quarta-feira, 20 de maio de 2020

Fósseis de répteis que viveram antes dos dinossauros são descobertos em SC

Com seca e nível baixo de rio, materiais foram encontrados em Três Barras. Pesquisadores estudam descoberta que acreditam ter mais de 280 milhões de anos.

Por G1 e NSC TV

Fósseis de Mesossauro foram descobertos em SC — Foto: Universidade do Contestado/Divulgação 

Fósseis que seriam de répteis que viveram há 280 milhões de anos foram encontrados em Três Barras, no Norte de Santa Catarina. A descoberta está sendo estudada por pesquisadores do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado e depois, deve ser encaminhada para o museu da cidade para ficar exposto à comunidade. 

Com a seca em Santa Catarina, o nível do rio Negro em Três Barras, na divisa com o Paraná, baixou tanto que as rochas ficaram expostas. Os moradores desconfiaram do aspecto diferente de algumas pedras que encontraram no fim de abril e acionaram os pesquisadores da universidade, que fica em Mafra, na mesma região catarinense. 

No início de maio, os pesquisadores estiveram no local, onde retornaram em 16 de maio, fizeram coletas dos materiais que seguem sendo analisados.

  Segundo Luiz Carlos Weinschutz, que é coordenador do Centro Paleontológico, o baixo nível de rios pode oferecer dados fundamentais para a ciência. Em períodos de seca podem revelar rochas com fosseis e que ficaram muito tempo recobertas pela água.

"A gente reconheceu várias estruturas que são referentes a fósseis de antigos répteis e que são muito interessantes para a ciência. Embora a gente esteja vivenciando este período de seca, é uma possibilidade única para a ciência pode r ter mais informações, dados sobre a história antiga da região", afirma o pesquisador.
Mesossauro



Pesquisadores recolheram fósseis para análises no Norte de SC — Foto: Univerdiade do Contestado/Divulgação


Os fósseis são de Mesossauro, que segundo os pesquisadores, milhões de anos antes dos dinossauros e mediam de 80 centímetros a 1 metro.

"O nome dele Mesossauro, nada a ver com dinossauros, ele é até muitos mais antigo que os dinossauros", diz o pesquisador Everton Wilner. Segundo ele, esses animais habitavam em um antigo golfo.

"Eram répteis aquáticos, marinhos, que viviam num golfo que na paleontologia e na geologia é conhecido como Golfo Irati. Esses animais tinham membranas entre os dedos para facilitar o nado, se alimentavam de pequenos crustáceos", detalha.

Ainda para os estudiosos, esses animais habitavam na antiga Pangeia, quando os continente eram unidos. O pesquisador João Henrique Zadhi Riceto conta que fósseis semelhantes foram encontrados na Africa do Sul.  

"A identificação da mesma espécie em horizontes sendimentares semelhantes tanto aqui quanto lá corroborou com as primeiras ideias da deriva continental", diz. 

Com seca em SC e baixo nível de rios, fósseis foram descobertos em SC — Foto: Universidade do Contestado/Reprodução 

Fonte: Portal G1

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Nova espécie de dinossauro carnívoro é encontrada na Argentina

 

Os restos de dinossauro carnívoro, Tralkasaurus cuyi, que viveu na Patagônia Argentina há 90 mil anos - Imagem: AFP/Museu Argentino de Ciências Naturais

Os restos de uma nova espécie de dinossauro carnívoro que habitava a Patagônia Argentina há 90 milhões de anos foram encontrados por uma equipe de paleontologistas. Com quatro metros de comprimento, esse dinossauro terópode é muito menor que seu parente distante, o colossal Tyrannosaurus rex. 

A descoberta ocorreu em fevereiro de 2018 a noroeste da província argentina de Río Negro (centro), e os cientistas batizaram as novas espécies de dinossauro abelisáurido como Tralkasaurus cuyi, informou quinta-feira a Agência Nacional de Divulgação Científica (CTyS) de La Matanza.

Tralkasaurus significa "réptil do trovão" na língua mapuche, enquanto Cuyi se refere ao local onde foi encontrado, o planalto de El Cuy. 

Os abelissauros são uma família de dinossauros terópodes. O famoso Tyrannosaurus rex, um tiropossauro da América do Norte, atingiu 14 metros de comprimento.

