sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Crocodilo gigante de 4,5 metros de comprimento é capturado na Austrália

Um crocodilo gigante, de 4,5 metros de comprimento, foi capturado e baleado pela polícia da pequena vila de Palumpa, na Austrália. Segundo moradores do local, o animal vivia à espreita na Reserva do Rio Daly há cerca de dois anos, ameaçando crianças que tentavam atravessar um ponte para ir à escola.
O guarda-florestal Tommy Nichols contou que a polícia armou uma armadilha e atirou no crocodilo gigante nos arredores do rio. O animal é o segundo exemplar com mais de quatro metros capturado em Palumpa em apenas uma semana.
- Nós tivemos um relato que havia um grande crocodilo ameaçando crianças - disse Nichols, confirmando as denúncias dos moradores da vila australiana.
O outro crocodilo foi capturado após relatos de que ele tinha atacado um cavalo.
As informações são do site ABC News.




Fonte: Extra Globo

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Pterossauros caminhavam nas quatro patas, aponta estudo

Por AFP

Pegadas de pterossauros ranforrincos, subordem dos répteis voadores, encontradas recentemente no sudoeste da França, provam que estes animais que viveram, em média, há 200 milhões de anos, caminhavam nas quatro patas

Toulouse - Pegadas de pterossauros ranforrincos, subordem dos répteis voadores, encontradas recentemente no sudoeste da França, provam que estes animais que viveram, em média, há 200 milhões de anos, caminhavam nas quatro patas, revelaram cientistas franceses.

Estudos realizados desde 1993 por uma equipe do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS)no mesmo local já tinham demonstrado que uma outra subordem dos pterossauros, os pterodáctilos, também caminhava em quatro patas.

Mas a questão permanecia em aberto no que diz respeito aos ranforrincos.

"Nós encontramos pela primeira vez marcas de locomoção no solo\" destes répteis, o que prova que eles eram quadrúpedes e não bípedes que caminhavam nas patas traseiras", declarou à AFP Jean-Michel Mazin, diretor de pesquisas do CNRS na Universidade Claude-Bernard, em Lyon (centro-leste da França).

Os pterossauros ranforrincos viveram no Triásico Médio, entre 230 e 130 milhões de anos atrás, enquanto os pterossauros pterodáctilos eram mais modernos e desapareceram na mesma época dos dinossauros.

O sítio de Crayssac, denominado "praia dos pterossauros", se encontrava nesta época no interior de um vasto golfo aberto para o Atlântico, entre Bordeaux e a ilha de Oleron.

A região lembra uma imensa lagoa marinha e a "praia" foi, ela própria, um pântano litorâneo, inundado na maré alta, onde os animais se alimentavam.

Os escavadores - de 30 a 40 a cada verão - contabilizaram milhares de pegadas pertencentes a mais de cinquenta espécies animais (crocodilos, tartarugas, crustáceos, etc.), alguns dos quais desconhecidos até agora, que viveram durante o período Jurássico.

Fonte: AFP

sábado, 2 de novembro de 2013

Uma nova cara para os dinossauros

Guilherme Rosa

A velha imagem de lagartos monstruosos está ficando ultrapassada. Em um novo livro, pesquisadores propõem que os dinossauros também poderiam ser extravagantes, coloridos, brincalhões e até fofos

Ovelha ou dinossauro: em uma série de ilustrações, os pesquisadores propõem a aposentadoria da desgastada imagem ameaçadora e lembram que até mesmo as feras pré-históricas podem ser amáveis (John Conway)

Os dinossauros costumam ser retratados como monstros aterrorizantes. As imagens conhecidas mostram lagartos gigantescos, de garras e presas enormes, em constante batalha pela sobrevivência. Os famosos Tiranossauros Rex e Velociraptores aparecem — em filmes, séries, livros, documentários e museus — como predadores implacáveis. O próprio nome dinossauro, cunhado em 1842 a partir de palavras gregas, significa lagarto terrível. Mas o livro All Yesterdays (Todos os Passados, sem versão em português), escrito pelo paleontólogo britânico Darren Naish, da Universidade de Southampton, e pelos artistas gráficos Mehmet Cevdet Koseman e John Conway, propõe a superação dessa ideia. Os autores defendem que os dinossauros poderiam ter visuais e comportamentos muito mais variados, parecidos com os dos animais de hoje - com sua enorme gama de cores, pelagens e plumagens.

