segunda-feira, 5 de março de 2018

Fóssil encontrado no Egito revela trajetória desconhecida dos dinossauros

Espécie foi considerada o "Santo Graal" da paleontologia

CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DO RECÉM DESCOBERTO MANSOURASAURUS.
(FOTO: CARNEGIE MUSEUM OF NATURAL HISTORY / ANDREW MCAFEE)
Durante boa parte do tempo que os dinossauros caminharam sobre a Terra, os continentes estavam unidos. O supercontinente Pangea só começou a se dividir, a caminho da configuração geográfica atual, durante o período Cretáceo, entre 145 e 65 milhões de anos atrás. Como os gigantescos e extintos animais lidaram com a separação, no entanto, sempre foi um mistério para os paleontólogos.


Principalmente na África, onde as regiões com maior potencial para encontrar fósseis estão cobertas por florestas, tornando difícil a tarefa de encontrar vestígios de dinossauros que viveram por lá no final do Cretáceo, imediatamente antes do meteoro que os eliminaram da face da Terra.Uma nova descoberta, no entanto, ajuda a preencher essa lacuna na história dos répteis gigantes.

Batizado de Mansourasaurus shahinae, em homenagem à Universidade de Mansoura, de onde saiu o grupo de pesquisa que encontrou os fósseis do animal, foi descoberto próximo ao oásis Dakhla, em meio ao deserto do saara, no Egito. 


Herbívoro, com um longo pescoço e o comprimento de um ônibus, eles são mais parecidos às espécies previamente encontradas na Europa e Ásia que na América do Sul e no sul do continente africano. Esse fato indica que pelo menos alguns dinossauros podem ter se locomovido entre África e Europa pouco antes de serem extintos.

ESQUELETO RECONSTRUÍDO DO MANSOURASAURO. EM AZUL OS OSSOS PRESERVADOS NO FÓSSIL. 
(FOTO: ANDREW MCAFEE, CARNEGIE MUSEUM OF NATURAL HISTORY)

“Os últimos dinossauros da África não estavam completamente isolados, ao contrário do que alguns pesquisadores propuseram no passado”, afirma Eric Gorscak, pesquisador no Museu Field de História Natural, nos Estados Unidos. “Ainda existiam conexões com a Europa."

O Mansorasaurus pertence ao grupo dos titanosauros, que inclui alguns dos maiores dinossauros que existiram, como o Dreadnoughtus e o Argentinosauro. Esse, porém, não era tão grande assim, com peso aproximado de um elefante africano. Sua importância, porém, se deve ao fato de ser o mais completo dinossauro da espécie do fim do Cretáceo encontrado na África.


“Quando eu vi as fotos dos fósseis, meu queixo caiu. Era o Santo Graal que os paleontólogos estavam procurando por um longo, longo tempo”, contou Matt Lamanna, paleontólogo Museu Carnigie de História Natural, coautor do estudo.

Fonte: Revista Galileu

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Rastros de dinossauros são encontrados no estacionamento da NASA

Dinossauros e mamíferos passaram pelo estacionamento da agência espacial norte-americana há 100 milhões de anos

FOTO: NASA

Em 2012, o cientistaRay Stanford se deparou com um pedaço de uma pedra saindo do asfalto do estacionamento do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA em Greenbelt, no estado norte-americano de Maryland. Ao analisar a descoberta, ele se deparou com muito mais: pegadas que mamíferos e dinossauros deixaram há pelo menos 100 milhões de anos.

Em estudo publicado no periódico Scientific Reports, Stanford e especialistas da agência espacial americana, um paleontólogo da Universidade do Colorado em Denver e do Museu de História Natural Smithsonian relatam que a descoberta é uma das primeiras evidências das duas classes de animais interagindo entre si no passado.

FOTO: NASA

Com cerca de 2,4 metros de largura, a amostra encontrada possui cerca de 70 pegadas de oito espécies, incluindo mamíferos pequenos e dinossauros enormes. Os pesquisadores acreditam que os animais tenham passado por ali no mesmo período, e que o local tenha sido um pântano onde as espécies deixaram pegadas. "A concentração de pegadas de mamíferos nesse local é de uma magnitude bem maior do que qualquer outro lugar do mundo", afirmou Martin Lockley, paleontólogo da Universidade do Colorado em Denver, em anúncio.

