quinta-feira, 22 de outubro de 2015
Dez erros que cometemos ao falar sobre os dinossauros
terça-feira, 20 de outubro de 2015
Universal monta 'dinossauro' gigante para promover ‘Jurassic World’
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Cientistas descobrem mamífero que sobreviveu à extinção dos dinossauros
Os remanescentes dessa criatura grande e que se assemelha a um roedor, fornece pistas sobre como os mamíferos "dominaram" a Terra após o desaparecimento quando os dinossauros desapareceram.
Kimbetopsalis simmonsae, como foi chamada a recém-descoberta espécie, era herbívoro e se assemelhava a um castor.
A descoberta foi divulgada na publicação científica britânica Zoological Journal of the Lennean Society.
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© Foto: Sarah Shelley Fóssil do animal, que se assemelha a um castor, foi encontrado nos Estados Unidos |
O paleontólogo que liderou a pesquisa, Stephen Brusatte, da Universidade de Edimburgo, contou que o fóssil foi descoberto por uma aluna, Carissa Raymond, enquanto trabalhava em uma área de prospecção em Novo México, nos Estados Unidos.
"Percebemos rapidamente que esse era um tipo de mamífero totalmente novo, que ninguém conhecia antes", disse Stephen à BBC.
Os pesquisadores ficaram intrigados com os dentes do animal, que eram especializados em mascar plantas, com complicadas linhas de pontas agudas na parte traseira e, na parte da frente, incisivos para roer.
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© Foto: Fornecido por BBC |
Esse grupo de mamíferos, coletivamente conhecido como multituberculata, teve origem juntamente com os dinossauros, durante o período Jurássico, e prosperou durante mais de 100 milhões de anos até serem aparentemente substituídos por roedores.
"(Durante o período Jurássico) esses animais eram bem pequenos", disse Stephen.
"Então a colisão de um meteorito acabou com os dinossauros e de repente, em termos geológicos, esse grupo de animais começou a crescer e a se proliferar. Foi assim que começou a ascensão dos mamíferos. E o resultado disso é nós estarmos aqui hoje."
Os cientistas afirmam que esta e outras descobertas ajudam a formar o cenário sobre como os mamíferos sobreviveram ao evento que causou a extinção dos dinossauros.
"Muitos mamíferos morreram, mas esse grupo específico acabou se saindo bastante bem", afirmou o pesquisador. "O mundo mudou em um dia. Literalmente."
"A colisão do asteroide e os dinossauros sendo extintos. Parecia que os mamíferos estava apenas esperando a vez deles e, assim que os dinossauros desaparecerem, eles prosperaram."
Fonte: BBC Brasil
Asteroide e vulcões levaram dinossauros à extinção, diz estudo
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
90 pegadas de dinossauro são encontradas na Alemanha
De acordo com os paleontólogos, as pisadas foram feitas por um saurópode há cerca de 140 milhões de anos
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Benjamin Englich, líder da excavação, examina a pegada de um dinossauro em Hannover, na Alemanha. Alexander Koerner/Getty Images |
Em uma pedreira em Rehburg-Loccum, cidade localizada em Hannover, na Alemanha, paleontólogos encontraram mais de 90 raras pegadas de um dinossauro. Segundo os especialistas, a trilha pode ter sido feita por um saurópode entre 135 milhões e 145 milhões de anos atrás. A espécie tinha como característica principal o pescoço comprido.
Para os paleontólogos, a trilha de pegadas foi considerada uma grande descoberta, pois estava completamente preservada. O dinossauro responsável pelos vestígios provavelmente pesava de 25 a 30 toneladas, pois deixou impressões com cerca de 1,20 metro de diâmetro e 43 centímetros de profundidade no solo.
“A forma do pé e do tipo de passo é típica dos dinossauros de pescoço longo. Eles têm pegadas parecidas com as de elefante”, contou Benjamin Englich, diretor da escavação, em entrevista à agência notícias alemã DPA. Além disso, de acordo com os pesquisadores, as impressões que ficaram no solo dão indícios de que o saurópode pode ter deixado mais rastros e, por isso, os paleontólogos removerão uma rocha para continuar a verificação da trilha.
Pegadas de milhões de anos – Apesar de serem raros, não é a primeira vez que os cientistas identificam rastros de dinossauros. Uma descoberta semelhante foi feita em 2009, na França. Na Alemanha, entre 2009 e 2011, outras pegadas de um dinossauro menor foram encontradas perto de Münchehagen.
Os saurópodes foram um dos dois grandes grupos de dinossauros. Além de corpos gigantes, pescoço muito comprido e cabeça pequena, eram quadrúpedes. A alimentação era inteiramente vegetariana. O braquiossauro é o exemplar mais conhecido dos saurópodes.