Não existe nenhum modo de saber com absoluta certeza como eram os dinossauros. Todas as informações que existem sobre sua aparência vêm de fósseis com mais de 65 milhões de anos, deteriorados pela ação do tempo. A maioria dos registros fósseis permite decifrar a estrutura do esqueleto, mas nada diz sobre a pele, a gordura e os músculos desses animais. As baleias, por exemplo, possuem camadas imensas de gordura, que seriam difíceis de intuir para quem olhasse apenas para suas ossadas.Como apenas os ossos são conhecidos, as ilustrações acabam se baseando demais nessa característica, ignorando todos as outras características. "Os dinossauros parecem ser feitos apenas de pele e osso. Eles são desenhados muito magros, como se estivessem doentes. Mas os animais têm outros tecidos, como músculos e gordura ao redor do esqueleto", diz C. M. Koseman em entrevista ao site de VEJA. 

O primeiro golpe na concepção visual clássica dos dinossauros veio nos anos 2000, quando novos fósseis deram suporte a teorias que propunham que a maioria deles era coberta por penas. Eles deixaram de ser vistos como lagartos, e passaram a ser comparados às aves. A transformação proposta em All Yesterdays, no entanto, é mais radical. "Apesar de todas as novas informações e teorias, achamos que ainda estamos desenhando os animais de forma errada", diz Koseman. As penas seriam apenas o sinal de que existe muito mais a ser descoberto. Assim, os autores fazem um chamado à especulação — não sobre o futuro, mas o passado da Terra.



Arte e ciência — Desde o século 19, a imagem que o público e os cientistas têm dos dinossauros foi moldada pelos paleoartistas: artistas que se dedicam ao desenho de temas relacionados à paleontologia. Todas as representações desses animais, do seriado Família Dinossauro ao filme Jurassic Park, se embasam em suas ilustrações. "Nosso trabalho é, basicamente, reconstruir animais extintos", afirma Koseman.

A maioria dos paleoartistas não possui  formação na área da paleontologia. É o caso de Koseman e John Conway, que ilustram o livro All Yesterdays. Mesmo assim, eles trabalham em parceria tão próxima e por tanto tempo com os paleontólogos, que se tornam especialistas na área e chegam a servir de referência para estudos científicos.

Segundo os envolvidos, reconstruir um dinossauro é um trabalho cientificamente rigoroso, que envolve estudos de anatomia e fisiologia. Para desenhar o corpo, os artistas precisam analisar o esqueleto, o tamanho e a posição de cada osso. A partir da comparação com animais mais modernos, eles podem deduzir a localização dos músculos. "Nosso trabalho é feito a partir de uma equação que envolve arte e ciência, especulação e conhecimento", diz Koseman.

Todos os passados

Em um exercício de especulação, os artistas C. M. Koseman e John Conway ilustraram visões alternativas de como os dinossauros podem ter se parecido. Os comentários são de Koseman

"O Majungassauro tinha braços muito pequenos, ainda que bastante móveis. Nós especulamos que eles deveriam ser usados como ornamentos para o acasalamento"

"Por que o T-Rex sempre tem que aparecer como um caçador feroz, em fúria assassina? Para desafiar o estereótipo, John Conway desenhou o dinossauro dormindo depois de uma refeição pesada"

"O Therizinosauro foi um dinossauro com proporções muito esquisitas, e muitas das ilustrações contemporâneas destacam seus longos braços, garras e pernas curtas. No entanto, talvez todos esses detalhes anatômicos estavam escondidos debaixo de uma longa cobertura de penas?"

"Com essa ilustração de um dinossauro polar peludo, nós quisemos mostrar que os dinossauros também poderiam parecer fofos."

