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sexta-feira, 27 de abril de 2012

10 Répteis extintos nos últimos 200 anos

01) Abolo (Ameiva cineracea)


    

O Abolo ou Ameiva-de-Guadalupe foi provavelmente extinto em princípios do século XX, quando um furacão que atingiu a ilha, destruiu a última colônia conhecida, em 1928.
Era endêmico de várias ilhas caribenhas, mas seu habitat foi reduzindo-se com a destruição da vegetação costeira, até só ser encontrado próximo da cidade de Petit-Bourg, Guadalupe.
O Abolo tinha 150 mm do focinho até o princípio da cauda. Era de cor cinzenta, com três faixas no seu comprimento. As laterais eram azuladas, e a cabeça e cauda verde oliva. Alimentavam-se de peixes e ervas, sendo mais ativos conforme a temperatura do dia aumentava, como todo animal de sangue frio.
O que levou de fato esta espécie à extinção ainda não está claro. A introdução de cães, gatos, ratos e do mangusto provavelmente contribuíram para seu declínio populacional. Outro fator que contribuiu foi a degradação de seu habitat costeiro. Para finalizar, um furacão, em 1928, destruiu a última colônia conhecida da espécie. Como estes animais não eram bons nadadores e o nível da água aumentou em até 4 metros, levou à extinção desta colônia e dos últimos espécimes conhecidos.


02) Cágado-de-Yunnan (Cuora yunnanensis)


 

O Cágado-de-Yunnan, ou Tartaruga-de-Caixa-de-Yunnan, foi oficialmente classificado como extinto na Natureza em 2000. Desde princípios do século XX suspeitava-se que estava extinto. O último espécime coletado na Natureza foi em 1940. Mas em 2004 e 2005 foram localizados espécimes em um comércio de animais de Kunming, China. Suspeitou-se que fossem híbridos fabricados, pois quanto mais raro o espécime maior é seu valor de mercado. Foram feitos estudos nos espécimes que comprovaram, em 2007, que eram verdadeiros Cágados-de-Yunnan.
Supõe-se que era um animal endêmico do Planalto de Yunnan, na China. Era um animal que vivia próximo à água doce, em altitudes de cerca de 2000 m, em áreas com elevada umidade.
Eram onívoros. A carapaça deste cágado era bem plana, chegando aos 12,6 cm os machos, e 14 cm as fêmeas. A coloração era marrom-escura com três sulcos por todo o comprimento. A borda externa era bem serrilhada. Na cabeça tinha uma linha amarela bem fina, que ia do nariz, passando por cima dos olhos e terminando na base do pescoço. O pescoço e garganta eram cobertos por marcas amarelas e laranjas. Não há quaisquer dados sobre como se dava sua reprodução, nem na Natureza nem em cativeiro.
O que a ciência conhece deste animal deve-se a 12 amostras coletadas em Yunnan, anteriores a 1908. Foram comprados em comerciantes locais. O último exemplar avistado na Natureza foi em 1906.
As razões de sua extinção na Natureza devem-se à destruição de seu habitat pela expansão da cidade de Kunming, fragmentação dos rios devido a construção de barragens e desmatamento em larga escala. O uso de fertilizantes e outros produtos químicos também contribuíram. Mas há outros fatores que podem ter contribuído para sua extinção na Natureza: o comércio para criadores, e o comércio alimentar, visto que é uma iguaria na culinária chinesa (sopa de tartaruga).
Ainda acredita-se que o último indivíduo na Natureza possa estar vivo. Foi classificado como extinto pelo longo tempo que não é avistado em seu habitat natural (parte dele destruído pela expansão da cidade de Kunming).

03) Iguana-da-Ilha-Navassa (Cyclura cornuta onchiopsis)


iguananavassa 

A Iguana-da-Ilha-Navassa é considerada extinta na Natureza, já que não é visto um exemplar em seu habitat natural desde os anos 1960.
Esta sub-espécie de Iguana vivia na ilha de Navassa no Caribe.
Tinham um comprimento entre 60 e 120 cm. Sua coloração era de tons esverdeados (do claro ao escuro), passando pelo cinza e marrom, com uma faixa mais escura no topo do dorso. Na parte superior do focinho tinha formações ósseas que lembram cornos, como os do rinoceronte.
As causas da extinção podem ser várias: a ocupação da ilha para fins militares antes dos anos 1960, a mineração do guano (fezes de aves e morcegos) para utilização na fabricação de fertilizante, a introdução de cães, cabras e ratos em seu habitat.
A espécie foi descrita pela primeira vez em 1885. A ilha de Navassa foi visitada diversas vezes por estudiosos em busca da iguana (1966, 1967 e 1986), mas não se encontrou sinal de que ainda existisse alguma na natureza. Uma última busca foi feita em 1999, também em vão. Há outra hipótese que sugere o desaparecimento das iguanas como sendo anterior a todos os fatores apresentados, e que na verdade seria resultante da caça e captura destes animais pelo homem para comércio. Pode ser que ainda exista algum exemplar em cativeiro pelo mundo afora, mas muito idoso.

04) Jibóia-da-Ilha-Round (Bolyeria multocarinata)


jiboiaround 

A Jibóia-da-Ilha-Round foi provavelmente extinta nos anos de 1970.
Era endêmico da ilha Round, uma pequena ilha vulcânica pertencente às ilhas Maurício.
Em 1840 foram introduzidos coelhos e cabras na ilha, causando danos na vegetação e, consequentemente, erosão do solo e das encostas do vulcão existente na ilha, levando a uma diminuição dos palmeirais onde habitava este réptil.
O último espécime conhecido foi encontrado, em um palmeiral, em 1975.

