Animais da família 'Scincidae' são nativos do Caribe.
Predador reduz a população dos lagartos desde o século 19.
Predador reduz a população dos lagartos desde o século 19.
Um estudo publicado nesta segunda-feira (30) descreve 24 espécies ainda
desconhecidas de lagarto que vivem na região do Caribe. Ao mesmo tempo
em que entram nas páginas da “Zootaxa”, revista científica que traz a
novidade, as espécies já vão para a lista vermelha de espécies ameaçadas
da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla
em inglês).
Tipo de lagarto nativo da Jamaica (Foto: Joseph Burgess, Penn State University) |
Os lagartos recém-descobertos são todos da família Scincidae.
Embora sejam semelhantes aos lagartos comuns, eles possuem
características próprias. Alguns destes lagartos, em vez de pôr ovos,
geram os filhotes dentro do ventre.
Blair Hegdes, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e autor do
estudo, acredita que esta peculiaridade esteja entre os fatores que
colocaram em risco a existência destes animais. As fêmeas grávidas são
mais lentas e vulneráveis aos predadores.
O principal predador dos lagartos é o mangusto, um mamífero carnívoro
de pequeno porte. Os colonizadores levaram este animal da Índia para a
região no século 19 para controlar o aumento da população de ratos, que
tinham se tornado uma praga para as plantações de cana.
Além de atacar os ratos, os mangustos rapidamente incluíram os lagartos
na dieta. A população dos répteis é muito pequena desde o início do
século passado, por isso levou tanto tempo até que cientistas os
descobrissem.
Os lagartos têm pequenas diferenças entre si que justificam a separação
em tantas espécies. Desde o século 19, não havia na ciência a descrição
de mais de 20 espécies de répteis de uma só vez.
Tipo de lagarto nativo de Antigua (Foto: Karl Questel, Penn State University) |
Fonte: G1
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