"O Microraptor, também conhecido como dinossauro de quatro asas, normalmente é desenhado como uma pequena criatura, parecida com um dragão, cujo esqueleto e penas lembram aqueles dos pássaros. Nós achamos que eles eram muito mais parecidos com as aves"

Apesar de todo o rigor, a imaginação é necessária por causa das imensas lacunas que existem no processo: os pesquisadores conhecem muito pouco sobre o tamanho dos músculos, a distribuição da gordura, a pele, a presença de penas, pelos e escamas e as cores dos dinossauros. Nas pranchetas dos artistas, em volta dos ossos vão se sobrepondo camadas sucessivas de especulação. Os resultados finais podem ser completamente diferentes — a depender da ousadia do desenhista. "Existem muitas maneiras de desenhar um mesmo esqueleto. Normalmente, os paleoartistas escolhem o jeito mais conservador possível", afirma.

Penas, "pelos" e cores – Os autores propõem que essas camadas de especulação sejam preenchidas de maneira mais imaginativa — até extravagante — pelos desenhistas. Isso deixaria os dinossauros mais parecidos com animais de hoje em dia.
Segundo o livro, novas descobertas fósseis mostram que a a maioria dos dinossauros menores, como os heterodontossauros, deviam viver em grupo e ter seu corpo inteiro coberto de penas coloridas — de visual tão variado que algumas se pareceriam com pelos. "Os maiores provavelmente não, pois, como os elefantes de hoje em dia, são muito grandes para precisar do isolamento térmico proporcionado por pelos e penas. Mesmo assim, poderiam ter características 'decorativas' no corpo, como as cristas nas cabeças dos galos ou cores chamativas na pele, para atrair parceiros no acasalamento", diz Koseman.

Outra mudança proposta diz respeito ao comportamento geralmente retratado nas ilustrações, que mostrar os animais em movimentação constante e violenta, fugindo ou caçando suas presas. "No filme Jurassic Park, por exemplo, os Velociraptores e Tiranossauros estão sempre atacando as pessoas, sem muito propósito. Sua função na narrativa é servir como obstáculos que o herói tem de superar para salvar o dia — como os dragões das lendas antigas", afirma o paleoartista (a semelhança não é coincidência: os primeiros mitos sobre dragões também surgiram a partir da descoberta de fósseis de dinossauros).

Ao olhar para os fósseis de um dinossauro, não há como saber o som que faziam, como se reproduziam, dormiam e brincavam. Mesmo assim, os pesquisadores dizem que essa é uma característica essencial para compreender a vida desses animais. Os leões, por exemplo, vão deixar registros de que são exímios predadores, mas será impossível conhecer seu ar majestoso e seus hábitos noturnos — características tão importantes quanto o fato de eles serem carnívoros. Assim como os predadores atuais, os pesquisadores dizem que os dinossauros também tinham uma vida fora das caçadas.

Ao combinar as mudanças de visual e comportamento, os autores propõem o último ataque à imagem de bestas monstruosas que os dinossauros adquiriram ao longo do tempo. Segundo o livro, eles poderiam até ser fofos. "Por que um dinossauro não pode ser bonitinho?", diz Koseman. Quando um esqueleto é descoberto, ele geralmente tem um visual aterrador, que não coincide necessariamente o do animal vivo. "Olhe para os bichos de hoje em dia, e olhe para seus esqueletos. A ossada de um gato dá a impressão que se trata de uma fera horrível. Mas o gato é um dos animais mais fofos do planeta."

Os pesquisadores reconhecem que, como qualquer especulação mais ousada, seu trabalho pode abrigar inúmeros erros. No futuro, novas descobertas podem mostrar que algumas das ilustrações estão completamente erradas, enquanto outras podem ser apenas reconstruções tímidas em face de uma realidade muito mais bizarra. "Algumas coisas sobre o passado nunca serão conhecidas por completo. Não devemos ter medo de especular", diz Koseman.

Todos os amanhãs

Para testar os limites de seus argumentos, os autores se envolveram em um exercício de especulação ainda mais audacioso: simularam o trabalho dos paleoartistas do futuro. Se baseando unicamente nos esqueletos dos animais de hoje em dia, eles mostraram que tipos de erro podem ser cometidos. Como resultado, chegaram a visões aterradoras de bichos comuns, mostrando que a mesma “injustiça” pode estar sendo cometida com os dinossauros. Os comentários das imagens são de C. M. Koseman.

"No final de nosso livro, procuramos mostrar os erros que os paleontólogos do futuro vão cometer quando se confrontarem com os fósseis dos animais que vivem hoje em dia. Por exemplo, eles podem reconstruir um gato como um predador mortal, sem pelos, gordura corporal ou lábios."

"A maioria dos artistas de dinossauros simplesmente adicionam uma simples camada de pele em cima dos esqueletos. Ao fazer isso, eles podem estar deixando de lado uma série de detalhes que não se fossilizam. Você conseguiria reconhecer esse monstro como um babuíno?"

"Essa é uma das minhas imagens favoritas de todo o livro. Como os paleontólogos do futuro iriam ver as aves se não fizessem ideia da existência de penas? Talvez suas longas asas seriam poderiam ser confundidas com ferramentas afiadas de caça."

"O crânio de um hipopótamo é um dos mais estranhos de todo o mundo animal. Os paleontólogos do futuro podem confundir ele com um perigoso predador"

"Nós desenhamos essa vaca sem nenhuma gordura ou músculos para criticar as reconstruções dos dinossauros feitas hoje em dia, que lembram zumbis"

Fonte: Veja

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A mais antiga reconstrução errada de um fóssil


Fonte: Veja

Novo dinossauro é descoberto no interior de São Paulo

Descrição da espécie 'Brasilotitan nemophagus' foi publicada este mês.
Fóssil encontrado incluía fragmento craniano, o que é raro no Brasil.

Imagem mostra costela encontrada junto aos materiais da nova espécie de dinossauro. (Foto: William Nava/Divulgação)

Uma nova espécie de dinossauro foi descoberta na área de Presidente Prudente, região oeste do estado de São Paulo. O Brasilotitan nemophagus, como foi batizado, é um titanossauro. Esse gênero viveu no fim do período Cretáceo e faz parte do grupo dos saurópodes, caracterizados por terem caudas e pescoços longos.

A descoberta, publicada este mês em um artigo da revista científica internacional "Zootaxa", foi o resultado de uma parceria entre um paleontólogo do Museu de Paleontologia de Marília e pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com o paleontólogo William Nava, coordenador do Museu de Paleontologia de Marília e um dos autores do artigo, o dinossauro descoberto tinha de 8 a 9 metros de comprimento.

Ele alimentava-se provavelmente de vegetações rasteiras e vivia em uma região que, na época, era bastante quente e seca, pontilhada por pequenos lagos e rios. Segundo Nava, eram esses os locais onde a espécie se alojava para tentar sobreviver ao lado de crocodilos e tartarugas. Quando morriam, eram cobertos por sedimentos.

Os fósseis que deram origem à descoberta foram coletados por Nava em 2000 e incluem parte da dentição, vértebras cervicais e sacrais e fragmento da região pélvica. O paleontólogo conta que a presença de parte da mandíbula do animal, região raramente encontrada, facilitou que os fósseis fossem comparados com os poucos titanossauros cujos fósseis também incluíam a região.
Comparação
“Existem 7 ou 8 exemplares da família dos titanossauros que têm o ramo mandibular preservado. Foi feita a comparação com esses dinossauros de regiões como a Argentina e a Ilha de Madagascar, e foi constatado que o dentário era diferente”, explica. Juntamente com a análise das vértebras, que também continham características peculiares, foi possível constatar que a espécie era nova.

Nava conta que trabalha com fósseis há 20 anos na região de Marília. Quando encontrou os fósseis dessa nova espécie, estava viajando para Presidente Prudente e percebeu vários blocos de rocha às margens da Rodovia Raposo Tavares.
“Isso me chamou a atenção. Fui investigar e de início já fui descobrindo vários restos ósseos quebrados. Estavam fazendo um corte no terreno para alargamento da rodovia e jogaram vários pacotes de rochas no terreno”, conta.

Ele diz que muitos dos fósseis estavam partidos e ele precisou fazer um salvamento paleontológico. “Tive que fazer o resgate para aquilo não ser destruído. Encontrei fragmento de mandíbula, dentário, o que chamou a atenção. Encontrar material craniano, particularmente no Brasil, é bem difícil. Foi isso que permitiu estudos comparativos e anatômicos para estabelecer a espécie nova”, diz.