"O tamanho do corpo do Tralkasaurus é menor que o de outros carnívoros de seu grupo, os abelissauros, pois tem cerca de quatro metros de comprimento, enquanto os anteriormente conhecidos têm entre sete e 11 metros", disse o pesquisador Federico Agnolín, do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN) e do Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET). 

Isso "revela que o grupo de terópodes abelissauros englobava um nicho ecológico muito mais amplo do que se pensava", explicou seu colega Mauricio Cerroni.

Os pesquisadores encontraram o crânio da nova espécie, e o focinho ainda tem os dentes preservados. Eles também encontraram costelas cervicais e parte da coluna vertebral, do quadril e da cauda. 

Embora o tamanho do Tralkasaurus cuyi seja muito pequeno comparado ao Tiranossauro ou Carnotauro (uma espécie que possuía chifres), este novo dinossauro compartilha com eles as características de ser bípede, de pescoço curto e musculoso, com quatro garras em cada perna traseira, enquanto os braços também eram muito curtos em relação ao corpo e os ossos dos membros eram leves e ocos.

"Esta nova descoberta nos ajuda a definir os hábitos ecológicos tanto dos dinossauros carnívoros quanto dos herbívoros", afirmou Cerroni. 

Segundo os pesquisadores, é possível que o Tralkasaurus tenha se alimentado dos pequenos dinossauros herbívoros conhecidos como iguanodontes, que foram encontrados pela mesma equipe de paleontologistas em locais próximos, juntamente com outras espécies, como tartarugas e lagartos.

Fonte: Portal UOL e AFP

sexta-feira, 13 de março de 2020

Como é o menor dinossauro do mundo, encontrado em âmbar de 99 milhões de anos

Paul Rincon

Da BBC News

O espécime foi encontrado em um âmbar de 99 milhões de anos
(Foto: Lida Xing)


Cientistas descobriram o menor dinossauro já encontrado. A nova espécie foi descrita por uma pessoa da equipe como o "fóssil mais estranho" em que ela já trabalhou.

O espécime, encontrado no norte de Mianmar, consiste em um crânio de pássaro preso em um âmbar de 99 milhões de anos.

Em artigo na revista científica Nature, os pesquisadores relatam que o dinossauro teria o tamanho semelhante ao de um beija-flor abelha — o menor pássaro existente.

A descoberta impressionante pode lançar luz sobre como os pequenos pássaros evoluíram a partir dos dinossauros, que geralmente eram bem maiores.

Enquanto os menores dinossauros, como o Microraptor — que era parecido com um pássaro —, pesavam centenas de gramas, o beija-flor abelha, por exemplo, pesa apenas 2 gramas.

Ilustração: Apesar de seu tamanho minúsculo, o Oculudentavis khaungraae parece ter sido um predador
 (Foto: Han Zhixin)

"Os animais que se tornam muito pequenos precisam lidar com problemas específicos, como encaixar todos os órgãos sensoriais em uma cabeça muito pequena ou manter o calor do corpo", afirmou o professor Jingmai O'Connor, da Academia Chinesa de Ciências de Pequim.

A nova espécie, apelidada de Oculudentavis khaungraae, parece ter lidado com esses desafios de maneiras incomuns.

Por exemplo, a estrutura ocular do animal surpreendeu os cientistas.

Os pássaros têm um anel de ossos, o anel escleral, que ajuda a sustentar o olho. Na maioria das aves, os ossos individuais, chamados ossículos esclerais, são simples e razoavelmente quadrados.

Uma tomografia computadorizada do crânio de Oculudentavis khaungraae (Foto: Li Gang)


Mas nos Oculudentavis, eles são em forma de colher, uma característica anteriormente encontrada apenas em alguns lagartos.

Os ossos do olho formariam um cone, como nas corujas. Isso indica que esse dinossauro tinha uma visão excepcional.

Mas ao contrário das corujas, os olhos ficavam ao lado e a abertura no centro dos ossículos era estreita, o que restringiria a quantidade de luz que entra no olho. Isso fornece fortes evidências de que o Oculudentavis estava ativo durante o dia.

Além disso, os olhos da criatura se projetavam para fora do crânio de uma maneira que não é vista em nenhum outro animal vivo, dificultando a compreensão exata de como seus olhos funcionavam.

"É o fóssil mais estranho que já tive a sorte de estudar", explicou O'Connor. "Adoro como a seleção natural acaba produzindo formas tão bizarras. Também temos muita sorte de que esse fóssil tenha sobrevivido e sido descoberto 99 milhões de anos depois".

