sábado, 9 de março de 2013

Caramujo africano faz parte da dieta dos jacarés


Descoberta sobre hábito alimentar foi feita por pesquisadores da Ufam

Manaus - Apesar de causarem medo e repúdio em grande parte da população da cidade, os crocodilianos têm uma função importante no controle de pragas urbanas.

No último dia 5 deste mês, uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) descobriu que, além de ratos, baratas e insetos, os caramujos africanos também fazem parte da dieta desses répteis.

O estudo da Ufam faz parte do projeto de avaliação populacional dos 12 maiores vertebrados nativos em processo de urbanização na Amazônia Central, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).


O doutor em crocodilianos Ronis da Silveira explicou que a descoberta foi feita por um método de lavagem estomacal, chamado ‘flushing’, realizada nos animais, sem que seja necessário sacrificá-los. “Descobrimos que esses bichos estão comendo caramujos africanos, sejam adultos ou filhotes. Isso é muito bom para a população, pois até onde sabíamos não existia nenhum outro animal predador deste caramujo”, afirmou.

Embora seja provado que os jacarés urbanos são os principais predadores de animais vetores de doenças, a expansão urbana para dentro da floresta traz consequências perigosas para eles.

“Na cidade, a oferta de alimento é constante, enquanto que os jacarés que vivem em ambiente livre comem apenas em setembro e novembro, na época da seca dos rios”, disse Ronis.

Segundo ele, o alimento que o animal ingere tem pouco tempo de permanência no estômago, com exceção das substâncias sólidas. “Algumas coisas que eles comem nos igarapés não são digeridas. Por isso, eles aparentam estar gordos, mas na verdade são pedaços de plásticos acumulados”.

Camisinhas, vidros e seixo também já foram encontrados no estômago dos jacarés da cidade. O pesquisador acredita que a construção civil afeta, principalmente, a biologia dos crocodilianos.

“As obras estão crescendo na floresta. Restos de construções, principalmente seixo, são despejados nos igarapés e acabam virando alimento para eles”. Outra preocupação é a diminuição desses animais nos igarapés de Manaus. “Os igarapés estão cada vez mais poluídos. Como a quantidade de fêmeas é maior que a dos machos, elas sentem dificuldades para fazer o ninho. Já encontramos muitos ninhos feitos de lixo”, contou.

A cada 300 metros de igarapé é possível encontrar de 0 a 11 jacarés na cidade. Entre as espécies mais comuns, está o Jacaretinga, Jacarecoroa e o Jacarepedra.

O veterinário da Reserva Sauim Castanheira, Laérzio Chiegorim, contou que existem populações de crocodilianos em toda a cidade. “Essa condição é interessante do ponto de vista ambiental. Nossa cidade é uma das poucas do Brasil onde você pode encontrar na área urbana um crocodiliano. Somos privilegiados”, disse.

Animal pode coabitar com homem, diz veterinário

Os jacarés têm condições de coabitar com as pessoas. “Existe bastante conflito entre o ser humano e crocodiliano, mas é basicamente pelo fato de que as pessoas começam a morar na beira dos igarapés e depois não querem que os jacarés estejam lá”, disse o veterinário Laérzio Chiegorim.

Ele esclareceu, ainda, que os animais podem conviver pacificamente com o homem. Segundo o médico, não existe uma justificativa plausível para a retirada de um crocodiliano de dentro do âmbito natural.

Eles não são animais com padrão de agressividade, desde que não sejam atacados. “Não existem relatos em Manaus de que um jacaré tenha atacado alguém. Normalmente, quando existe alguma lesão, é do ser humano causado no animal. Eles são inofensivos, mas podem se tornar agressivos, como forma de expulsar um potencial invasor. É uma questão básica de sobrevivência”.

Segundo o veterinário, nesta época os animais costumam aparecer mais por conta da diminuição de área seca. “Quanto mais alagada a área esteja, mais próximo das casas vai estar e aí existe maior chance de contato com os humanos”.

Ele disse que a Reserva Sauim Castanheira já resgatou dezenas de animais feridos por terçadadas, pauladas e tiros. “Resgatamos, cuidamos, e geralmente devolvemos para a mesma bacia que ele veio. Não adianta tirar um crocodiliano do local de origem, porque eles têm um motivo e geralmente é o alimento. Alimento esse que vem da falta de higiene das pessoas. A gente acaba montando uma cadeia alimentar por ações impensadas”.

