terça-feira, 28 de abril de 2015

Nova espécie descoberta ajuda a explicar a evolução dos dinossauros

Fósseis encontrados nos EUA mostram elo entre tipos de dinos bípedes.
Outra pesquisa descobre que aves herdaram olfato de dinossauros.


A descoberta de uma nova espécie revela um elo evolucionário entre dois grupos de dinossauros. A existência do Daemonosaurus chauliodus se deu depois que cientistas do Instituto Smithsoniano encontraram fósseis de seu crânio e das vértebras de seu pescoço no estado norte-americano do Novo México, no Sudoeste do país. A pesquisa foi publicada pelo “Proceedings of the Royal Society B”.

O Daemonosaurus viveu há aproximadamente 205 milhões de anos, bem no fim do período triássico, antes do jurássico. Como foram encontrados apenas ossos da cabeça e do pescoço, não é possível calcular o tamanho do animal. Contudo, sabe-se que à subordem dos terópodes, dinossauros bípedes que podem ser carnívoros ou onívoros. 
 
Ilustração mostra como era a cabeça do
'Daemonosaurus' (Foto: Jeffrey Martz)
 

Os mais antigos dinossauros bípedes conhecidos incluem espécies de predadores como o Herrerasaurus, que habitou um espaço que hoje corresponde à Argentina ao Brasil há cerca de 230 milhões de anos. Até a presente descoberta, os cientistas não conheciam nenhum elo entre esses animais e os terópodes mais desenvolvidos. A análise da estrutura óssea foi suficiente para mostrar que o Daemonosaurus é esse elo.

A descoberta motiva os paleontólogos na busca por novas evidências sobre a evolução dos dinossauros. “A exploração continuada, mesmo em regiões já bem estudadas, como o Sudoeste dos EUA, ainda providenciará descobertas notáveis de fósseis”, afirmou Hans Sues, principal autor da pesquisa.

Outro estudo

Milhões de anos mais tarde, surgiriam as aves, e elas herdariam dos dinossauros um olfato apurado. Foi o que descobriu uma outra pesquisa, publicada pela mesma revista científica. Esse estudo foi um esforço conjunto da Universidade de Ohio, nos EUA, da Universidade de Calgary e do Museu Real Tyrrell, ambos no Canadá. 
 
Dinossauro bambiráptor desenhado com as cores
do urubu de cabeça vermelha (Foto: Cortesia de
Julius Csotonyi)

Há muito se acreditava que, durante a evolução dos dinossauros para as aves, o olfato teria piorado, uma vez que foi preciso desenvolver a visão, a audição e o equilíbrio, essenciais ao voo. No entanto, uma comparação entre os bulbos olfatórios de dinossauros e pássaros – antigos e modernos – não confirmou está hipótese.

“Surpreendentemente, nossa pesquisa mostra que o olfato, na verdade, melhorou na evolução de dinossauros para aves, assim como a visão e o equilíbrio”, afirmou Darla Zelenitsky, da Universidade de Calgary, principal autora do estudo.

Fonte: G1 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pesquisa aponta como tiranossauro devorava triceratops

Predador jurássico arrancava cabeça de dinossauro para comer, diz estudo.
Marcas de dentes em 18 fósseis de triceratops permitiram fazer pesquisa.
 
 
Cientistas do Museum of the Rockies, em Montana, nos Estados Unidos, apresentaram informações que mostram como o tiranossauro (Tyrannosaurus), um dinossauro que está entre os maiores predadores que já pisaram no mundo, há milhões de anos, se alimentava de outro tipo de réptil jurássico, o triceratops.

A pesquisa foi apresentada na última semana em um encontro da Sociedade de Paleontologia de Vertebrados dos EUA, e foi enviada para o periódico "Journal of Vertebrate Paleontology", ainda em análise para ser publicada.
Imagens mostram como tiranossauro arrancava cabeça de triceratops (Foto: Divulgação/Nate Carroll/Denver Fowler)

Para detalhar o "passo-a-passo" da alimentação do tiranossauro, o cientista Denver Fowler analisou vestígios de ossos de triceratops com marcas de dentes. Aproximadamente cem fósseis de triceratops foram avaliados, no início do estudo, e em 18 deles foram identificadas marcas de presas que mostram que o crânio dos dinossauros foi completa ou parcialmente arrancado pela força de mordidas.