Cada pegada tem sua própria história. A de um nodossauro adulto, por exemplo, vinha acompanhada da de um filhote da espécie, demonstrando que os dois estavam viajando juntos. Também foram identificados rastros de saurópodes, terópodas, dinossauros carnívoras parecidos com o velociraptor e o T-rex, bem como pterossauros.  

FOTO: NASA

Já os mamíferos eram pequenos em sua maioria, do tamanho de esquilos e cachorros, como a maioria dos animais do tipo descobertos da época. Os paleontólogos acreditam que os mamíferos estavam andando juntos em busca de vermes e larvas para se alimentar e provavelmente fugindo das espécies de dinossauros carnívoros.

FOTO: NASA

"É como uma máquina do tempo", afirmou Stanford. "Podemos ter uma noção de como foram alguns dias de atividade desses animais. Vemos a interação e como passaram uns pelos outros. Isso vai nos permitir analisar melhor os primórdios da Terra. É muito empolgante."

Fonte: Revista Galileu

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Descoberta uma nova espécie de dinossauro

Era um herbívoro e do tamanho de um carro médio

Ilustração representando o Mansourasaurus shahinae© Andrew McAfee/
Carnegie Museum of Natural History/Handout via REUTERS
Cientistas descobriram no deserto do Saara egípcio um fóssil de uma nova espécie de dinossauro, que seria tão pesada quanto um elefante adulto, divulgou hoje a revista científica Nature Ecology and Evolution.

A espécie, designada com o nome científico de "Mansourasaurus shahinae", aparentava ter um longo pescoço.

O novo dinossauro, um herbívoro do tamanho de um autocarro médio e com peso semelhante ao de um elefante adulto, pertence à família dos saurópodes, os maiores animais terrestres que alguma vez existiram.

O fóssil, o mais completo até agora descoberto em África, data do fim do Cretáceo, período compreendido entre 145 milhões e 66 milhões de anos. Os dinossauros extinguiram-se há 65 milhões de anos, fruto, segundo a tese prevalecente, do impacto de um asteroide na Terra.

De acordo com a universidade norte-americana de Ohio, que participou na investigação, foram encontrados no Saara ossos do crânio, a mandíbula inferior, vértebras, costelas, uma pata dianteira e outra traseira.

Para a equipa de paleontólogos, a descoberta representa o "Santo Graal", uma vez que muito poucos fósseis do Cretáceo foram encontrados em África.

Os peritos sustentam que o "Mansourasaurus shahinae" era mais próximo dos dinossauros da Europa e da Ásia do que dos dinossauros do Sul de África e da América do Sul.

"Os últimos dinossauros de África não estavam completamente isolados, contrariamente ao que foi avançado no passado", afirmou, citado pela agência noticiosa AFP, um dos coautores do estudo, Eric Gorscak, da Universidade de Ohio.

Fonte: Diário de Notícias

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Blog Reptossaurus - Sete anos no ar!


No dia 25 de fevereiro de 2018 o Blog Reptossaurus completará 07 anos no ar!


O blog é um dos mais visitados do Brasil e do mundo, com conteúdo de altíssima qualidade, com artigos e notícias selecionadas.


Com quase 1.500 postagens e com material dividido por temas e marcações o estudante, ou simplesmente aqueles que gostam de répteis (principalmente de dinossauros) tem muito o que explorar.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Ninho de ovos de dinossauro com 130 milhões de anos é encontrado

Os fósseis foram encontrados por acaso, graças à construção de uma nova escola na área

Os ovos foram identificados como pertencentes ao período Cretáceo

Trinta ovos de dinossauros em estado fossilizado foram encontrados na cidade de Ganzhou, na província chinesa de Jiangxi. A área, conhecida como cidade natal dos dinossauros, leva este nome devido às grandes descobertas de fósseis da espécie ali encontrados. Acredita-se que esses ovos tenham, em média, 130 milhões de anos.