Fonte: d24am

sexta-feira, 8 de março de 2013

Tartaruga gigante considerada extinta ainda está viva


Animais foram encontrados na Ilhas Galápagos

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Yale descobriu que dezenas de tartarugas gigantes, pertencentes a uma espécie que se acreditava extinta há 150 anos, ainda podem estar vivendo em um lugar remoto nas Ilhas Galápagos. 


Embora não tenha encontrado nenhum membro original da espécie Chelonoidis elephantopus, a equipe descobriu descendentes diretos de pelo menos 38 indivíduos destes animais vivendo nas encostas vulcânicas da costa norte da Ilha Isabela. Esta ilha fica a 320 quilômetros da Ilha Floreana, local onde as tartarugas habitavam antes de desaparecerem por conta da caça indiscriminada. 

Em 2008, o time de pesquisadores retirou amostras de sangue de mais de 1600 tartarugas da região, e os comparou a uma base de dados genética que continha o DNA de tartarugas extintas e vivas. A análise provou que 83 destas tartarugas possuíam a assinatura genética da Chelonoidis elephantopus, mostrando que um de seus pais eram um membro puro da raça. Em 30 desses casos, a tartaruga tinha menos de 15 anos. Como uma tartaruga dessas costuma viver mais de 100 anos, os cientistas concluíram ser grande a possibilidade de os espécimes originais ainda estarem vivos. 

Segundo os pesquisadores, sua intenção é encontrar o membros originais da espécie, para devolvê-los à sua ilha de origem. Isso seria importante, já que os animais teriam grande importância no ecossistema da região. Mesmo que não encontrem os animais, os cientistas acreditam que podem trazer a espécie de volta à vida a partir do cruzamento de seus descendentes.

Fonte: Revista Galileu

quinta-feira, 7 de março de 2013

Chaveiro de Tartaruga?



Mulher exibe tartarugas em sacolas plásticas, compradas em área de Pequim. Vendida pelo equivalente a R$ 3,15, cada sacola, que contém um líquido nutricional além de oxigênio, pode manter o animal vivo por dois meses.

Um animal de sangue frio, que precisa se movimentar o tempo todo, preso em uma sacola plástica pouco maior que seu corpo... Isso é o cúmulo do absurdo. 

O que as pessoas não fazem para ganhar dinheiro.

É uma pena... Isso é um claro desrespeito para com a vida. Não se trata de algo "bonitinho" ou "fofo" e sim de uma privação do direito a vida e a liberdade, que são direitos nos quais os animais também são titulares.

Fonte: UOL (com adaptações)

Cobra albina de duas cabeças é exposta no zoológico em Moscou


Misha Japaridze/AP

Uma rara cobra californiana de duas cabeças é exposta nesta quinta-feira (7), no zoológico de Moscou, na Rússia. Representantes do local afirmam que a ocorrência da espécie é de uma em um milhão e que ela não sobrevive na selva

Fonte: UOL

domingo, 3 de março de 2013

Estudo mostra que mamíferos surgiram após extinção dos dinossauros


O ancestral comum a todos os mamíferos placentários, como o homem, cavalo, cão, macaco e a baleia, surgiu após a extinção dos dinossauros, há 65 milhões de anos, revela uma pesquisa internacional da qual participou um cientista do Museu Nacional, no Rio de Janeiro.

Ilustração do suposto ancestral dos mamíferos placentários

Este estudo põe fim ao debate sobre as origens dos mamíferos, que trabalhos anteriores situavam antes do desaparecimento dos dinossauros e de 70% das espécies do planeta que teria sido causada, segundo a teoria mais comumente aceita, pelo impacto de um asteroide que revolucionou o clima.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas se apoiaram no maior banco de dados do mundo, no qual examinaram traços genéticos e morfológicos das diferentes espécies para reconstruir a árvore genealógica dos mamíferos placentários, o ramo mais importante desta família que tem mais de 5.100 espécies vivas.

No entanto, análises genéticas prévias tinham levado a crer que os mamíferos já eram um grupo diversificado ao final do período Cretáceo. A partir de agora, estima-se que o surgimento tenha se situado entre 200 mil e 40 mil anos após o desaparecimento dos dinossauros.

"É cerca de 36 milhões de anos mais tarde do que as estimativas baseadas unicamente em dados genéticos", explicou o brasileiro Marcelo Weksler, paleontólogo do Museu Nacional-UFRJ, um dos 23 coautores do estudo publicado na edição desta sexta-feira da revista científica americana Science.

