A cobra é um animal cercado de medos e superstições. Como para muitas
pessoas elas são malignas, geralmente são mortas, mas ao eliminar as
cobras, também eliminamos um predador importante dos ratos, considerados
uma praga nociva. Dependendo da cobra, ela pode comer até 15 ratos em
uma semana.
O biólogo Ed Carlos Soares, especialista em cobras, é referência no salvamento de espécimes em risco em Mogi Guaçu, na região de Campinas,
e hoje mantém 20 desses animais na casa onde mora, entre elas uma
jiboia que chegou com queimaduras graves. A cobra passou por tratamento
e, após 45 dias, está quase pronta para voltar à natureza.
Cobra encontrada ferida foi levada para tratamento em Mogi Guaçu (Foto: Reprodução EPTV) |
Na casa também estão uma urutu, espécie ameaçada de extinção, e uma
cascavel, que chegou quase morta e, após três meses, exibe os sinais de
saúde.
Quando estão completamente saudáveis, as cobras são levadas até o município de Espírito Santo do Pinhal, também na região de Campinas, onde a soltura é feita em uma área autorizada.
O trabalho é supervisionado pelo veterinário Paulo Roberto Martim, da
Universidade de Pinhal, que explica que preservar a espécie é uma forma
de controle de doenças e pragas como os ratos.
Biólogo Ed Carlos Soares com cobra em tratamento no Projeto Serpentes do Brasil (Foto: Reprodução EPTV) |
O biólogo Miguel Carlos Mattar reforça a necessidade de preservação das
cobras como predadores dos ratos, que transmitem doenças.O perigo para o
ser humano realmente existe, já que, em média, a cada mil pessoas
picadas, uma morre da vítima. Mas além da necessidade de preservação,
matar uma cobra é crime ambiental, já que elas são animais silvestres.
Quem encontrar uma cobra deve chamar o Corpo de Bombeiros 193.
Quem quiser conhecer mais sobre as cobras pode entrar no site do projeto Serpentes do Brasil.
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