Os fósseis foram encontrados por acaso, graças à construção de uma nova escola na área. Após uma explosão para quebrar uma grande rocha que atrapalhava a arquitetura da construção, trabalhadores observaram um ninho de ovos no local da cratera. Com a descoberta, a polícia local foi acionada, assim como especialistas do Museu Dayu County.

Os ovos foram identificados como pertencentes ao período Cretáceo, que veio imediatamente após o Período Jurássico, cerca de 145 milhões de anos atrás. Os dinossauros que viveram nesse período foram os tiranossauros rex, o Velociraptor e  os triceratops de três chifres. De acordo com informações do jornal britânico Mirror, os ovos foram coletados e estão sendo mantidos no museu do condado para estudos futuros.

Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Operários acham osso de dinossauro durante obra no interior de SP

Os restos, encontrados na cidade de Jaci, pertencem a um titanossauro. A descoberta foi levada para o Museu de Paleontologia de Uchoa


O fóssil, que é a parte inferior de um fêmur, pesa 25 quilos e mede 40 centímetros (TV TEM/TV Globo/Reprodução)

O osso de um dinossauro que viveu há 40 milhões de anos no interior de São Paulo foi encontrado na última semana por operários de uma obra na zona rural de Jaci, na região de São José do Rio Preto. O fóssil de 25 quilos e 40 centímetros foi identificado como sendo a parte inferior do fêmur de um titanossauro pelo paleontólogo Fabiano Iori, que esteve no local.

Esses dinossauros herbívoros de cauda e pescoço longos andavam em bandos pelo território em que se localizam atualmente as regiões norte e oeste paulista. A peça foi levada para o Museu de Paleontologia de Uchoa, cidade próxima.

De acordo com o administrador Leonardo Silva Paschoa, o osso foi localizado durante obras para um empreendimento imobiliário. Os operários avisaram o dono do imóvel e ele conseguiu retirar o fóssil.

“Por sorte, o osso estava em terreno macio e ele conseguiu fazer a retirada sem fragmentar a peça. É raro encontrar um fóssil em tão bom estado.” Segundo Paschoa, também foi achado um dente de dinossauro carnívoro próximo ao pedaço do fêmur. “A equipe de prospecção do museu vai ao local em dezembro para um trabalho de campo, já que temos autorização federal para fazer essas escavações.”

O fóssil será tombado, catalogado e passará por análise. Em seguida, será exposto no museu, que é municipal e já tem no acervo outros fósseis de animais pré-históricos, como dentes de um abelissauro e a vértebra de um megaraptor, ambos dinos carnívoros.

As peças foram encontradas em Uchoa e cidades próximas. O diretor de Turismo de Uchoa, Gustavo Dalla Dea, conta que os achados fósseis já renderam à cidade a inclusão no rol de municípios de interesse turístico do Estado de São Paulo. “Estamos construindo réplicas de dinossauros em concreto para instalar em nossa entrada principal”, disse.

Fonte: Veja

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Dinossauros poderiam estar vivos se asteroide tivesse atingido outro lugar

Os dinossauros reinaram de maneira suprema por mais de 160 milhões de anos. Sua dinastia chegou a um fim cataclísmico 66 milhões de anos atrás quando um asteroide caiu na Península de Yucatán, no México, em um local hoje conhecido como cratera Chicxulub, preparando o caminho para que os mamíferos --e eventualmente os humanos-- herdassem a Terra.

Mas se o impacto extraterrestre tivesse acontecido praticamente em qualquer outro lugar, como no oceano ou no meio da maioria dos continentes, alguns cientistas agoradizem que é possível que os dinossauros tivessem sobrevivido à aniquilação . Apenas 13% da superfície da Terra abrigava os ingredientes necessários para transformar a colisão cósmica nesse evento específico de extinção em massa, segundoum estudo publicado no jornal "Scientific Reports". 


A cratera de Chicxulub está soterrada debaixo da Península de Iucatã, no México

"Acho que os dinossauros poderiam estar vivos ainda hoje" se os asteroides tivessem caído em outro lugar, afirmou por e-mail Kunio Kaiho, paleontologista da UniversidadeTohoku do Japão e autor principal do estudo.