Para chegar ao ancestral comum dos mamíferos, um animal que seria do tamanho de um pequeno rato, estes cientistas destrincharam as características físicas e genéticas de 86 espécies, 40 delas já extintas, mas conhecidas através de seus fósseis.

No processo, reuniram 4.500 características morfológicas como a presença ou a ausência de asas, dentes e certos tipos de esqueletos, e depois as combinaram com dados genéticos.

Este banco de dados contém dez vezes mais informações do que as utilizadas até o momento para estudar a história dos mamíferos, afirmaram os cientistas, ressaltando que está acessível ao público na internet no site www.morphobank.org, e conta com mais de 12.000 ilustrações.

AFP

sexta-feira, 1 de março de 2013

'Vídeo pegadinha' usa dinossauro para aterrorizar audições em empresa


Carolina Ribeiro


Já imaginou a cena? Dar de cara com um dinossauro nos dias atuais. No vídeo “Jurassic Prank 3″ (Pegadinha Jurássica, em tradução livre) atores levam susto ao ver um T-Rex, enquanto interpretam personagem durante audição. A pegadinha, que foi realizada pela empresa de entretenimento KHA e, já conta com mais de 250 mil visualizações no YouTube.

Mulher começa a gritar ao ver o dinossauro em pegadinha na web (Foto: Reprodução/YouTube)

No início do vídeo, publicado no dia 5 de fevereiro, a impressão que fica é de uma entrevista de emprego como qualquer outra, exceto pelos funcionários fantasiados no escritório. Mas o susto acontece quando um dinossauro vem na direção da câmera. O T-Rex surge de uma parede que, supostamente, estava em construção.
A partir daí, aparecem pessoas reagindo de diferentes formas – e algumas muito engraçadas, quando levam susto. No vídeo, por exemplo, mostra uma mulher que entra em pânico e começa a gritar sem parar, outra começa a rir da pegadinha e uma atriz cai ao ver o dinossauro. Também tem um homem que começa a xingar no momento que é surpreendido pelo T-Rex fake.
O que os atores não sabiam é que eles eram as cobaias para apresentar o Kojo, um T-Rex desenvolvido pela KHA para aluguel de eventos. A tecnologia do dinossauro faz ele mexer a boca e os olhos assustadoramente.
O vídeo, com mais de dois minutos, tem mais de 550 “gostei” e cerca de 70 comentários. Em um deles, o internauta disse que levou um grande susto: “Eu fiquei com medo na primeira parte. Eu quase tive um ataque do coração!”.

Assista ao vídeo da pegadinha abaixo:



Fonte: TechTudo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

ONG libera 4 mil filhotes de tartaruga no oceano em um ano


Tartarugas foram soltas no litoral do Piauí e do Maranhão.
Previsão para 2013 é superar este número, afirma instituição.

Do Globo Natureza, em São Paulo


Membro de ONG leva tartaruga para ser liberada no mar (Foto: Divulgação/Projeto Tartarugas do Delta)

Cerca de 4 mil filhotes de tartaruga foram liberados no mar em 2012 no litoral dos estados do Piauí e do Maranhão, segundo um balanço feito pela ONG Tartarugas do Delta, divulgado nesta quinta-feira (21). A previsão para 2013 é superar este número, aponta a instituição.

A ONG, que atua no Delta do Parnaíba, prevê que os filhotes da próxima temporada reprodutiva das tartarugas na região nasçam entre 12 e 20 de março. "Só vai ser possível falar em média de nascimentos no meio do ano", disse a instituição, através de sua assessoria.
Desde 2011, a média de soltura por ano aumentou de 2,4 mil para 3,5 mil filhotes na região. Mais de 19 mil bebês-tartaruga foram liberados no litoral do Piauí e do Maranhão desde o início do projeto, há sete anos.
Além de proteger e monitorar as tartarugas marinhas, com o objetivo de acabar com o risco de extinção das espécies que habitam a região, a ONG promove capacitação de professores de escolas no Delta do Parnaíba, para conscientização sobre educação ambiental.


Crianças que participam de projeto de ONG liberam filhotes de tartaruga na praia (Foto: Divulgação/Projeto Tartarugas do Delta)

Ativistas cuidam de tartaruga no litoral; mais de 4 mil filhotes foram libertados no Delta do Parnaíba em 2012 (Foto: Divulgação/Projeto Tartarugas do Delta)

Membros de ONG liberam filhotes de tartaruga no mar (Foto: Divulgação/Projeto Tartarugas do Delta)


Fonte: G1