terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Pesquisa atesta: Brasil também foi lar de dinossauros gigantes

Com 25 metros, nova espécie tem quase duas vezes o tamanho do maior dinossauro brasileiro que se conhecia até aqui

Comparações entre dinossauros brasileiros, do menor para o maior: Gondwanatitan faustoi (8 metros), Maxakalisaurus topai (13 metros) e Austroposeidon magnificus (25 metros). (Divulgação)
 
Um grupo de cientistas brasileiros anunciou nesta quarta-feira, no Museu de Ciências da Terra do Rio de Janeiro, a descoberta do maior dinossauro já identificado no Brasil. A espécie media aproximadamente 25 metros de comprimento (maior que alguns ônibus biarticulados que circulam em várias capitais brasileiras, cujo comprimento varia entre 24 e 28 metros) e viveu no período Cretáceo, cerca de 70 milhões de anos atrás.

“O resultado do estudo mostra que o Brasil também foi lar de dinossauros gigantes, como os fósseis descobertos na Argentina”, disse Kamila Bandeira, autora da pesquisa e, atualmente, doutoranda do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O título de gigante da América do Sul, por enquanto, é da Argentina. Em 2014, pesquisadores descobriram um novo dinossauro gigantesco – e também o mais bem preservado. Com 26 metros de comprimento e quase 65 toneladas, o Dreadnoughtus schrani é o maior animal terrestre cuja massa já tenha sido calculada.

Inicialmente, os fósseis do dinossauro foram dados a Kamila como material de estudo do seu mestrado, em agosto de 2013. “Observei que se tratava de uma espécie diferente no momento em que o comparei com o Maxakalisaurus, de 13 metros de comprimento” afirmou a estudante. A autora refere-se ao Maxakalisaurus topai, até então o maior dinossauro já encontrado no país.

A pesquisa mostra que o dinossauro encontrado fez parte do grupo dos titanossauros, espécie herbívora, de cauda e pescoço longos, quadrúpede totalmente terrestre e cerca de 20 toneladas. Foi batizado Austroposeidon magnificus, segundo explica Kamila, como referência ao deus grego do mar, também responsável pelos terremotos. “Pode-se imaginar o tremor que vários dinossauros dessa espécie poderiam causar só de caminhar juntos”, contou ela.

As vértebras do pescoço e da coluna vertebral do dinossauro foram encontradas na década de 1950, perto de Presidente Prudente, em São Paulo, por Llewellyn Ivor Price, paleontólogo brasileiro falecido em 1980. O pesquisador guardou a ossada no Museu de Ciências da Terra, na Zona Sul do Rio Janeiro, local onde trabalhava na época.

Os ossos do magnificus foram analisados com a ajuda de um tomógrafo e o resultado mostrou a presença de dois tipos de tecidos ósseos, quando normalmente outros titanossauros têm apenas um tipo.

A partir desta quinta-feira, as vértebras originais estarão expostas ao público no Museu de Ciências da Terra, no bairro da Urca, na Zona Sul do Rio.

Fonte: Veja

Conheça o Pycnonemossauro, o dinossauro brasileiro primo do T-rex

© image/jpeg Pycnonemosaurus
O Pycnonemosaurus nevesi, um dinossauro que viveu em uma região que atualmente corresponde ao Mato Grosso, há 70 milhões de anos, é o maior exemplar da família Abelisauridae. Cientistas brasileiros concluíram que a espécie tinha 8,9 metros, da ponta das mandíbulas à ponta da cauda. Com a descoberta, o Pycnonemossauro brasileiro ultrapassa por um metro o dinossauro argentino Carnotaurus sastrei, que os pesquisadores acreditavam que era o maior do grupo dos Abelisauridae.

A pesquisa, publicada recentemente na revista científica Cretaceous Research, foi conduzida pelos brasileiros Orlando Grillo, paleobiólogo e zoólogo do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Delcourt, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). A equipe de cientistas analisou fósseis de 37 dinossauros da família Abelisauridae, que reúne carnívoros bípedes, de fortes membros posteriores e crânios cobertos com sulcos e depressões.

“Há muita confusão nas estimativas do tamanho dos dinossauros, pois os métodos utilizados divergem de um trabalho para outro. Anteriormente, o Pycnonemossauro brasileiro havia sido descrito como um dos menores de seu grupo. Conhecer o tamanho de um dinossauro é importante para nossos estudos, como de paleoecologia e biomecânica”, explica Grillo.
Tamanho dos dinossauros

Segundo o pesquisador, o mais comum é que as espécies descritas pelos cientistas tenham seu tamanho estimado por meio de proporções diretas, feitas com regra de três que comparam os ossos de outros dinossauros. O método é geralmente impreciso, já que as medidas corporais variam bastante entre os animais.

Para uniformizar a dimensão das espécies analisadas no estudo, a equipe comandada por Grillo e Delcourt utilizou um mesmo método em todos os fósseis. Foram feitas regressões lineares baseadas no tamanho das vértebras e tíbia, cujas correlação com o comprimento corporal total é de 95 a 98%. “São valores muito altos, o que indica que o cálculo é muito preciso”, disse Orlando.
Predadores carnívoros

O nome Pycnonemosaurus significa ‘lagarto da mata densa’, em alusão ao Mato Grosso, onde os fósseis da espécie foram encontrados em 1952. O animal, que vivia na Chapada dos Guimarães era tido como o segundo maior dinossauro brasileiro, perdendo apenas para Oxalaia, um terópode de 12 a 14 metros de comprimento que viveu há 95 milhões de anos no lugar que hoje corresponde ao Maranhão.

