O fóssil encontrado na China ajuda a compreender evolução dos mamíferos |
São Paulo- Achado no nordeste da China, fóssil com 160 milhões de anos preenche lacuna na história evolutiva nos mamíferos.
Os restos muitíssimo bem preservados do Juramaia sinensis dão informações importantes sobre um grupo ancestral – o “eutherian” - que deu origem à maioria das espécies de mamíferos hoje.
Na verdade, trata-se do fóssil mais antigo desse grupo já encontrado – um fato que adianta em 35 milhões de anos a diferenciação desses animais de outros grupos.
Os detalhes da descoberta foram publicados pela equipe liderada pelo Dr. Zhe-Xi Luo, do Museu de História Natural Carnegie (EUA), na edição de hoje da Nature.
Caminhando com dinossauros
O Juramaia sinensis foi um pequeno mamífero, parecido com um roedor, que viveu na China há 160 milhões de anos, convivendo com os dinossauros durante o período Jurássico – daí seu nome, que significa “mãe Jurássica da China”.
Ele é o fóssil mais antigo dos chamados “eutherians”, o grupo que evoluiu para dar origem a todos os mamíferos placentários.
Seus restos foram encontrados na província de Liaoning e são formados de um crânio incompleto, parte do esqueleto e tecidos residuais moles, como pelos. Mas o mais surpreendente, para os pesquisadores, foi encontrar dentes completos e ossos de patas dianteiras que permitiria a classificação do animal na árvore evolutiva. Além disso, suas patas indicam uma característica que pode ter sido crucial para sua sobrevivência na época: elas eram adaptadas para escalada.
O Juramaia é um marco fóssil porque dá pistas de quando os “eutherian” se separaram dos outros grupos de mamíferos da época: os metatherians (cujos descendentes incluem os atuais marsupiais, como cangurus), e monotremes (como o ornitorrinco).
O momento em que um ancestral se separar em duas novas linhagens é muito importante para a compreensão da evolução de uma espécie. Atualmente, os pesquisadores possuem alguns métodos para calcular esse chamado “tempo evolutivo”. Essas técnicas, que muitas vezes utilizam DNA, precisam, no entanto, ser confrontadas com registros fósseis.
Antes da descoberta do Juramaia, a evidência molecular mostrava que o ponto de separação dos “eutherians” dos “metatherians” havia ocorrido há cerca de 160 milhões de anos, porém o fóssil mais antigo tinha apenas 125 milhões de anos. Com o Juramaia, as evidências genéticas batem com os achados fósseis – uma prova a mais de que a compreensão da evolução dos mamíferos está no caminho certo.
Os restos muitíssimo bem preservados do Juramaia sinensis dão informações importantes sobre um grupo ancestral – o “eutherian” - que deu origem à maioria das espécies de mamíferos hoje.
Na verdade, trata-se do fóssil mais antigo desse grupo já encontrado – um fato que adianta em 35 milhões de anos a diferenciação desses animais de outros grupos.
Os detalhes da descoberta foram publicados pela equipe liderada pelo Dr. Zhe-Xi Luo, do Museu de História Natural Carnegie (EUA), na edição de hoje da Nature.
Caminhando com dinossauros
O Juramaia sinensis foi um pequeno mamífero, parecido com um roedor, que viveu na China há 160 milhões de anos, convivendo com os dinossauros durante o período Jurássico – daí seu nome, que significa “mãe Jurássica da China”.
Ele é o fóssil mais antigo dos chamados “eutherians”, o grupo que evoluiu para dar origem a todos os mamíferos placentários.
Seus restos foram encontrados na província de Liaoning e são formados de um crânio incompleto, parte do esqueleto e tecidos residuais moles, como pelos. Mas o mais surpreendente, para os pesquisadores, foi encontrar dentes completos e ossos de patas dianteiras que permitiria a classificação do animal na árvore evolutiva. Além disso, suas patas indicam uma característica que pode ter sido crucial para sua sobrevivência na época: elas eram adaptadas para escalada.
O Juramaia é um marco fóssil porque dá pistas de quando os “eutherian” se separaram dos outros grupos de mamíferos da época: os metatherians (cujos descendentes incluem os atuais marsupiais, como cangurus), e monotremes (como o ornitorrinco).
O momento em que um ancestral se separar em duas novas linhagens é muito importante para a compreensão da evolução de uma espécie. Atualmente, os pesquisadores possuem alguns métodos para calcular esse chamado “tempo evolutivo”. Essas técnicas, que muitas vezes utilizam DNA, precisam, no entanto, ser confrontadas com registros fósseis.
Antes da descoberta do Juramaia, a evidência molecular mostrava que o ponto de separação dos “eutherians” dos “metatherians” havia ocorrido há cerca de 160 milhões de anos, porém o fóssil mais antigo tinha apenas 125 milhões de anos. Com o Juramaia, as evidências genéticas batem com os achados fósseis – uma prova a mais de que a compreensão da evolução dos mamíferos está no caminho certo.
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