Angolatitan, o primeiro dinossauro angolano |
Por Cristiane Vieira | Washington
Trata-se de uma das maiores criaturas que já viveu no planeta
A nova espécie foi descoberta na província do Bengo, a 70 quilômetros de Luanda, em 2005. Mas só agora os cientistas concluíram e publicaram os estudos.
Os pesquisadores trabalhavam com sedimentos marinhos à procura de fósseis de animais vertebrados quando se surpreenderam ao encontrar o braço de um dinossauro.
“Foi uma surpresa muito agradável. Assim que o vi, percebi que se tratava de um dinossauro por causa da sua anatomia única e pelo seu tamanho. O animal teria 13 metros de comprimento se estivesse completo. Todos aqueles pormenores anatômicos indicam que é para já uma nova espécie e que viveu há cerca de 90 milhões de anos”, relata o paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa, Octávio Mateus.
A nova espécie recebeu o nome de Angolatitan Adamastor, numa referência à mitologia portuguesa, como explica o cientista, “Angolatitan significa o gigante de Angola. Adamastor era o nome que se dava aos gigantes que afundavam os navios portugueses na costa africana na mitologia portuguesa”.
O Angolatitan Adamastor pertence ao grupo dos saurópodes, que são dinossauros gigantes, de pescoço comprido, quadrúpedes e que se alimentam de vegetais. Segundo Octávio Mateus, animais pertencentes a este grupo eram tidos como extintos, naquela época.
“E essa é mais uma espécie para percebermos a evolução dos dinossauros saurópodes, que havia dinossauros naquela região de África que não eram conhecidos até a data e que pelo menos naquela zona sobreviveram animais que eram relíquias naquela altura, já extintos em todo o resto do mundo”, revela.
A descoberta terá repercussões no desenvolvimento de Angola em diversas áreas. O paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa, diz ainda que o estudo pode orientar os pesquisadores na descoberta de novos poços de petróleo no país.
“Dá uma noção de como era a geologia da região. Ou seja, os fósseis são indicadores da idade das rochas e as rochas são extratificadas, sedimentadas umas em cima das outras.
Se tivermos boas correlações de idade e se conseguirmos ter uma arquitetura geológica de como se formou toda aquela bacia litoral de Angola, compreenderemos como se formou o petróleo e podemos vir a descobrir onde são as alturas mais produtivas e assim ajudar a descobrir o petróleo com mais facilidade”.
Fonte: Portal Voz da América
Trata-se de uma das maiores criaturas que já viveu no planeta
A nova espécie foi descoberta na província do Bengo, a 70 quilômetros de Luanda, em 2005. Mas só agora os cientistas concluíram e publicaram os estudos.
Os pesquisadores trabalhavam com sedimentos marinhos à procura de fósseis de animais vertebrados quando se surpreenderam ao encontrar o braço de um dinossauro.
“Foi uma surpresa muito agradável. Assim que o vi, percebi que se tratava de um dinossauro por causa da sua anatomia única e pelo seu tamanho. O animal teria 13 metros de comprimento se estivesse completo. Todos aqueles pormenores anatômicos indicam que é para já uma nova espécie e que viveu há cerca de 90 milhões de anos”, relata o paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa, Octávio Mateus.
A nova espécie recebeu o nome de Angolatitan Adamastor, numa referência à mitologia portuguesa, como explica o cientista, “Angolatitan significa o gigante de Angola. Adamastor era o nome que se dava aos gigantes que afundavam os navios portugueses na costa africana na mitologia portuguesa”.
O Angolatitan Adamastor pertence ao grupo dos saurópodes, que são dinossauros gigantes, de pescoço comprido, quadrúpedes e que se alimentam de vegetais. Segundo Octávio Mateus, animais pertencentes a este grupo eram tidos como extintos, naquela época.
“E essa é mais uma espécie para percebermos a evolução dos dinossauros saurópodes, que havia dinossauros naquela região de África que não eram conhecidos até a data e que pelo menos naquela zona sobreviveram animais que eram relíquias naquela altura, já extintos em todo o resto do mundo”, revela.
A descoberta terá repercussões no desenvolvimento de Angola em diversas áreas. O paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa, diz ainda que o estudo pode orientar os pesquisadores na descoberta de novos poços de petróleo no país.
“Dá uma noção de como era a geologia da região. Ou seja, os fósseis são indicadores da idade das rochas e as rochas são extratificadas, sedimentadas umas em cima das outras.
Se tivermos boas correlações de idade e se conseguirmos ter uma arquitetura geológica de como se formou toda aquela bacia litoral de Angola, compreenderemos como se formou o petróleo e podemos vir a descobrir onde são as alturas mais produtivas e assim ajudar a descobrir o petróleo com mais facilidade”.
Fonte: Portal Voz da América
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