Ilustração: Oculudentavis tinha um número surpreendentemente grande de dentes (Foto: 
Han Zhixin)

Como o novo espécime consiste apenas em um crânio, não é claro o entendimento de como ele pode estar relacionado à evolução dos pássaros. Algumas características do crânio são como as dos dinossauros, enquanto outras são parecidas com as de pássaros que existem hoje na natureza.

Os pesquisadores dizem que o notável conjunto de características do espécime descoberto poderia ter evoluído tanto pelas restrições da miniaturização quanto pela especialização em um estilo de vida específico.

A mandíbula do dinossauro tinha um número surpreendentemente grande de dentes. Isso pode sugerir que, apesar de seu tamanho minúsculo, o Oculudentavis era um predador que comia insetos.

Alguns tecidos moles também foram preservados com o crânio, notadamente os restos da língua do animal, o que poderia fornecer mais informações sobre sua biologia.

A descoberta destaca o incrível potencial do âmbar em preservar exemplares fósseis que, de outra forma, não teriam sobrevivido.

O co-autor da pesquisa, Luis Chiappe, do Museu de História Natural do Condado de Los Angeles, afirmou: "É uma sorte que essa pequena criatura tenha sido preservada em âmbar, pois esses animais pequenos e frágeis não são comuns no registro fóssil."

"Essa descoberta é emocionante porque nos dá uma imagem dos pequenos animais que viveram em uma floresta tropical durante a era dos dinossauros".

A localização geográfica da descoberta pode ter algo a ver com o processo de miniaturização, dizem os cientistas.

O isolamento em âmbar envolve frequentemente animais que evoluem com tamanho corporal menor, com alguns exemplos notáveis ​​ocorrendo nas ilhas.

Curiosamente, acredita-se que o âmbar de Mianmar tenha se formado em um antigo ponto da ilha.

Fonte: BBC News

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Fóssil de espécie rara de dinossauro é encontrado no sul do Brasil

Réptil pré-histórico viveu há mais de 230 milhões de anos e foi encontrado em cidade no interior do Rio Grande do Sul                 

Guilherme Carrara, do R7

Fóssil da espécie Dynamosuchus collisensis foi encontrado no Rio Grande do Sul (Divulgação/Márcio L. Castro) 

Uma nova espécie de dinossauro encontrada no Brasil foi apresentada em estudo publicado nesta sexta-feira (31). O réptil pré-histórico viveu há 230 milhões de anos e ainda foi pouco estudada por ser raro de se encontrar fósseis. 

A pesquisa foi resultado da parceria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, com a Virginia Tech, nos EUA, e o Museu de la Plata, na Argentina. O fóssil da espécie Dynamosuchus collisensis foi encontrado pelo paleontólogo da UFSM, Rodrigo Temp Müller, no município de Agudo (RS), durante visita a um sítio de escavação em março de 2019.

  Esta é apenas a quarta vez que um fóssil desse dinossauro foi encontrado em todo o mundo, sendo que que a última vez foi há 50 anos, na Argentina. Os outros dois foram encontrados no século 19, na Escócia.

Uma das características desse grupo de réptil pré-históricos é o formato do focinho, que era alongado e projetado mais para a frente do que a mandíbula. Os dois dentes inferiores também são característicos por serem bem grandes e terem uma carapaça. O Dynamosuchus seria um “primo” do crocodilo, já que existe parentesco na cadeia evolutiva, mas não diretamente.

Os estudos anteriores indicam que esse dinossauro era terrestres e se locomovia com as quatro patas, mas podia se levantar usando apenas as patas traseiras em alguns casos.


Fóssil de Dynamosuchus collisensis encontrado (Divulgação/Rodrigo Temp Müller)


O fóssil, assim como a maioria dos dinossauros encontrados no Brasil, data do período geológico Triássico, quando surgiram os primeiros dinossauros e grandes répteis.

Segundo Müller, o Dynamosuchus provavelmente era um necrófago, o que é extremamente raro no Período Triássico. Sua dieta era baseada em procurar por corpos de outros animais e até de outros dinossauros mortos.