Fonte: Veja
segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Dez erros que cometemos ao falar sobre os dinossauros
Nossa percepção e nosso entendimento sobre os dinossauros mudaram significativamente desde que os primeiros fósseis foram encontrados - e continuam a mudar, à medida que surgem novas descobertas.
A seguir, veja dez equívocos comuns sobre os dinossauros que foram sendo corrigidos pelos avanços da ciência:
Ainda bem que o Tyrannosaurus rex não está por aí para testemunhar o abalo em sua fama após descobrirem que ele tinha penas quando jovem.
Até então se pensava que os dinossauros tivessem apenas escamas, mas nos últimos 20 anos cientistas se convenceram de que muitos carnívoros tinham pelugem ou penas.
"Muitos - se não todos - os dinossauros tinham penas", disse à BBC Radio 4 o professor Mike Benton, da Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol.
No passado, pesquisadores apostavam que os dinossauros deveriam ter sido animais de sangue frio, como lagartos e cobras. Para além de alguma divergência no século 19, essa visão permaneceu até os anos 1970, quando novas pesquisas apontaram que os dinossauros eram bichos de sangue quente e sedentos por energia, como os mamíferos.
Em 2014, cientistas sugeriram que eles tenham sido mesotérmicos - algo entre sangue quente e frio.
Investigações sobre os dinossauros do Crystal Palace - uma série de esculturas em tamanho real em um parque no sul de Londres, reveladas ao público em 1854 - causaram certa confusão após a descoberta de um fóssil pequeno e pontudo.
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A análise de fósseis mais completos permitiu mudar concepções até então consensuais sobre os dinossauros (AFP) |
Pensou-se que era um chifre, e uma réplica foi colocada na ponta do nariz de um Iguanodon.
Mais tarde, quando espécimes mais completos foram achados, a conclusão mudou: tratava-se na verdade um osso de dedo polegar, responsável pelo movimento de pinça.
Há inúmeras hipóteses sobre o fim dos dinossauros.
A teoria mais aceita - e que circula desde as últimas décadas - é de que um enorme meteorito atingiu a Terra e exterminou a maioria deles. Mas isso não explica por que o choque não acabou com outros bichos, como pássaros, crocodilos e mamíferos.
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Hipótese que cita um meteorito como a causa do fim dos dinossauros deixa lacunas e não explica o que ocorreu com outras espécies (SPL) |
Hipóteses mais antigas focavam em mudanças climáticas e formação de montanhas, enquanto alguns pesquisadores do século 20 defendiam que os dinossauros perderam fôlego como espécie e desistiram da luta.
Você deve imaginar que levava um bom tempo até que os dinossauros maiores atingissem o tamanho de adulto.
Isso, ao lado da hipótese de eram répteis de sangue frio e crescimento lento, levou cientistas a estimar o tempo médio de vida deles em mais de cem anos. Mas hoje sabemos que essas feras cresciam muito rápido, e que poucos dinossauros superavam os 40 ou 50 anos.
O filme Jurassic Park - Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg, lançado em 1993, lotou os cinemas e atiçou a imaginação do público com descrições - imprecisas - dos dinossauros.
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Os velociraptors não eram grandes e ágeis como mostraram os filmes da série Jurassic Park |
Para a maioria dos cientistas, os velociraptors do filme, por exemplo, eram grandes, rápidos e espertos em excesso, distanciando-os da realidade. Mas os animais caçavam em grupos, como o filme mostra.
E desde quando Hollywood deixa os fatos entrarem no caminho de uma boa história?
Uma década atrás, especialistas diziam que os maiores dinossauros existentes circulavam apenas em ambientes aquáticos.
O peso monstruoso e a cauda gigante do Diplodocus, por exemplo, não teriam favorecido o trânsito em terra, afirmavam cientistas, sugerindo que eles devem ter vivido em pântanos ou lagos.
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Esqueleto de Diplocodus em exposição (Thinkstock) |
Uma década depois, essa teoria naufragou. Cientistas hoje concordam que os herbívoros gigantes viveram em terra firme.
Eles dividiram o planeta com o T.Rex e cia., mas os pterossauros não eram dinossauros como todos pensavam.
Esses répteis voadores dos períodos Triássico e Cretáceo - primeiros vertebrados a voar - eram um grupo diferente de animais, assim como os répteis marinhos da época, como os ictiossauros e os plesiossauros.
No final do século 19, a maioria pensava que o T.Rex era um exímio corredor, alimentando os piores pesadelos. Mas essa visão ficou ultrapassada por volta da metade do século 20, quando o monstro passou a ser considerado como lento e vagaroso.
