O Abolo ou Ameiva-de-Guadalupe foi provavelmente extinto em princípios do século XX, quando um furacão que atingiu a ilha, destruiu a última colônia conhecida, em 1928.
Era endêmico de várias ilhas caribenhas, mas seu habitat foi reduzindo-se com a destruição da vegetação costeira, até só ser encontrado próximo da cidade de Petit-Bourg, Guadalupe.
O Abolo tinha 150 mm do focinho até o princípio da cauda. Era de cor cinzenta, com três faixas no seu comprimento. As laterais eram azuladas, e a cabeça e cauda verde oliva. Alimentavam-se de peixes e ervas, sendo mais ativos conforme a temperatura do dia aumentava, como todo animal de sangue frio.
O que levou de fato esta espécie à extinção ainda não está claro. A introdução de cães, gatos, ratos e do mangusto provavelmente contribuíram para seu declínio populacional. Outro fator que contribuiu foi a degradação de seu habitat costeiro. Para finalizar, um furacão, em 1928, destruiu a última colônia conhecida da espécie. Como estes animais não eram bons nadadores e o nível da água aumentou em até 4 metros, levou à extinção desta colônia e dos últimos espécimes conhecidos.
02) Cágado-de-Yunnan (Cuora yunnanensis)
O Cágado-de-Yunnan, ou Tartaruga-de-Caixa-de-Yunnan, foi oficialmente classificado como extinto na Natureza em 2000. Desde princípios do século XX suspeitava-se que estava extinto. O
último espécime coletado na Natureza foi em 1940. Mas em 2004 e 2005
foram localizados espécimes em um comércio de animais de Kunming, China.
Suspeitou-se que fossem híbridos fabricados, pois quanto mais raro o
espécime maior é seu valor de mercado. Foram feitos estudos nos
espécimes que comprovaram, em 2007, que eram verdadeiros
Cágados-de-Yunnan.
Supõe-se que era um animal endêmico do
Planalto de Yunnan, na China. Era um animal que vivia próximo à água
doce, em altitudes de cerca de 2000 m, em áreas com elevada umidade.
Eram onívoros. A carapaça deste cágado
era bem plana, chegando aos 12,6 cm os machos, e 14 cm as fêmeas. A
coloração era marrom-escura com três sulcos por todo o comprimento. A
borda externa era bem serrilhada. Na cabeça tinha uma linha amarela bem
fina, que ia do nariz, passando por cima dos olhos e terminando na base
do pescoço. O pescoço e garganta eram cobertos por marcas amarelas e
laranjas. Não há quaisquer dados sobre como se dava sua reprodução, nem
na Natureza nem em cativeiro.
O que a ciência conhece deste animal
deve-se a 12 amostras coletadas em Yunnan, anteriores a 1908. Foram
comprados em comerciantes locais. O último exemplar avistado na Natureza
foi em 1906.
As razões de sua extinção na Natureza
devem-se à destruição de seu habitat pela expansão da cidade de Kunming,
fragmentação dos rios devido a construção de barragens e desmatamento
em larga escala. O uso de fertilizantes e outros produtos químicos
também contribuíram. Mas há outros fatores que podem ter contribuído
para sua extinção na Natureza: o comércio para criadores, e o comércio
alimentar, visto que é uma iguaria na culinária chinesa (sopa de
tartaruga).
Ainda acredita-se que o último
indivíduo na Natureza possa estar vivo. Foi classificado como extinto
pelo longo tempo que não é avistado em seu habitat natural (parte dele
destruído pela expansão da cidade de Kunming).
A
Iguana-da-Ilha-Navassa é considerada extinta na Natureza, já que não é
visto um exemplar em seu habitat natural desde os anos 1960.
Esta sub-espécie de Iguana vivia na ilha de Navassa no Caribe.
Tinham um comprimento entre 60 e 120 cm.
Sua coloração era de tons esverdeados (do claro ao escuro), passando
pelo cinza e marrom, com uma faixa mais escura no topo do dorso. Na
parte superior do focinho tinha formações ósseas que lembram cornos,
como os do rinoceronte.
As causas da extinção podem ser várias: a
ocupação da ilha para fins militares antes dos anos 1960, a mineração
do guano (fezes de aves e morcegos) para utilização na fabricação de
fertilizante, a introdução de cães, cabras e ratos em seu habitat.
A espécie foi descrita pela primeira
vez em 1885. A ilha de Navassa foi visitada diversas vezes por
estudiosos em busca da iguana (1966, 1967 e 1986), mas não se encontrou
sinal de que ainda existisse alguma na natureza. Uma última busca foi
feita em 1999, também em vão. Há outra hipótese que sugere o
desaparecimento das iguanas como sendo anterior a todos os fatores
apresentados, e que na verdade seria resultante da caça e captura destes
animais pelo homem para comércio. Pode ser que ainda exista algum
exemplar em cativeiro pelo mundo afora, mas muito idoso.
04) Jibóia-da-Ilha-Round (Bolyeria multocarinata)
A Jibóia-da-Ilha-Round foi provavelmente extinta nos anos de 1970.
Era endêmico da ilha Round, uma pequena ilha vulcânica pertencente às ilhas Maurício.
Em 1840 foram introduzidos coelhos e
cabras na ilha, causando danos na vegetação e, consequentemente, erosão
do solo e das encostas do vulcão existente na ilha, levando a uma
diminuição dos palmeirais onde habitava este réptil.