Como a descoberta aconteceu

“A descoberta do fóssil foi feita em uma das visitas a um sítio fossilistico. Nós já tínhamos encontrado um pedaço da carapaça do réptil e eu comecei a escavar ao redor com cuidados até encontrar o fóssil. Ele teria cerca de 2 metros e foi o primeiro da espécie encontrado no Brasil”, disse Rodrigo Müller ao R7

Local de pesquisa em Agudo (RS) - Divulgação/Jossano Morais 

Müller ressalta a importância do estudo divulgado para a paleontologia Brasileira. "A descoberta reforça a ideia de riqueza de fósseis aqui no Brasil. Já fazia 50 anos desde a última vez. Agora abre a oportunidade de encontrar outros grandes fósseis.”

O brasileiro ressalta que a coleta de materiais foi feita totalmente pela equipe da UFSM e que a parceria com outros pesquisadores é apenas para a troca de informações e não financeira. 

Comparação entre o dinossauro e o ser humano (Divulgação/Rodrigo Temp Müller) 

O próximo passo

O professor afirma que sua equipe segue coletando dados. A próxima fase da pesquisa ira estudar como o animal se locomovia e vivia a partir de estudos de biomecânica do animal. Em breve, será possível saber a força e velocidade das mordida. 

“Essa pesquisa mostra que temos um potencial muito grande de fósseis. Mesmo jovens que gostaria de entrar na área tem muita coisa para estudar. Vão haver várias outras descobertas para os próximos anos”, ressalta para quem tem interesse em estudar paleontologia ou entrar para a área nos próximos anos.

Fonte: Portal R7

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Dinossauros podem ter sido envenenados antes da queda de asteroide

 

Estudo descobriu que envenenamento por mercúrio pode ter se somado à queda de asteroide e maciças erupções acabaram como causa da extinção dos dinossauros Imagem: Getty Images

Helton Simões Gomes

Até agora, a tese mais aceita para a extinção dos dinossauros é a Terra ter sido atingida por um asteroide que tornou a vida desses seres insustentável. Cientistas fizeram uma descoberta que, se não chega a questionar essa hipótese, adiciona um novo elemento à história. Antes de serem aniquilados pela entrada da rocha espacial na atmosfera terrestre, os seres gigantes podem ter sido envenenados por um elemento que também é tóxico aos seres humanos: o mercúrio.

Em estudo publicado nesta semana na revista científica "Nature Communications", pesquisadores da Universidade de Michigan mostraram que erupções vulcânicas despejaram na atmosfera uma quantidade de mercúrio tão grande que aqueceu as águas oceânicas de forma abrupta e ainda contaminou seres vivos.
Isso ocorreu antes mesmo do impacto do asteroide e durou alguns milhões depois do evento. Cientistas já haviam descoberto que a atividade dos vulcões do Decão, na Índia, acelerou em algum momento do período Cretáceo e que a lava cuspida por eles foi essencial na extinção dos dinossauros.

As novas evidências apresentadas pelos cientistas mostram que os vulcões podem ter tido outro tipo de participação no extermínio desses seres. Segundo os pesquisadores, eles foram os responsáveis por uma mudança climática e ecológica que não só afetou a vida dos dinossauros, mas também mudou as condições de vida em todo o globo e durou por muito tempo. 

"Pela primeira vez, nós conseguimos fornecer indícios do impacto dos vulcões do Decão no meio ambiente e no clima. Foi uma surpresa incrível ver que as amostras [de lugares] em que as temperaturas marinhas mostraram um sinal de aquecimento abrupto também exibiram as maiores concentrações de mercúrio e que essas concentrações eram eram de magnitude semelhante a um local com significativa contaminação industrial por mercúrio moderna".  Kyle Meyer, pesquisador da Universidade de Michigan que liderou o estudo.

O mercúrio é um metal que pode ser um risco à vida de humanos, peixes e outros animais. Atualmente, os principais emissores deste elemento são usinas de eletricidade movidas a carvão e minas de ouro. Para analisar qual era o nível de mercúrio presente na atmosfera do período Cretáceo, os cientistas fizeram duas coisas. Primeiro, coletaram conchas contaminadas pela indústria na regiões da Virgínia, nos Estados Unidos.

