Eu tenho a ideia de que a sequência não vai se limitar a parques temáticos, e existem aplicações para esta ciência que vão muito além do entretenimento”, afirmou.

“Não é algo que estava no livro, mas é uma semente que eu queria plantar neste filme… e se eles decidirem fazer mais com os dinossauros? E se essa ciência fosse open source? É quase como se InGen fosse o Mac, mas o PC quer colocar as mãos nessa tecnologia? E se existem 15 entidades diferentes ao redor do mundo que podem fazer um dinossauro?”, concluiu.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cientistas descobrem mamífero que sobreviveu à extinção dos dinossauros

Uma equipe de cientistas descobriu uma espécie de mamífero pré-histórico que sobreviveu ao evento que levou à extinção dos dinossauros.

Os remanescentes dessa criatura grande e que se assemelha a um roedor, fornece pistas sobre como os mamíferos "dominaram" a Terra após o desaparecimento quando os dinossauros desapareceram.

Kimbetopsalis simmonsae, como foi chamada a recém-descoberta espécie, era herbívoro e se assemelhava a um castor.

A descoberta foi divulgada na publicação científica britânica Zoological Journal of the Lennean Society.

© Foto: Sarah Shelley Fóssil do animal, que se assemelha a um castor, foi encontrado nos Estados Unidos


O paleontólogo que liderou a pesquisa, Stephen Brusatte, da Universidade de Edimburgo, contou que o fóssil foi descoberto por uma aluna, Carissa Raymond, enquanto trabalhava em uma área de prospecção em Novo México, nos Estados Unidos.

"Percebemos rapidamente que esse era um tipo de mamífero totalmente novo, que ninguém conhecia antes", disse Stephen à BBC.

Os pesquisadores ficaram intrigados com os dentes do animal, que eram especializados em mascar plantas, com complicadas linhas de pontas agudas na parte traseira e, na parte da frente, incisivos para roer.


© Foto: Fornecido por BBC

Esse grupo de mamíferos, coletivamente conhecido como multituberculata, teve origem juntamente com os dinossauros, durante o período Jurássico, e prosperou durante mais de 100 milhões de anos até serem aparentemente substituídos por roedores.

"(Durante o período Jurássico) esses animais eram bem pequenos", disse Stephen.

"Então a colisão de um meteorito acabou com os dinossauros e de repente, em termos geológicos, esse grupo de animais começou a crescer e a se proliferar. Foi assim que começou a ascensão dos mamíferos. E o resultado disso é nós estarmos aqui hoje."

Os cientistas afirmam que esta e outras descobertas ajudam a formar o cenário sobre como os mamíferos sobreviveram ao evento que causou a extinção dos dinossauros.

"Muitos mamíferos morreram, mas esse grupo específico acabou se saindo bastante bem", afirmou o pesquisador. "O mundo mudou em um dia. Literalmente."

"A colisão do asteroide e os dinossauros sendo extintos. Parecia que os mamíferos estava apenas esperando a vez deles e, assim que os dinossauros desaparecerem, eles prosperaram."

Fonte: BBC Brasil

Asteroide e vulcões levaram dinossauros à extinção, diz estudo

Cientistas do Museu Universidade do Alasca do Norte descobriram recentemente uma nova espécie de dinossauro, a "Ugrunaaluk kuukpikensis"



Embora inúmeros cientistas argumentem que os dinossauros se extinguiram devido ao impacto de um grande asteroide sobre a Terra há 66 milhões de anos, um novo estudo divulgado nesta quinta-feira revela que a colisão aumentou a atividade vulcânica, e a combinação de ambos fenômenos acabou com eles.

As novas medições da atividade vulcânica nesse período, o Cretáceo, que podem ser as mais precisas até o momento, indicam um forte aumento na taxa de erupção dos vulcões do planalto de Decan (Índia) - onde foi realizado o estudo - durante os 50.000 anos posteriores ao impacto.

Após a queda do meteoro, as erupções vulcânicas passaram a ocorrer com menor frequência, mas quando ocorriam, o faziam de uma maneira mais violenta e expulsando muito mais lava do que até então.

Segundo o estudo, cerca de 70% do volume total de magma acumulado no planalto de Decan foi expulso em erupções maciças.

Sob a direção de Paul Renne, professor da Universidade de Berkeley (Califórnia, EUA) e diretor de seu Centro de Geocronologia, a pesquisa considera que estas novas medições mostram que os fluxos de lava da grande cadeia vulcânica de Decan funcionavam em um ritmo mais lento antes do impacto.

A combinação do impacto do meteoro e o aumento da atividade vulcânica intoxicou o ar e os ecossistemas, enchendo o planeta de substâncias nocivas que provocaram o desaparecimento de várias espécies.

"Baseando-nos em nossas datas de atividade vulcânica, podemos estar bastante seguros de que os dois eventos (o impacto do meteoro e as erupções) provocaram a extinção em massa", explicou Renne por ocasião da divulgação do estudo.

"É quase impossível atribuir - acrescentou - os efeitos atmosféricos a um ou outro. Os dois aconteceram ao mesmo tempo".

Fonte: G1