Fóssil encontrado nos Pirineus mostrou indícios sobre extinção de animais.
Teoria contesta estudo que tratava fim dos dinossauros como gradual.
Teoria contesta estudo que tratava fim dos dinossauros como gradual.
Restos de uma espécie de dinossauro encontrados nas montanhas dos Pirineus, uma cordilheira localizada na fronteira entre Espanha e França, reforça a hipótese de que a extinção destes animais foi repentina, como consequência do impacto de um asteroide sobre a Terra.
Ilustração acima mostra titanossauro, e abaixo os autores do estudo (Foto: Oscar Sanisidro/ICP) |
Um estudo publicado na revista científica "Paleo 3" mostra uma análise indicando que os saurópodes, dinossauros herbívoros de pesçoco e cauda longos e andar quadrúpede,- mantiveram sua diversidade até a extinção, ocorrida há 65 milhões de anos.
A teoria contesta estudos que abordavam a extinção e a tratavam como um fato gradual, ou seja, que os dinossauros foram desaparecendo aos poucos, informou o Instituto Catalão de Paleontologia.
O trabalho de pesquisa, realizado por especialistas espanhóis da Universidade de Zaragoza e da Universidade Autônoma de Barcelona, junto com especialistas franceses e italianos, estudou ossos de fêmur achados em jazidas dos Pirineus, áreas que no final do Cretáceo faziam parte da chamada Ilha Ibero-Armoricana, um antigo arquipélago que existiu no sul da Europa.
Poucos lugares para exploração no mundo
Os autores destacam que a extinção dos dinossauros é um dos fatos mais relevantes da história da vida na Terra ao se relacionar com o impacto de um grande objeto extraterrestre.
No entanto, apontam, há poucos lugares no mundo com um registro fóssil de dinossauros que coincide com o limite do Cretáceo. Neste sentido, o artigo demonstra que os Pirineus constituem um lugar ideal para responder se o impacto do asteroide foi a causa da extinção dos dinossauros ou não.
A maior parte da informação registrada até a atualidade se baseava em dados do registro fóssil de dinossauros encontrados no oeste da América do Norte. Segundo os pesquisadores, é a primeira vez que se estudam fósseis de dinossauros saurópodes da Europa nos últimos milhões de anos do Cretáceo.
Fonte: G1
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