Outros pesquisadores questionaram as descobertas.
Quando o asteroide, que tinha o diâmetro de cerca de metade do comprimento de Manhattan, atingiu a costa do México, encontrou uma fonte rica de enxofre e hidrocarbonetos, ou depósitos orgânicos como combustíveis fósseis , segundo os pesquisadores.

Temperaturas muito quentes no impacto da cratera teriam colocado fogo nos combustíveis. A combustão teria lançado fuligem e enxofre na estratosfera em quantidades suficientes para apagar o sol e mudar o clima, colocando em movimento o colapso de ecossistemas inteiros e a extinção de três quartos de todas as espécies da Terra.

Uma das coautoras de Kaiho, Naga Oshima criou um modelo que simulou um impacto do asteroide que ejetou quantidades variáveis de fuligem da rocha. Apenas as áreas com mais hidrocarbonetos lançaram fuligem suficiente na estratosfera para esfriar o clima a níveis catastróficos. 
87% da superfície da Terra, lugares como o que hoje são a Índia, a China, a Amazônia e a África, não teriam concentrações em quantidade suficiente de hidrocarbonetos para selar o destino do dinossauro.

Mas, se o asteroide tivesse batido nas áreas costais marinhas cheias de algas, como o que hoje é a Sibéria, o Oriente Médio e a costa leste da América do Norte, o estrondo teria sido tão devastador para os dinossauros e para a vida na Terra quanto o impacto em Chicxulub.

Fonte: UOL

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Extinção de dinossauros pode ter sido questão de azar, diz estudo

Trabalho conclui que destruição em massa só ocorreu porque asteroide atingiu uma área rica em matérias orgânicas, que corresponde a 13% do planeta


A área atingida pelo asteroide levantou uma enorme nuvem de fuligem, que bloqueou a passagem dos raios solares e provocou quedas drásticas das temperaturas, levando à morte de várias espécies (Divulgação/iStock)

A extinção dos dinossauros pode ter sido uma questão de azar – ao menos é o que sugere um estudo divulgado nesta quinta-feira no periódico Scientific Reports. Os pesquisadores afirmam que um asteroide como aquele que atingiu a Terra há 66 milhões de anos só poderia levar à cadeia de eventos catastróficos que causou uma extinção em massa se tivesse caído em regiões ricas em hidrocarbonetos (compostos orgânicos de carbono e hidrogênio), que correspondem a apenas 13% da área do planeta. Em outras palavras, era muito mais provável que a extinção não tivesse ocorrido – mas parece que os animais pré-históricos não tiveram muita sorte.

“O local de impacto do asteroide mudou a história da vida na Terra”, escrevem os pesquisadores no estudo, liderados por Kunio Kaiho, da Universidade de Tohoku, no Japão. Segundo a equipe, o maior problema da queda dessa rocha gigante, que criou uma cratera de 180 quilômetros em um território onde hoje fica o México, não foi o impacto da colisão. Claro, muitos animais morreram na hora, mas a maior catástrofe veio depois, quando a energia gerada pela colisão começou a aquecer a matéria orgânica presente nas rochas e a liberá-la na atmosfera. Isso acabou causando uma espécie de nuvem de fuligem, que bloqueou os raios solares e provocou uma queda tão drástica das temperaturas que os animais não conseguiram resistir.

Kaiho e sua equipe basearam seus resultados em um modelo climático global, calculando as anomalias de temperatura causadas pela fuligem na estratosfera e medindo a quantidade de hidrocarbonetos nas regiões ao redor do impacto.

De acordo com os resultados, a fuligem liberada provocou um resfriamento global de 8ºC a 11ºC, e as temperaturas da água do mar despencaram para valores de 5ºC a 7ºC. As chuvas também foram afetadas: a precipitação caiu entre 70% e 85% em relação a antes do evento.

Os pesquisadores concluíram que esses eventos de extinção em massa só teriam ocorrido se o asteroide tivesse atingido algumas das áreas ricas em hidrocarbonetos. Se o impacto acontecesse em qualquer outra parte – ou seja, nos 83% de área restantes –, a fauna e flora do Mesozoico teria sobrevivido, quem sabe, até os dias atuais.

Fonte: Veja