"Esses locais possuem uma proibição à pesca por parte de humanos por causa dos altos níveis de mercúrio. Então, imagine o impacto ambiental desse nível de contaminação global de mercúrio por dezenas ou centenas de milhares de anos". Sierra Petersen, geoquímica da Universidade de Michigan.
Isso ocorreu antes mesmo do impacto do asteroide e durou alguns milhões depois do evento. Cientistas já haviam descoberto que a atividade dos vulcões do Decão, na Índia, acelerou em algum momento do período Cretáceo e que a lava cuspida por eles foi essencial na extinção dos dinossauros.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/12/21/dinossauros-podem-ter-sido-envenenados-antes-da-queda-de-asteroide.htm?cmpid=copiaecola

Depois disso, analisaram fósseis de conchas pré-históricas encontradas nos EUA, Argentina, Índia, Egito, Líbia e Suécia. Definiram as temperaturas marinhas em que esses seres viviam ao averiguar a presença de carbonato. Prosseguiram pela mensuração da quantidade de mercúrio. Concluíram que aqueles seres que viviam em águas mais quentes possuíam um nível de mercúrio mais alto, tão elevado que era similar ao de regiões modernas contaminadas pela atividade industrial.

Segundo os cientistas, as anomalias de mercúrio já foram documentadas em sedimentos, mas nunca antes em conchas. A técnica desenvolvida por eles pode jogar luz sobre o estudo de extinções em massa e de mudança climática.

Fonte: UOL
Isso ocorreu antes mesmo do impacto do asteroide e durou alguns milhões depois do evento. Cientistas já haviam descoberto que a atividade dos vulcões do Decão, na Índia, acelerou em algum momento do período Cretáceo e que a lava cuspida por eles foi essencial na extinção dos dinossauros. As novas evidências apresentadas pelos cientistas mostram que os vulcões podem ter tido outro tipo de participação no extermínio desses seres. Segundo os pesquisadores, eles foram os responsáveis por uma mudança climática e ecológica que não só afetou a vida dos dinossauros, mas também mudou as condições de vida em todo o globo e durou por muito tempo.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/12/21/dinossauros-podem-ter-sido-envenenados-antes-da-queda-de-asteroide.htm?cmpid=copiaecola

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Nova descoberta aponta que dinossauros com penas viveram no Polo Sul

Penas fossilizadas são encontradas na Austrália Imagem: Reprodução/NatGeo/MELBOURNE MUSEUM

Dez fósseis preservados de penas encontrados na região de Koonwarra, na Austrália, representam a primeira evidência que dinossauros com penas viveram nos polos da Terra, apontaram paleontologistas em novo estudo que será divulgado no jornal Gondwana Research. As penas têm 118 milhões de anos e são do começo do período Cretáceo, quando a Austrália era localizada mais ao sul e se juntava à Antártida no Polo Sul do planeta. Segundo a pesquisa, mesmo que o clima fosse mais quente do que atualmente na Antártida, os dinossauros devem ter desenvolvido penugem para enfrentar épocas mais frias.

"As penas fósseis nunca foram encontradas em ambientes polares antes", diz o co-autor do estudo, Benjamin Kear, paleontologista da Universidade de Uppsala, na Suécia. "Nossa descoberta mostra pela primeira vez que uma grande variedade de dinossauros emplumados e pássaros primitivos capazes de voar habitavam as antigas regiões polares". Ossos fossilizados já foram encontrados nos extremos do planeta, mas nunca a presença de penas. Fósseis de uma espécie extinta de pinguim que indicava penas foi encontrada no Peru, mas tinham apenas 36 milhões de anos, quando a região ainda se encontrava ainda mais ao norte.

Encontrar penas no período Cretáceo nesta parte da Austrália é, portanto, uma pista vital para os muitos usos que os animais antigos encontraram para essas distintas coberturas corporais, desde o acasalamento até o voo. Nesse caso, as penas podem ter sido importantes para o isolamento, permitindo que pequenos dinossauros carnívoros sobrevivessem aos difíceis meses de inverno.

Fonte: UOL

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Fóssil de um dos dinossauros mais antigos do mundo é descoberto no Rio Grande do Sul

Gnathovorax significa mandíbulas vorazes, característica que reforça o perfil de caçador do dinossauro


TV CAMPUS/UFSM/REPRODUÇÃO/JC

O Rio Grande do Sul acrescentou mais um registro ao seu currículo de habitat de dinossauros. O grupo de pesquisa que reúne Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade de São Paulo (USP) divulgou que encontrou um esqueleto da espécie Gnathovorax cabreirai, com origem de aproximadamente 230 milhões de anos.

A descoberta, feita em escavações em 2014 em São João do Polêsine, na região Central do Estado, foi publicada no periódico internacional PeerJ. Segundo os pesquisadores da UFSM e USP, o fóssil achado é um dos mais antigos do mundo. 