Hoje, modelos biomecânicos indicam que um meio termo deve ter sido o cenário mais provável.
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De rápido e mortal, o T.Rex passou a ser visto como um animal lento (SPL) |
Enquanto dinossauros do tamanho de galinhas poderiam até assumir o lugar dos cachorros nas corridas atuais, os T.Rex tinham velocidade média estimada em cerca de 29 km/h.
Por muito tempo consideramos os dinossauros como criaturas que não tinham o padrão evolutivo necessário para sobreviver em meio a mudanças no ambiente.
Nos últimos 20 a 30 anos, contudo, um novo consenso surgiu, apontando que eles foram espécies fantasticamente diversas e resistentes, e que podem se gabar de ter tido milhares de descendentes na forma dos pássaros atuais.
Não se sabe muito sobre os ruídos que os dinossauros faziam, embora haja provas que sustentam uma noção dos anos 1970 de que o Parassaurolofo usava seu peito como uma câmara de ressonância, permitindo a comunicação em longas distâncias.
Não sabemos as cores dos dinossauros, mas pesquisas recentes identificaram a cor das penas em dinossauros como o Sinosauroptreyx, que tinha anéis laranjas e brancos na cauda.
Não sabemos o quão inteligentes eram os dinossauros, porém seus cérebros pequenos em relação à massa corporal sugerem uma capacidade intelectual reduzida.
Fonte: BBC News
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Artigo da 'Science' descreve fóssil de cobra com patas encontrado no Brasil
A peça é originária da Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará.
Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo
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Fóssil de espécie de cobra com patas que foi descoberto na Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará (Foto: Reprodução/Science) |
A revista “Science” desta quinta-feira (23) descreve o fóssil de uma nova espécie de cobra que tinha quatro patas e viveu no Brasil há mais de 120 milhões de anos.
Segundo os estudiosos, a peça é originária da Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará. A peça encontra-se na Alemanha.
A descrição foi publicada em artigo assinado por David M. Martill, paleontólogo da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, Helmut Tischlinger e Nicholas Longrich.
O material apresenta a espécie Tetrapodophis amplectus, uma cobra de quatro patas que teria vivido no território onde atualmente fica o Brasil quando ainda existia o supercontinente Gondwana, integrante da parte sul da Pangea.
Evolução
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Ilustração mostra como seria a espécie Tetrapodophis, descoberta por paleontólogos na região da Formação Crato (Foto: Reprodução/Science/Julius Cstonyu) |
A ciência atual não tem dúvida de que lagartos e cobras, em termos de evolução, são espécies muito próximas.
O que se tinha comprovado até então é que, com o passar do tempo, os lagartos evoluíram para lagartos com corpo de serpente e patas, e, posteriormente, para serpentes. Agora, o fóssil traz à luz uma peça desta evolução: as cobras com patas.
“É o primeiro fóssil de cobra com quatro patas e cinco dedos. Isso muda a história evolutiva das cobras. Conhecia-se apenas três estágios e agora, eles são quatro”, explica Álamo Feitosa, diretor científico do Geopark Araripe.
O Geopark Araripe tem uma área de 3,7 mil km² e abrange seis cidades cearenses. A região era considerada área de proteção ambiental desde 1997 e, em 2006, foi integrado à Rede Mundial de Geoparques, iniciativa da Unesco, agência da ONU para educação, ciência e cultura, com a União Internacional de Ciências Geológicas.
O objetivo dos geoparques é preservar áreas naturais que tenham um rico valor geológico e paleontológico.
Fonte: G1
quarta-feira, 22 de julho de 2015
Pesquisadores encontram fósseis com sangue de dinossauro
A descoberta é verdadeiramente estranha e incomum, uma vez que os fósseis com essa idade costumam conservar apenas materiais duros, como os ossos e, muito raramente, tecidos suaves, como aconteceu dessa vez. Apesar do mau estado de conservação dos fósseis, os pesquisadores puderam estudar o material encontrado e seus resultados sem dúvida contribuirão para o estudo das relações entre diferentes tipos de dinossauros, o aprofundamento de sua fisiologia e a reconstituição do caminho evolutivo que os levou a se transformarem em animais de sangue quente.
Essa grande revelação sugere uma reavaliação das ideias atuais sobre o processo de fossilização. Informações valiosíssimas podem estar passando despercebidas pelo fato de os pesquisadores não procurarem sangue ou tecidos suaves nos fósseis, por pior que seja sua conservação.
Fonte: RT
Crédito da foto: Steffen Foerster/Shutterstock