Quando mostrou o material para um grupo da UFRJ, em 2004, foi estabelecida uma parceria com a instituição, que iniciou o estudo morfológico desses fósseis a partir de 2005. Até o momento, há oito espécies de titanossauros que já foram encontradas no Brasil.

Fonte: G1

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Jacaré de 3,6 m era mantido como 'guarda' e alimentado com gatos

Americanos chamaram a polícia após descobrirem animal em terreno.
Réptil de 181 kg estava amarrado a árvore próxima a apartamentos.

Na cidade de Tampa, na Flórida (EUA), policiais e agentes da FWC (sigla em inglês para a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida) ficaram impressionados ao encontrarem um aligátor (conhecido como jacaré-americano) de 3,6 m de comprimento, amarrado à uma árvore como se fosse um animal de estimação.
De acordo com o jornal “The Tampa Tribune”, a polícia foi chamada por moradores que viram o réptil enorme em um terreno próximo a um complexo de apartamentos, com uma corda no corpo e amarrada em uma árvore, como se fosse um animal de estimação.
Os oficiais afirmam também que o animal pesava 181 kg estava saudável e bem alimentado, e que pessoas não identificadas estariam dando gatos da vizinhança como comida para o animal. “Quando um animal selvagem é alimentado, ele perde o medo de humanos e os associa a comida, o que é perigoso”, explicou o oficial da FWC Baryl Martin.
Foi necessário, no entanto, abater o animal, já que ele era muito grande e perigoso e, de acordo com uma lei estadual, jacarés não podem ser realocados para muito longe de onde foram encontrados.

Animal de 3,6 m estava sendo mantido como animal de estimação e era alimentado por gatos (Foto: Divulgação/Florida Fish and Wildlife Conservation Commission)

Fonte: G1

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tubarões sobreviveram à Grande Extinção por 120 milhões de anos


Uma linhagem de pequenos tubarões pré-históricos, que acreditava-se que tivesse desaparecido na Grande Extinção de 250 milhões de anos atrás, na verdade viveu outros 120 milhões de anos, afirmaram cientistas nesta terça-feira (29) que encontraram amostras fósseis dos minúsculos dentes.

A estranha criatura - que não tinha mais que 30 centímetros de comprimento e, provavelmente, ostentava uma protusão similar a um gancho no lugar da barbatana dorsal - pode ter sobrevivido à calamidade escondendo-se em mares profundos, escreveram os pesquisadores em artigo publicado no periódico Nature Communications.

A pior extinção em massa que o planeta viveu acabou com 95% das espécies marinhas e 70% das terrestres no final do período Permiano, quando se acredita que a Terra tivesse um único continente cercado por um único oceano.

Entre as explicações para a catástrofe estão o impacto de um asteroide que sufocou o planeta em uma nuvem de poeira que ocultou o Sol e fez a vegetação secar ou um período de intensa atividade vulcânica que causou uma mistura letal de chuva ácida e aquecimento global.

Entre as criaturas que se acredita terem desaparecido nesse evento estavam os tubarões com dentição cladodonte, parentes distantes dos tubarões modernos, que tinham mandíbulas com várias fileiras de dentes minúsculos e afiados.



Mas agora, uma equipe de cientistas do Museu Natural de Genebra e da Universidade de Montpellier, na França, encontrou seis dentes desse tipo, que datam do período Cretáceo inferior em sedimentos, perto da cidade dessa cidade do Sul francês. Essa área pode ter ficado submersa durante esse período da história do planeta.

Os dentes, com menos de 2 milímetros, eram de diferentes espécies do tipo cladodontes, agora extintos, que viveram há 135 milhões de anos atrás.

"Nossas descobertas mostram que esta linhagem sobreviveu a extinções em massa, mais provavelmente, por buscar refúgio no fundo do mar durante eventos catastróficos", destacou o estudo.

Fonte: UOL

Descoberta criatura que pode ser o primata mais antigo já conhecido