05) Kawekaweau (Hoplodactylus delcourti)


gecko 

O Kawekaweau (nome maori) era uma espécie gigante de lagartixa, foi extinto em fins do século XIX. Vivia na Nova Zelândia. Podia chegar aos 60 cm.
O último espécime avistado foi encontrado por um chefe maori, embaixo da casca de uma árvore morta. Descreveu o animal como de cor marrom, com riscas e tão grosso como o braço de um homem.
O único exemplar que se conhece conservado em um museu, foi localizado no sótão do Museu de Marselha, França, em 1986. Não se sabe quando e onde foi coletado.

06) Lagarto-Caboverdiano (Macroscincus coctei)


lagartocaboverdiano 

O Lagarto-Caboverdiano ou Lagarto-Gigante-de-Cabo-Verde foi extinto provavelmente em princípios do século XX.
Era endêmico do arquipélago de Cabo Verde.
Habitavam em diferentes habitats terrestres, com presença de rochas. Tinha cerca de 60 cm de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda.
No século XIX os infratores eram exilados para o ilhéu Branco, uma das ilhas menores do arquipélago. Os exilados ao que parece alimentavam-se do que encontravam na ilhota, inclusive do Lagarto-Caboverdiano. Além disso, a pele do lagarto era utilizada na confecção de sapatos.
Em princípios do século XX já era considerado uma espécie rara nos ilhéus Raso e Branco, locais onde ainda existiam dentre as 10 ilhas do arquipélago. Além do uso para alimentação, a utilização da pele, e uma longa seca que contribuiu para o decréscimo populacional, a própria coleta de espécimes por naturalistas contribuiu para sua extinção.

07) * Lagarto-da-Ilha-Navassa (Leiocephalus eremitus)


leiocephaluseremitus 

O Lagarto-da-Ilha-Navassa foi considerado extinto em 1994. Só é conhecido por uma única fêmea coletada em 1868.
Era endêmico da pequena e desabitada Ilha Navassa, no mar do Caribe, possessão dos E.U.A..
Seu tamanho era de 64 mm. As escamas da cabeça e do ventre eram suaves. Já as escamas do dorso e das laterais eram mais grossas. Era cinza escuro na parte superior com nove barras no comprimento mais escuras. A cauda também era cinza mas mais claro. Nada se sabe sobre seus hábitos.
A provável causa de sua extinção foi a degradação de seu habitat.

08) Lagarto-da-Ilha-de-Ratas (Podarcis lilfordi rodriquezi) :


lagartoderatas 

O Lagarto-da-Ilha-de-Ratas foi extinto na década de 1950, ao desaparecer a ilhota – de mesmo nome – onde vivia, na reformulação do porto da cidade de Maó, na Minorca (Ilhas Baleares).
Os machos tinham 7,67 cm de comprimento e as fêmeas 6,25 cm. Tinham uma coloração que variava do verde oliva claro até o escuro. A parte superior das patas e laterais do corpo tinham tons de verde e cinza.
Existem quatro exemplares em museus.

09) Lagarto-de-Santo-Stefano (Podarcis sicula sanctistephani):

O Lagarto-de-Santo-Stefano foi extinto em 1965.
Vivia na ilha de Santo Stefano, uma ilhota próximo de Ventotene no Mar Tirreno, na costa ocidental da Itália, e em parte das ilhas Pontine.
As causas de sua extinção foram provavelmente a introdução de gatos e serpentes na ilha. Quase toda a população destes lagartos foi destruída. Os poucos sobreviventes cruzaram com outra espécie também introduzida. Uma epidemia de origem desconhecida acabou com o restante das espécimes.

10) Tartaruga-Gigante-de-Rodrigues (Cylindraspis vosmaeri):


giganterodrigues

A Tartaruga-Gigante-de-Rodrigues foi considerada extinta em 1802.
Este jabuti era endêmico da Ilha de Rodrigues, que faz parte das Ilhas Maurício, no Oceano Índico, a 1500 km a leste da costa de Madagascar.
A carapaça da Tartaruga-Gigante podia atingir 94 cm de comprimento e 81 cm de largura, e podiam alcançar 1,20 m de altura. O peso chegava até os 12 kg. Sua principal característica era o longo pescoço terminado em uma pequena cabeça. Supõe-se que viviam em grupos de até 3000 indivíduos.
A ilha de Rodrigues foi descoberta por portugueses em 1528. Estas tartarugas tornaram-se parte da dieta dos navegantes, pois aguentavam mais de 15 semanas sem água ou alimento, sendo uma fonte de carne fresca e saborosa. A captura destas Tartarugas-Gigantes tornou-se um problema para manter a viabilidade da espécie. A caça aumentou drasticamente entre 1730 e 1770, supondo-se que mais de 280.000 animais foram retirados da ilha neste período. Este período de super-exploração deveu-se aos relatos de um náufrago, que chamou a atenção de franceses e ingleses para as ilhas e suas riquezas naturais (entre elas as tartarugas).
As espécies invasoras também contribuíram para sua extinção com a degradação de seu habitat. Só foi possível reconstituir um animal a partir de restos encontrados nas cavernas da ilha. Como este animal tem uma grande longevidade (supõe-se que vivam até 200 anos), ainda acredita-se que possa existir algum exemplar em um zoológico particular.

Fonte: http://imaginacaoativa.wordpress.com

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