O Carnotauro argentino, que até então era descrito como o maior desse grupo de dinossauros, com 7,8 metros de comprimento, é conhecido por ser uma das espécies descritas no livro Mundo Perdido, de Michael Crichton, que inspirou o grande vilão de Jurassic World, último filme da série Parque dos Dinossauros, o dinossauro Indominus Rex. Sua aparência é marcante, com chifres no topo da cabeça — mas, em comprimento, como descobriu a equipe brasileira, ele perde em pouco mais de um metro.

A pesquisa também identificou que as espécies da família Abelisauridade cresceram ao longo de sua evolução. A suspeita é que eles tenham acompanhado o aumento de tamanho de suas presas.

“Muitas vezes acontecem evoluções paralelas entre caça e caçador. Se as presas aumentam de tamanho durante a evolução, isso lhes confere maior vantagem por serem mais difíceis de abater. O que acaba favorecendo que predadores maiores sejam selecionados ao longo da evolução. Abelissaurídeos provavelmente se alimentavam de dinossauros saurópodes do grupo Titanosauria que também cresceram durante os anos”, disse Orlando.

Fonte: Veja e MSN

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

O que aconteceria se alguém fosse engolido por uma baleia-azul?

© Fornecido por Abril Comunicações S.A.

Essa infeliz pessoa provavelmente morreria de politraumatismo ainda na boca do animal, e não passaria daí. Pinóquio e o Jonas da Bíblia que nos perdoem, mas pessoas sendo engolidas por baleias é ficção. Esses gigantes do mar são muito criteriosos na escolha do que vão digerir, preferindo ficar em uma dieta composta de pequenos peixes e crustáceos.

Apesar do tamanho da baleia–azul, sua boca não é ampla o suficiente para um ser humano caber ali dentro sem ser esmagado quando fechada, e seu esôfago tem apenas 10 cm de diâmetro, impedindo a ingestão de qualquer coisa muito maior do que uma laranja. E, antes que você pergunte, confira abaixo se outros grandes bocudos do reino animal conseguiriam esse feito.

Cachalote

Prima distante da baleia–azul, já que pertence a outro grupo de cetáceos (Odontoceti), essa gigante costuma devorar lulas-gigantes inteiras, que chegam a 18 m de comprimento. Então, teoricamente, sim, uma cachalote poderia engolir um ser humano. Se tudo desse “certo”, essa pessoa morreria asfixiada dentro da primeira de quatro câmaras do estômago do bicho. Depois, seria digerida pelas enzimas do animal.


© Fornecido por Abril Comunicações S.A.


Crocodilo

Nos maiores exemplares conhecidos, a cabeça desse réptil não passa de 45 cm de largura externa, portanto sua abertura de garganta é muito menor e dificilmente permitiria a passagem de uma pessoa inteira. Esse é o motivo que leva esses animais a dilacerar suas presas antes de ingerir o alimento. Ou seja: dilacerado, sim, inteiro, não.


© Fornecido por Abril Comunicações S.A.

Sucuri

 © Fornecido por Abril Comunicações S.A.
 
A sucuri, bem como sua prima píton, já foram vistas devorando grandes animais de uma só vez, como bezerros, antílopes, jacarés e capivaras de até 55 kg. Então a resposta é sim. É possível que ela engula um ser humano inteiro, desde que seja uma pessoa magra e baixa. O lanche em questão já estaria morto na hora de ser engolido, já que essas cobras matam suas presas asfixiadas por esmagamento, deslocando vários ossos no processo.

Em 2014, o ambientalista Paul Rosolie vestiu uma armadura de carbono e tentou ser engolido por uma cobra. Deu meio certo, meio errado. Veja abaixo:

Fonte: Mundo Estranho, MSN e Discovery Channel

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Espanhol encontra por acaso fósseis de 125 milhões de anos

Agricultor achou quase 200 fósseis de dinossauros enquanto trabalhava em seu sítio. Segundo cientistas, há vestígios de cinco tipos de dinossauros 

Vértebras caudais encontradas por agricultor em Sierra de la Demanda, Espanha (Fundación Dinosaurios Castilla y León/Divulgação)

Um novo sítio paleontológico foi descoberto na Sierra de la Demanda, na cordilheira ibérica, próximo ao município de Hortigüela, na Espanha. Aproximadamente 200 fósseis de dinossauros foram encontrados pelo agricultor Donato Blanco García, enquanto ele cuidava de plantações em sua propriedade. Assim que avistou o estranho material, o espanhol entrou em contato com o Museo de Dinosaurios de Salas de los Infantes, que fica perto do local. Após a visita dos cientistas, que documentaram a presença dos fósseis, a descoberta do novo sítio paleontológico foi confirmada nesta quarta-feira pelo Coletivo Arqueológico e Paleontológico do museu.
De acordo com os especialistas, os fósseis pertencem ao período Cretáceo, e têm aproximadamente 125 milhões de anos. As peças, no geral, estão em bom estado de conservação e constituem diversas partes do corpo dos animais, como crânios, vértebras de caudas e quadris, costelas e pernas.

Em uma identificação prévia, os pesquisadores encontraram indícios da presença de dinossauros herbívoros, como iguanodontídeos, pequenos ornitópodes, saurópodes e dinossauros do grupo thyreophora (que possuíam uma armadura óssea nas partes dorsal e superior do corpo, com espinhos e chifres). Há também evidências de animais carnívoros, como os terópodes (grupo ao qual pertencem dinossauros como o T. rex). A grande variedade de fósseis, segundo os pesquisadores, indica a riqueza do novo sítio.

Como os ossos estão praticamente completos e sem sinais de terem sido transportados, os cientistas acreditam que os animais tenham morrido no local, ou perto dali. Se isso tiver acontecido, é possível que existam ainda mais fósseis no sítio, que poderiam ser localizados por meio de cuidadosas escavações.

Fonte: Veja