Puxões e mordidas
Os ossos estudados dos triceratops exibiram marcas de puxões, mordidas e fraturas que combinam com o padrão de dentição identificado anteriormente em tiranossauros, segundo os pesquisadores. Eles não encontraram nenhum sinal de cura ou recuperação natural nos ossos, o que indica que as mordidas foram feitas em animais mortos, que estavam sendo devorados.

Os cientistas acreditam que os tiranossauros tentavam primeiro arrancar a cabeça destes animais, já que os músculos do pescoço do triceratops provavelmente eram mais nutritivos. "É horrível, mas a maneira mais fácil de fazer isso era puxar a cabeça para fora do corpo", disse Fowler ao site da revista "Nature".

Cientistas sugerem que carne do pescoço do triceratops era nutritiva e macia, por isso preferida pelo tiranossauro (Foto: Divulgação/Nate Carroll/Denver Fowler)

Fonte: G1 

terça-feira, 14 de abril de 2015

Fóssil encontrado na Argentina seria precursor dos dinossauros gigantes

Animal media cerca de 3 m e viveu há mais de 170 milhões de anos.
Argentina é um dos mais importantes centros de pesquisas na área.



O novo fóssil de dinossauro encontrado na Patagônia argentina é uma espécie desconhecida que explica a origem dos gigantes herbívoros que habitaram a Terra há 170 milhões de anos, disse em 2011 à AFP o pesquisador que participou da descoberta.

O Leonerasaurus taquetrensis tinha cerca de três metros (Foto: AFP)

"A importância da descoberta é que se trata de uma nova espécie. Ela nos oferece dados sobre a origem dos dinossauros saurópodes, de pescoço e cauda longos, herbívoros, e que foram os maiores seres da história da Terra", disse Diego Pol, cientista do Museu de Paleontologia Egidio Feruglio.

O animal, que mede cerca de 3 m de comprimento, foi batizado Leonerasaurus taquetrensis e é uma "espécie muito primitiva, de 180 milhões de anos que ajuda a entender a árvore genealógica dos gigantes que surgiram depois", segundo Pol.

A Argentina se tornou há alguns anos um importante centro pelas descobertas de fósseis de dinossauros, entre eles o Argentinosaurus huinculensis, de 98 milhões de anos, o maior herbívoro já encontrado no mundo.

"Boa parte do esqueleto do Leonerasaurus foi encontrada. Falta parte do crânio e a cauda. Mas temos a coluna vertebral, a cintura, as patas dianteiras e as traseiras", disse Pol, cientista do organismo estatal de pesquisas científicas Conicet, em Trelew, 1.400 Km ao sul de Buenos Aires.

O Leonerasaurus foi encontrado em um sítio da era Jurássica localizado nas serras patagônicas de Taquetrén, que serviram de inspiração para o "nome" do fóssil. A espécie é considerada um "elo perdido" que liga os antigos e pequenos prossaurópodes com seus irmãos maiores, os saurópodes.

A descoberta foi publicada na revista científica "Plos One"
 
Fonte: France Presse e G1

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Cientistas descobrem no Chile o 'ornitorrinco' dos dinossauros

'Chilesaurus diegosuarezi' tem corpo que lembra vários grupos de dinossauros.
Segundo pesquisadores, é a espécie 'mais bizarra' já encontrada.


Cientistas encontraram fósseis de um dinossauro estranho no sul do Chile, com uma combinação tão incomum de traços, que forçou a equipe a comparar o "novo" réptil a um ornitorrinco, mamífero australiano com bico de pato que põe ovos.

Nomeado Chilesaurus diegosuarezi, o dinossauro é membro do mesmo grupo do Tyranossaurus rex, terópodes, que inclui o maior carnívoro terrestre da história. No entanto, o lagarto pré-histórico só comia plantas, com um bico e dentes em formato de folha.

