Os dinossauros gigantes que dominaram a Terra, cerca de 150 milhões de
anos atrás, sofriam com parasitas que atualmente atormentam os humanos:
pulgas sugadoras de sangue que tinham até dois centímetros de
comprimento.
É o que afirmam paleontólogos chineses e franceses, que estudaram nove
fósseis extraordinários, retirados em escavações na Mongólia interior e
na província de Liaoning.
As fêmeas das pulgas ancestrais mediam mais de 20 milímetros, enquanto os machos tinham quase 15 milímetros, em comparação com um máximo de 5 mm das pulgas atuais.
As pulgas pré-históricas não tinham asas e, ao contrário de suas
descendentes, não podiam saltar e tinham bocas comparativamente menores,
acrescentou o estudo.
Mesmo sem esses atributos, elas eram extremamente adaptadas ao seu nicho ambiental.
Tinham patas que as habilitavam a se agarrar em répteis com pelos ou
plumas, cujo couro era perfurado com um "sifão" longo e serrilhado para
extrair o sangue.
Os insetos eram tão bem sucedidos que quando os dinossauros
desapareceram da face da Terra, 65 milhões de anos atrás, uma extinção
relacionada à queda de um meteoro, elas suavemente se adaptaram para
sugar o sangue de mamíferos e aves, diminuindo de tamanho no processo.
O estudo, chefiado por Andre Nel, do Museu Nacional francês de História
Natural, em Paris, foi publicado na edição desta quarta-feira (29) da
revista científica britânica Nature.
Fonte: Estadão.com.br
Fonte: Estadão.com.br
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