Efe
Pesquisa foi feita a partir do fóssil de um crânio de 1,7 metro de comprimento de um pliossauro fêmea que foi encontrado no sudeste da Inglaterra
Paleontólogos da Universidade inglesa de Bristol descobriram que, como
os humanos de idade avançada, os dinossauros do período jurássico
Superior também sofriam de artrites há 150 milhões de anos.
A
pesquisa, que será publicada nesta quarta-feira, 16, na revista Paleontologia, foi feita a partir do fóssil de um crânio de 1,7 metro
de comprimento de um pliossauro fêmea que habitou as águas há 150
milhões de anos e foi encontrado no sudeste da Inglaterra.
Assim como os humanos de idade avançada, os dinossauros do período jurássico também tinham artrite |
O
estudo indica que a mandíbula do réptil marinho apresenta claros sinais
de artrite, doença degenerativa das articulações que seguramente
provocou sua morte.
Os pliossauros, predadores eficazes que
podiam medir mais de oito metros de comprimento, tinham uma cabeça
parecida com a dos crocodilos atuais, pescoço curto, corpo similar ao de
uma baleia e quatro poderosas barbatanas para se movimentarem na água.
De acordo com os pesquisadores, a artrite provocou o deslocamento de
partes da mandíbula do animal. Os paleontólogos acreditam que o
pliossauro sofreu da doença durante anos, já que encontraram impactos
dos dentes da mandíbula superior marcados sobre a inferior, provocados
provavelmente durante o processo de alimentação.
"Da mesma
forma que os humanos que envelhecem desenvolvem artrite nos quadris,
esta velha senhora desenvolveu a doença na mandíbula e chegou a
sobreviver com esta incapacidade durante um tempo", explica uma dos
autoras do estudo, a paleontóloga Judyth Sassoon.
Em último
caso, a erosão dos ossos teria provocado a "ruptura da mandíbula",
fazendo com que o pliossauro "não tivesse como se alimentar e,
provavelmente, essa situação o teria levado à morte", acrescenta a
pesquisadora.
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