Artigo da 'Nature' aponta que dinossauros tinham fluxo sanguíneo intenso.
Répteis atuais, ou típicos, não mantêm temperatura do corpo estável.
Répteis atuais, ou típicos, não mantêm temperatura do corpo estável.
Durante muito tempo os cientistas assumiram que os dinossauros eram
répteis de sangue frio, mas um estudo espanhol publicado em junho deste ano na revista “Nature” sugere exatamente o oposto.
De acordo com os pesquisadores, os dinossauros não podem ser
classificados como “répteis típicos” (nome dado aqueles que não
conseguem manter a temperatura do corpo estável), porque teriam uma alta
densidade de vasos sanguíneos em seus ossos, parecido com os vasos de
mamíferos e aves, por exemplo.
A investigação científica realizada uma equipe do Instituto Catalão de
Paleontologia Crusafont Miquel, da Espanha, aponta ainda que um fluxo
sanguíneo significativo representaria um crescimento rápido de espécies,
ou seja, que os dinossauros teriam um metabolismo acelerado,
incompatível com animais de sangue frio, por exemplo.
Sinais característicos
Esta conclusão foi obtida através da detecção de linhas de crescimento nos ossos de alguns animais, como anfíbios e répteis – que têm a mesma função dos anéis nos troncos de árvores que indicam a idade daquela planta.
Os cientistas começaram a trabalhar com a possibilidade de que apenas
animais de sangue frio é que apresentariam esses sinais. As linhas
evidenciam que aquele animal teve um desenvolvimento lento, praticamente
parado por fatores externos, como temperaturas baixas ou falta de
alimentos. Além disso, foi alimentada a hipótese de que essas espécies,
inclusive os dinossauros, tinham metabolismo lento, típico dos répteis
atuais.
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