quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Pesquisadores descobrem três fósseis de dinossauros no RS

Pesquisador diz que região teria recebido primeiros dinossauros do mundo.
Uma das ossadas estava praticamente completa, o que é raro.

Pesquisadores da Universidade Federal do Pampa, de São Gabriel, na Região da Campanha do Rio Grande do Sul, descobriram três fósseis de dinossauros em excelente estado de conservação em Agudo, na Região Central do estado. A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira (19) e, segundo os paleontólogos, pode representar uma nova espécie.
“Aparentemente é uma nova espécie. Seria a sétima espécie do Rio Grande do Sul, e a terceira encontrada em Agudo. É um local para onde ninguém tinha ido, podem ter muitos outros locais. Os fósseis estavam juntos, dando uma evidência que eram animais que viviam em bandos. Herbívoros”, disse ao G1 o paleontólogo Sérgio Dias da Silva.

Pesquisadores descobrem três fósseis de dinossauros no RS (Foto: Divulgação/Unipampa)

Os fósseis estavam em uma propriedade rural na localidade de Linha das Flores, no interior de Agudo. As ossadas são de cerca de 225 milhões de anos, do fim do período Triássico, antes do Jurássico. Um dos animais estava com a ossada praticamente completa. Pela quantidade de espécies encontradas no Rio Grande do Sul e pela antiguidade dos ossos, ele acredita que a região possa ter recebido os primeiros dinossauros do planeta.
"Três dinossauros juntos, um totalmente completo, praticamente articulado, é raríssimo (de se encontrar). Das cerca de 25 espécies de dinossauros no Brasil, não existe nenhum articulado. Os que tem crânio, nenhum tem completo. Parece que os bichos morreram ano passado. São do inicio da evolução dos dinossauros no mundo. Pela quantidade de fósseis encontrados aqui, é bem provável que os dinossauros surgiram aqui na região do Rio Grande do Sul e Argentina para depois se espalharam pro resto mundo. Seria a sétima espécie encontrada no estado”, explicou.
Os animais encontrados nesta quarta-feira mediam cerca de 2 metros de altura e 3 metros de comprimento. O material está num bloco de três toneladas e deve ser retirado na quinta-feira (20) para ser levado para a universidade.

Fonte: G1

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