segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Dinossauros tinham sangue quente e não eram 'répteis típicos', diz estudo

Artigo da 'Nature' aponta que dinossauros tinham fluxo sanguíneo intenso.
Répteis atuais, ou típicos, não mantêm temperatura do corpo estável.

Durante muito tempo os cientistas assumiram que os dinossauros eram répteis de sangue frio, mas um estudo espanhol publicado em junho deste ano na revista “Nature” sugere exatamente o oposto.
De acordo com os pesquisadores, os dinossauros não podem ser classificados como “répteis típicos” (nome dado aqueles que não conseguem manter a temperatura do corpo estável), porque teriam uma alta densidade de vasos sanguíneos em seus ossos, parecido com os vasos de mamíferos e aves, por exemplo.
A investigação científica realizada uma equipe do Instituto Catalão de Paleontologia Crusafont Miquel, da Espanha, aponta ainda que um fluxo sanguíneo significativo representaria um crescimento rápido de espécies, ou seja, que os dinossauros teriam um metabolismo acelerado, incompatível com animais de sangue frio, por exemplo.




Sinais característicos

Esta conclusão foi obtida através da detecção de linhas de crescimento nos ossos de alguns animais, como anfíbios e répteis – que têm a mesma função dos anéis nos troncos de árvores que indicam a idade daquela planta.
Os cientistas começaram a trabalhar com a possibilidade de que apenas animais de sangue frio é que apresentariam esses sinais. As linhas evidenciam que aquele animal teve um desenvolvimento lento, praticamente parado por fatores externos, como temperaturas baixas ou falta de alimentos. Além disso, foi alimentada a hipótese de que essas espécies, inclusive os dinossauros, tinham metabolismo lento, típico dos répteis atuais. 

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