O último espécime conhecido foi encontrado, em um palmeiral, em 1975.
O
Kawekaweau (nome maori) era uma espécie gigante de lagartixa, foi
extinto em fins do século XIX. Vivia na Nova Zelândia. Podia chegar aos
60 cm.
O último espécime avistado foi encontrado por um chefe maori, embaixo da casca de uma árvore morta. Descreveu o animal como de cor marrom, com riscas e tão grosso como o braço de um homem.
O único exemplar que se conhece
conservado em um museu, foi localizado no sótão do Museu de Marselha,
França, em 1986. Não se sabe quando e onde foi coletado.
06) Lagarto-Caboverdiano (Macroscincus coctei)
O Lagarto-Caboverdiano ou Lagarto-Gigante-de-Cabo-Verde foi extinto provavelmente em princípios do século XX.
Era endêmico do arquipélago de Cabo Verde.
Habitavam
em diferentes habitats terrestres, com presença de rochas. Tinha cerca
de 60 cm de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda.
No
século XIX os infratores eram exilados para o ilhéu Branco, uma das
ilhas menores do arquipélago. Os exilados ao que parece alimentavam-se
do que encontravam na ilhota, inclusive do Lagarto-Caboverdiano. Além
disso, a pele do lagarto era utilizada na confecção de sapatos.
Em
princípios do século XX já era considerado uma espécie rara nos ilhéus
Raso e Branco, locais onde ainda existiam dentre as 10 ilhas do
arquipélago. Além do uso para alimentação, a utilização da pele, e uma
longa seca que contribuiu para o decréscimo populacional, a própria
coleta de espécimes por naturalistas contribuiu para sua extinção.
07) * Lagarto-da-Ilha-Navassa (Leiocephalus eremitus)
O Lagarto-da-Ilha-Navassa foi considerado extinto em 1994. Só é conhecido por uma única fêmea coletada em 1868.
Era endêmico da pequena e desabitada Ilha Navassa, no mar do Caribe, possessão dos E.U.A..
Seu tamanho era de 64 mm. As escamas da
cabeça e do ventre eram suaves. Já as escamas do dorso e das laterais
eram mais grossas. Era cinza escuro na parte superior com nove barras no
comprimento mais escuras. A cauda também era cinza mas mais claro. Nada
se sabe sobre seus hábitos.
A provável causa de sua extinção foi a degradação de seu habitat.
08) Lagarto-da-Ilha-de-Ratas (Podarcis lilfordi rodriquezi) :
O
Lagarto-da-Ilha-de-Ratas foi extinto na década de 1950, ao desaparecer a
ilhota – de mesmo nome – onde vivia, na reformulação do porto da cidade
de Maó, na Minorca (Ilhas Baleares).
Os machos tinham 7,67 cm de comprimento e
as fêmeas 6,25 cm. Tinham uma coloração que variava do verde oliva
claro até o escuro. A parte superior das patas e laterais do corpo
tinham tons de verde e cinza.
Existem quatro exemplares em museus.
09) Lagarto-de-Santo-Stefano (Podarcis sicula sanctistephani):
O Lagarto-de-Santo-Stefano foi extinto em 1965.
Vivia na ilha de Santo Stefano, uma
ilhota próximo de Ventotene no Mar Tirreno, na costa ocidental da
Itália, e em parte das ilhas Pontine.
As causas de sua extinção foram
provavelmente a introdução de gatos e serpentes na ilha. Quase toda a
população destes lagartos foi destruída. Os poucos sobreviventes
cruzaram com outra espécie também introduzida. Uma epidemia de origem
desconhecida acabou com o restante das espécimes.
10) Tartaruga-Gigante-de-Rodrigues (Cylindraspis vosmaeri):
A Tartaruga-Gigante-de-Rodrigues foi considerada extinta em 1802.
Este jabuti era
endêmico da Ilha de Rodrigues, que faz parte das Ilhas Maurício, no
Oceano Índico, a 1500 km a leste da costa de Madagascar.
A carapaça da
Tartaruga-Gigante podia atingir 94 cm de comprimento e 81 cm de largura,
e podiam alcançar 1,20 m de altura. O peso chegava até os 12 kg. Sua
principal característica era o longo pescoço terminado em uma pequena
cabeça. Supõe-se que viviam em grupos de até 3000 indivíduos.
A ilha de Rodrigues foi
descoberta por portugueses em 1528. Estas tartarugas tornaram-se parte
da dieta dos navegantes, pois aguentavam mais de 15 semanas sem água ou
alimento, sendo uma fonte de carne fresca e saborosa. A captura destas
Tartarugas-Gigantes tornou-se um problema para manter a viabilidade da
espécie. A caça aumentou drasticamente entre 1730 e 1770, supondo-se que
mais de 280.000 animais foram retirados da ilha neste período. Este
período de super-exploração deveu-se aos relatos de um náufrago, que
chamou a atenção de franceses e ingleses para as ilhas e suas riquezas
naturais (entre elas as tartarugas).
As espécies
invasoras também contribuíram para sua extinção com a degradação de seu
habitat. Só foi possível reconstituir um animal a partir de restos
encontrados nas cavernas da ilha. Como este animal tem uma grande
longevidade (supõe-se que vivam até 200 anos), ainda acredita-se que
possa existir algum exemplar em um zoológico particular.
Fonte: http://imaginacaoativa.wordpress.com
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