Esqueleto na rocha mostra a descoberta em escavações em 2014 no Centro do Estado. Foto: UFSM/Divulgação
O esqueleto do animal revelou dentes pontiagudos e munidos de serrilhas, assim como garras longas nos dedos das mãos, que ajudavam a capturar as presas da espécie, esclarecem os pesquisadores. As características revelam o perfil de caçador do animal, reforçada pelo nome Gnathovorax, que significa mandíbulas vorazes. Já cabreirai é uma referência ao paleontólogo Sérgio Furtado Cabreira, que coordenou os trabalhos da descoberta em 2014.

Ainda que fosse de estatura menor em comparação com predadores mais conhecidos da era Mesozoica (compreendida nos períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo), como o Tiranossauro Rex, o Gnathovorax cabreirai era "seguramente, um dos maiores carnívoros do seu ambiente", informam os pesquisadores.

A pesquisa foi conduzida pelo estudante de pós-graduação em Biodiversidade Animal da UFSM Cristian Pereira Pacheco, pelos paleontólogos Rodrigo Temp Müller, Leonardo Kerber, Flávio Pretto e Sérgio Dias da Silva, também da UFSM, e pelo paleontólogo da USP Max Cardoso Langer. O responsável por realizar a reconstrução do fóssil foi o paleoartista Márcio Castro.

O fóssil pode ser visitado no Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa/UFSM), em São João do Polêsine, onde está em exposição. O Cappa fica aberto de segunda-feira a sábado, das 9h às 12h e das 13h30min às 17h, com entrada gratuita.

Fonte: Jornal do Comércio

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Vértebra de dinossauro é encontrada no interior de SP

Fóssil encontrado em Uchoa (SP) já está em fase final de preparação e ficará exposto no Museu de Paleontologia Pedro Candolo.

Por Carolina Paschoalon*

Vértebra de dinossauro é encontrada no interior de SP — Foto: Arquivo Pessoal

Uma vértebra de dinossauro foi encontrada na zona rural de Uchoa (SP) por um biólogo e um paleontólogo durante uma expedição em busca de fósseis da espécie na região. A vértebra seria uma parte da cauda e foi encontrada pela dupla no dia 5 de outubro. A divulgação da descoberta foi feita nesta semana.

Segundo o biólogo Leonardo Silva Paschoa, ele e a equipe do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, de Uchoa, estavam em uma expedição em uma área que há mais de 100 milhões de anos era terra dos dinossauros. 

“Em um barranco tem uma rocha que é da formação muito antiga, então era onde eles [dinossauros] ficavam. Nós sempre voltamos ao local para fazer buscas”, contou o biólogo.

  De início, Leonardo pensou que se tratava de uma pedra, mas quando ele e os amigos escavaram a rocha, perceberam que se tratava de uma vértebra de dinossauro.

O pedaço ósseo de dinossauro foi levado para o laboratório do museu para análise, onde foi constatado que se tratava de 20 centímetros da cauda de um titanossauro.

"É muito comum encontrar fóssil dessa espécie na região. Já encontramos outras vértebras, partes do braço. Vamos agora tentar montar uma arte de como seria essa espécie", diz Leonardo.

A espécie é conhecida por ter um pescoço longo e é herbívoro. O fóssil já está em fase final de preparação e ficará exposto no Museu de Paleontologia Pedro Candolo, em Uchoa.

Biólogo Leonado Paschoa com fóssil de titanossauro — Foto: Arquivo Pessoal 

Região tinha o Thanos

Em Uchoa há um museu de paleontologia porque na região há um sítio arqueológico que vem sendo descoberto pelos pesquisadores. Uma das descobertas mais recentes, foi a de uma nova espécie de dinossauro, batizada de Thanos Simonattoi.

Thanatos é um termo grego que personifica a morte e que também dá nome ao vilão Thanos, da franquia de quadrinhos Marvel. Já Simonattoi é uma homenagem ao sitiante Sérgio Simonatto, que ajudou a encontrar o fóssil.

Esta descoberta foi divulgada em dezembro do ano passado. Segundo os pesquisadores, Thanos Simonattoi tinha cerca de 5 metros de comprimento e disputava com outros carnívoros o topo da cadeia alimentar na região de Ibirá há 80 milhões de anos.

A descoberta consiste na primeira espécie descrita para a região de Ibirá e também de dinossauro carnívoro conhecida para o cretáceo da região sudeste.

Dinossauro recém-batizado foi encontrado na região de Rio Preto — Foto: Divulgação 

Fonte: Portal G1