O crânio e o pescoço lembram os dinossauros primitivos que possuíam o pescoço comprido, e a vértebra remete aos carnívoros. O novo dinossauro possui braços robustos, mas com dois dedos em cada mão.
Ilustração mostra exemplar da nova espécie de
dinossauro batizada de 'Chilesaurus diegosuarezi'
(Foto: Gabriel Lio/University of Birmingham/Reuters)

Era bípede, mas seus pés largos e com quatro dedos cada eram diferentes da maioria dos terópodes. Os fósseis também mostraram que o animal descoberto possuía uma pélvis semelhante a de pássaros.

"O Chilesaurus constitui um dos dinossauros mais bizarros já encontrados", disse o paleontólogo Fernando Novas, do Museu Bernardino Rivadavia de Ciências Naturais, em Buenos Aires, chamando a criatura de um "quebra-cabeça".

"A anatomia do esqueleto junta características de diferentes grupos de dinossauros, como se um piso fosse formado por um mosaico de diferentes formas e cores. Nenhum outro dinossauro exibe tal combinação ou mistura", acrescentou.

O animal viveu em uma região de rios no final do período Jurássico, aproximadamente 145 milhões de anos atrás. Era relativamente pequeno, atingindo no máximo 3,2 metros de altura, embora a maior parte dos espécimes encontrados fossem do tamanho de um peru.

Quatro esqueletos quase completos e dúzias de ossos de outros indivíduos foram encontrados, tornando o Chilesaurus um dos dinossauros mais conhecidos do período Jurássico do Hemisfério Sul. A pesquisa foi apresentada na revista "Nature".

Filhotes de ornitorrinco em zoológico australiano: é um
mamífero que tem bico de pato e põe ovos(Foto: AFP)

Fonte: G1

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Mordida de piranha é mais 'forte' que de tiranossauro e tubarão, diz estudo

Intensidade leva em conta a massa e o tamanho do animal. 
Músculos do peixe exercem força equivalente a 30 vezes seu peso.  

Da AFP

Com os músculos da mandíbula superdesenvolvidos, capazes de exercer uma força equivalente a 30 vezes o seu peso, a piranha negra (Serrasalmus rhombeus) é uma máquina de morder que deixa no "chinelo" o restante do reino animal.

O grande tubarão branco, a hiena e o crocodilo têm dentes muito afiados, mas, se a mordida deles for relacionada com a massa e o tamanho dos bichos, o campeão disparado é mesmo a piranha negra.

A força da mordida dela chega a 320 Newtons, quase três vezes mais que a exercida por um crocodilo do mesmo tamanho.
Dr. Justin Grubich, da Universidade Americana do Cairo, no Egito, segura exemplar de piranha negra pego em uma expedição ao Rio Xingu, na Amazônia (Foto: National Geographic Society/Nature Scientific Reports)

Esse peixe tropical supera, inclusive, monstros pré-históricos como o tiranossauro e o megalodonte, ancestral gigante do tubarão branco, segundo estudo publicado na revista "Nature Scientific Reports".

Os cientistas arriscaram seus dedos para capturar 15 piranhas negras em um braço do Rio Amazonas e usar nelas um aparelho de medição de mandíbulas.
Pesquisadores americanos Steve Huskey e Justin Grubich avaliam a força da mordida de uma piranha negra durante expedição ao Rio Xingu, na Amazônia (Foto: National Geographic Society/Nature Scientific Reports)

Os peixes, que mediam de 20 a 37 centímetros de comprimento, "prestaram-se de boa vontade ao jogo, praticando mordidas defensivas", disseram os biólogos.

"Ainda que as anedotas referentes a vítimas reduzidas a esqueletos em águas infestadas de piranhas sejam geralmente exageradas, as eficácia da mordida desses animais não é", acrescentaram os autores, citando casos em que esses animais carnívoros cortaram de uma vez ossos de dedos humanos e os comeram.
Esqueleto de piranha negra mostra os dentes em detalhes (Foto: Steve Huskey/Nature Scientific Reports)
Fonte: G1