segunda-feira, 28 de março de 2011

Cobras, o que fazer ?

 cobras

Picada de Cobra

Nem sempre as picadas de uma cobra venenosa resulta no envenenamento por veneno de cobra. O veneno não é injetado em aproximadamente 25% de todas as picadas de cobras colubrídeas e em aproximadamente 50% das picadas de cobras elapídeas e corais.
O veneno de cobra é uma mistura complexa que contém muitas proteínas que desencadeiam reações prejudiciais. Direta ou indiretamente, o veneno de cobra pode afetar praticamente todos os sistemas orgânicos.

Serpentes peçonhentas e não-peçonhentas

O veneno das cobras, ou peçonha, é uma secreção tóxica das parótidas – as glândulas de veneno, que situam-se abaixo e atrás dos olhos e estão em conexão com as presas inoculadoras. É um líquido viscoso, branco (levemente turvo) ou amarelo, resultante de uma mistura de muitos protídeos, uns tóxicos e outros inócuos, e de substâncias orgânicas e inorgâncias micromoleculares.
As cobras chamadas não-venenosas ou não-peçonhentas – 81% das espécies conhecidas – têm presas não-articuladas. Produzem um veneno que aflora em sua cavidade bucal e atua na digestão do alimento, mas não possuem presas inoculadoras para introduzir a peçonha na vítima.
Acidentes ofídicos Os acidentes ofídicos no Brasil são causados, na grande maioria, por serpentes conhecidas como "jararaca", "jararacuçu", "caiçaca", "urutu", "cotiara" (gênero Bothrops -, seguidos dos acidentes por "cascavéis" (gênero Crotalus -"surucucu" (gênero Lachesis - e pelas "corais verdadeiras.

As serpentes peçonhentas no Brasil estão agrupadas em 4 gêneros:

SERPENTES DO GÊNERO BOTHROPS: 

As serpentes chamadas jararacas, do gênero Bothrops, que habitam principalmente zonas rurais e periferias de grandes cidades, apresentam comportamento agressivo quando se sentem ameaçadas, desferindo botes sem produzir ruídos...
São as Jararacas, Jararacuçus, Urutus, etc. e fazem parte da Família Viperidae.
São responsáveis por cerca de 90% do acidentes em todo o Brasil. Seu veneno possui ação proteolítica, causando dor, edema e hemorragias, podendo ocasionar necrose.
O soro específico para esse tipo de acidente é o soro antibotrópico. 


Cobra Jararaca

SERPENTES DO GÊNERO CROTALUS: 

 

São as Cascavéis e apresentam como característica a presença de um chocalho na ponta de sua cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica, miotóxica e coagulante.
O soro específico para o veneno da picada da cascavel é o anticrotálico.
São de hábitos crepusculares e noturnos e alimentam-se de pequenos mamíferos. São caracterizadas por possuírem chocalho na extremidade de cauda que, quando excitada denuncia sua presença pelo ruído característico do guizo ou chocalho, o qual é formado por resíduo de pele a cada muda, que é acrescentado aos anteriores.
Habita regiões de clima seco e quente. Ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

Cobra cascavel

SERPENTES DO GÊNERO LACHESIS: 

 

São conhecidas como surucucu pico-de-jaca, apresentando espinhos na região posterior da cauda e fazem parte da Família Viperidae. Seu veneno apresenta características semelhantes ao veneno de jararacas. Esta é a maior cobra venenosa das Américas.
O soro específico para o veneno da picada desse grupo é o antilaquético.

SERPENTES DO GÊNERO MICRURUS: 

 

São as corais verdadeiras e fazem parte da Família Elapidae. Seu veneno apresenta ação neurotóxica e miotóxica e apesar de ocorrerem em baixa incidência (menos de 1%), os acidentes causados por esses animais são extremamente graves.
O soro específico para o veneno das corais verdadeiras é o antielapídico. 



Cobra Coral

Como capturar a serpente

  • Recomenda-se que o coletor esteja utilizando botas.
  • Não se deve capturar a serpente com as mãos.
  • Deve-se utilizar um laço, forquilha ou gancho.
  • Evite colocar as mãos ou qualquer parte do corpo desprotegida próxima de uma serpente, pois uma espécie venenosa pode dar um bote com alcance equivalente a 1/3 de seu tamanho corporal.
  • Ao capturar o animal deve-se colocá-lo dentro de uma caixa de madeira com pequenos furos e sem frestas que permitam a fuga do animal. Não coloque água nem alimento e leve ao Instituto Butantan ou a um veterinario.

Fonte: www.fazfacil.com.br/saude/cobras.html

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário