domingo, 11 de setembro de 2011

Réptil marinho pré-histórico tinha gestação igual a de baleias e golfinhos


Cientistas encontram evidências de que os plesiossauros eram vivíparos



Reprodução do extinto réptil Plesiossauro dando a luz
Reprodução do extinto réptil Plesiossauro dando a luz (S. Abramowicz/EFE)
Cientistas acreditam ter encontrado provas de que a gestação das fêmeas do plesiossauro - réptil marinho que viveu há quase 80 milhões de anos - durava até a maturidade dos embriões, e o nascimento de seus filhotes era como o das baleias e golfinhos, segundo um artigo publicado nesta quinta-feira pela revista Science
A prova está no fóssil de Poly, como foi apelidada a Polycotilus latippinus de 4,70 metros de comprimento, um dos répteis gigantes, carnívoros e com quatro nadadeiras exibidos na Sala de Dinossauros do Museu de História Natural em Los Angeles (Califórnia). Os restos do réptil marinho que viveu durante a Era Mesozoica (entre 251 milhões e 65 milhões de anos atrás) contêm o fóssil de um embrião que mostra grande parte do corpo em desenvolvimento, inclusive as costelas, 20 vértebras e os ossos de ombros, quadris e nadadeiras.
O estudo foi realizado pelo cientista Robin O'Keefe, da Universidade Marshall na Virgínia Ocidental, e pelo diretor do Instituto de Dinossauros do museu de Los Angeles, Luis Chiappe, paleontólogo famoso pelas polêmicas que levantou com suas teorias sobre a origem das aves. O'Keefe e Chiappe sustentam que o fóssil e seu embrião são a primeira mostra de que os plesiossauros pariam seus filhotes como os mamíferos marinhos atuais, e não deixavam ovos na terra. Eram, portanto, vivíparos, como são chamados os animais cujo embrião se desenvolve dentro da mãe.
Embora o nascimento de filhotes já desenvolvidos tenha sido documentado em outros vários grupos de répteis aquáticos da Era Mesozoica, até agora não haviam sido encontrados indícios de que isso teria ocorrido na ordem dos plesiossauros.
Chiappe e O'Keefe vão além e defendem que os plesiossauros foram únicos entre os répteis aquáticos porque davam nascimento a um único filhote, grande, e que podem ter formado grupos sociais para cuidar de seus filhotes.
"Os cientistas acreditaram por muito tempo que os plesiossauros não tinham muita aptidão para sair à terra e depositar seus ovos em um ninho", indicou O'Keefe. "Por isso, a falta de provas de que filhotes de plesiossauros nasciam na água foi causa de confusão".
Segundo O'Keefe e Chiappe, o fóssil que se exibe em Los Angeles "documenta o nascimento vivo dos plesiossauros pela primeira vez e, dessa maneira, finalmente resolve o mistério".
O embrião, acrescentaram os pesquisadores, é muito grande em comparação com a mãe, e muito maior que o que poderia se esperar sobre a base da comparação com outros répteis.
"Muitos dos animais que vivem hoje dão nascimento a filhotes grandes, únicos, e têm cuidado maternal", assinalou O'Keefe. "Nós achamos que os plesiossauros podem ter tido comportamento similar, o que faria com que suas vidas sociais fossem mais parecidas às dos golfinhos modernos que às de outros répteis". 

(Com Agência EFE)

Achado fóssil de réptil marinho pré-histórico com embrião em seu interior

WASHINGTON, 11 Ago 2011 (AFP) -Um fóssil de réptil marinho pré-histórico, com um embrião em seu interior, forneceu a primeira evidência de que os plessiossauros deram à luz suas crias, ao invés de pôr ovos, segundo estudo publicado esta quinta-feira nos Estados Unidos.

O fóssil de 78 milhões de anos pertence a um 'Polycotylus latippinus', uma combinação de serpente e tartaruga com quatro nadadeiras que está em exibição no Museu de História Natural de Los Angeles.

Os cientistas suspeitavam há algum tempo que estas enormes criaturas, que em alguma momento estiveram entre os principais predadores dos mares do mundo, não foram projetadas para andar na terra e pôr ovos, mas até agora não tinham provas para demonstrar o contrário.

"Este fóssil evidencia, pela primeira vez, a viviparidade (nr: ato de dar à luz crias vivas) em plessiossauros e finalmente resolve o mistério", disse Robin O'Keefe, da Universidade de Marshall, em Huntington, Virgínia Ocidental (leste dos Estados Unidos), um dos autores do estudo.

O fóssil exposto, de 4,7 metros de comprimento, contém um esqueleto embrionário, que inclui pequenas costelas, 20 vértebras, ombros e ossos do quadril, segundo o estudo publicado na revista Science.

Outros tipos de répteis aquáticos da mesma época Mesozoica deram à luz seus filhotes ao invés de pôr ovos, um comportamento mais vinculado a um estilo de vida mais social, similar ao dos golfinhos, explicaram os especialistas.

"Muitos dos animais vivos hoje em dia, que dão à luz crias grandes e únicas, são sociais e mostram cuidados maternais", acrescentou O'Keefe.

"Especulamos que os plessiossauros podem ter manifestado um comportamento similar, portanto, sua vida social era mais similar à dos golfinhos modernos do que a de outros répteis", emendou.

O fóssil em exibição, que está praticamente completo, com exceção de partes do pescoço e do crânio do adulto, foi descoberto em 1987 por Charles Bonner, em um sítio do condado de Logan Bonner, no Kansas (centro).

A exposição deste espécime fóssil de mãe e filho foi montada sob a supervisão de O'Keefe e Luis Chiappe, outro dos autores do estudo e diretor do Instituto de Dinossauros do Museu de História Natural. 

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 6 de setembro de 2011

OS RÉPTEIS

O nome réptil vem do latim reptare, que significa "rastejar". A Classe dos Répteis compreende as seguintes Ordens: 
  • Rincocéfalos: répteis primitivos e em extinção. exemplo: tuatara (Nova Zelândia).
  • Quelônios: exemplos: tartaruga-de-pente, cágado, jabuti.
  • Squamata (Escamados): 
    • Lacertílios ou Sáurios: exemplos: lagartixa, calango, teiú.
    • Anfisbenídeos: exemplo: cobra-de-duas-cabeças.
    • Ofídios ou Serpentes: exemplos: sucuri, jararaca, cobra-coral.
  • Crocodilianos: exemplo: jacaré-do-papo-amarelo.
Os répteis constituem a primeira classe de animais vertebrados a conquistar definitivamente o meio terrestre; para isso, foi necessário que sofressem uma série de adaptações:

Adaptação
Descrição
Impermeabilização da pele (carapaças, escamas e placas córneas)
para a proteção do animal contra o atrito durante a locomoção e 
para evitar que o ambiente seco, o vento e o sol desidratem o corpo.
Respiração pulmonar
os pulmões são os órgão que possibilitaram aos vertebrados a respiração em ambiente gasoso.
Esqueleto mais forte, sistema muscular mais complexo e sistema nervoso central melhor desenvolvido
o desenvolvimento destes três sistemas possibilita o equilíbrio e a sustentação do animal em ambiente terrestre.
Excreção urinária concentrada
adaptação necessária para evitar a perda de grande quantidade de água, quando o organismo excreta nitrogenados (tóxicos) no sangue; eliminam, principalmente, ácido úrico que é menos tóxico que a amônia e a uréia, sob a forma de cristais insolúveis.
Reprodução com fecundação interna, desenvolvimento direto, ovos com casca e anexos embrionários
a cópula pode ocorrer em ambiente aquoso (jacaré, tartaruga-marinha, etc.) e terrestre (jabuti, etc); os répteis desenvolveram um sistema onde os espermatozóides são introduzidos na fêmea através de um pênis ou de contato entre cloacas. A desova ocorre em ambiente terrestre e os filhotes saem dos ovos com a forma adulta, não passando por estágios intermediários de desenvolvimento.

Os répteis põem menos ovos que os peixes e anfíbios, pois o sucesso reprodutivo é maior. Seus ovos possuem adaptações para o desenvolvimento em ambiente terrestre, as quais diminuem a mortalidade de embriões: os ovos são revestidos por uma casca dura que os protegem da desidratação, possuem estruturas como o âmnio que protege o embrião contra a desidratação, a deformação e contra choques mecânicos e, o alantóide que funciona como um reservatório de substâncias tóxicas produzidas pelo embrião durante sua permanência dentro do ovo.
A maioria dos répteis é ovípara e esconde seus ovos no solo, areia, leito de folhas, buracos em madeira ou paredes onde o calor do ambiente ajuda a incubá-los. Ex: tartaruga-marinha, jacaré e lagartixa. Existem também os répteis ovovivíparos, estes põe ovos quando os filhotes já estão desenvolvidos em seu interior; a eclosão destes ocorre logo após a fêmea botá-los.
São animais ectotérmicos, ou seja, a temperatura interna do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente, e por isso, são mais facilmente encontrados em regiões onde a temperatura mais elevada acelera seu metabolismo. Um exemplo disso é o banho de sol de jacarés às margens dos rios.
            Os répteis constituem o primeiro grupo de vertebrados adaptados a vida em lugares secos da Terra. A pele seca, a córnea e as escamas resistem a perda de umidade do corpo e facilitam a vida em superfícies ásperas. O nome da classe se refere ao modo de locomoção: reptum, que significa rastejar e o estudo dos répteis é chamado de herpetologia (do grego herpeton, réptil).
                   
A História Natural dos Répteis

Durante o Mesozóico ou Idade dos Répteis (Triássico até Cretáceo Superior), foram esses vertebrados que dominaram e ocuparam a maioria dos habitats animais disponíveis, desde semidesertos e planaltos secos através de pântanos e brejos, até o oceano aberto. Variavam bastante de tamanho, estruturas e hábitos. A realização evolucionária dos répteis mais importante foi a de adaptar-se a vida terrestre longe da água. A aquisição de uma pele seca e cornificada para evitar a perda de umidade do corpo e a produção de ovos capazes de se desenvolver na terra foram significantes nessa adaptação. Os pequenos répteis primitivos tinham o corpo e calda delgados e quatro pequenas pernas com cinco dedos. Desta forma generalizada algumas linhas de radiação ou especialização foram:
· Aumento de tamanho, até as enormes proporções dos apatossauros;
· Aquisição de armadura defensiva, incluindo placas na pele ou chifres ou espinhos na cabeça;
· Construção leve, como nos dinossauros, para correr rapidamente com quatro ou duas pernas;
· Adaptação ao vôo, pelo aumento do comprimento das extremidades pares anteriores (e da calda) e desenvolvimento de patágios de pele nos pterodáctilos.
Os répteis do Mesozóico incluíam tanto espécies herbívoras quanto carnívoras. Ninhos de ovos de dinossauro descobertos na Mongólia provam que algumas espécies de répteis antigos punham seus ovos neles, mas os ictiossauros marinhos eram ovovivíparos. 
Restos de répteis fósseis foram encontrados em todos os continentes do mundo menos na Antártida. Ainda há muita especulação para saber o porque do desaparecimento dos dinossauros, sendo a explicação mais plausível é a da mudança de clima que alterou seus habitats e conseqüentemente os próprios répteis. De qualquer maneira, no final do Cretáceo apenas quatro das dezesseis ordens de répteis existentes sobreviveram, o que possibilitou o desenvolvimento dos mamíferos.


Características dos Répteis

Os répteis possuem:

· um corpo coberto com pele seca cornificada (não mucosa) geralmente com escamas ou escudos e possuem poucas glândulas superficiais;
· dois pares de extremidades, cada uma tipicamente com cinco dedos terminando em garras córneas e adaptadas para correr, rastejar ou trepar ; pernas semelhantes a remos nas tartarugas marinhas, reduzidas em alguns lagartos, ausentes em alguns outros lagartos e em todas as cobras;
· Esqueleto completamente ossificado; crânio com um côndilo occipital;
· Coração imperfeitamente dividido em quatro câmaras, duas aurículas e um ventrículo parcialmente dividido (ventrículos separados nos crocodilianos); um par de arcos aórticos; glóbulos vermelhos nucleados, biconvexos e ovais;
· Respiração sempre pulmonar; respiração coaclal em tartarugas marinhas;
· Doze pares de nervos cranianos;
· Temperatura corporal variável (pecilotérmicos), de acordo com o ambiente;
· Fecundação interna, geralmente por órgãos copuladores; ovos grandes, com grandes vitelos, em cascas córneas ou calcárias geralmente postos, mas retidos pela fêmea para o desenvolvimento em alguns lagartos e cobras;
· Segmentação meroblástica; envoltórios embrionários (âmnio, cório, saco vitelino e alantóide) presentes durante o desenvolvimento; filhotes quando eclodem (nascem) assemelham-se aos adultos; sem metamorfose.

Habitats e Adaptações

ONDE VIVEM OS RÉPTEIS

Assim como os anfíbios, os répteis são animais ectotérmicos. Isto significa que eles não produzem boa parte da temperatura de seu corpo, por isso, são dependentes de fontes externas de calor. Por esta razão, eles são muito sensíveis à variações de temperatura, o que faz com que a maior concentração de répteis aconteça em locais próximos aos trópicos e à medida que nos aproximamos dos pólos, encontraremos cada vez menos espécies. 
Todavia, uma espécie bem resistente de lagarto e outra de serpente ocorre acima do círculo ártico, na Escandinávia e em algumas montanhas existem lagartos que se situam nos bancos de neves em suas atividades diárias. Os Tuataras são conhecidos por caçarem pássaros durante a noite, quando a temperatura do ar é de apenas 7ºC, com chuva forte e ventos de 50 nós. Estes exemplos citados são incomuns e existem dois tipos de lugares apenas onde os répteis são realmente abundantes: regiões tropicais e desérticas.
As tartarugas e crocodilos são, na sua maioria, aquáticos, enquanto os lagartos e serpentes são na maior parte terrestres e arborícolas. Existem exceções interessantes: algumas tartarugas não apenas vivem longe da água, mas vivem em regiões desérticas e algumas serpentes marinhas têm uma existência totalmente aquática.


RÉPTEIS TERRESTRES

Pelo fato de que viver na terra é algo muito familiar aos humanos, adaptações para outros locais são sempre consideradas "especiais" e adaptações terrestres são meramente consideradas como normais. No entanto, a vida terrestre impõe condições únicas que requerem modificações na forma e funções muito maiores do que as relacionadas à vida na água ou árvores. O esqueleto necessita ser forte o bastante para suportar o peso do corpo sem o suporte flutuante que a água oferece. A respiração é diferenciada e existe a necessidade de manter o corpo propulsionado ao longo do chão. A habilidade para enxergar à distância também é importante. Pulmões, membros e olhos parecem ser equipamentos padrões para os humanos, porque nós os possuímos e porque a maioria dos animais possuem estruturas similares. No entanto, num contexto totalmente biológico, estas estruturas são adaptações extraordinárias!
Os membros dos répteis são fortemente adaptados ao tipo de ambiente em que eles vivem. Lagartos terrestres que se movimentam rapidamente geralmente possuem patas longas com pés bem desenvolvidos e garras que ajudam na aderência ao solo. Alguns lagartos que possuem patas muito longas, costumam ter a habilidade de correr de maneira bípede, aumentando muito sua velocidade. Estas espécies possuem uma cauda muito longa, que servem para dar equilíbrio durante a corrida do animal.
Serpentes terrestres, totalmente desprovidas de membros, possuem um tipo de adaptação diferente. Elas são capazes de se mover ao longo do solo através de movimentos específicos de seu corpo, aproveitando-se das irregularidades do solo. As escamas grandes e transversais do ventre das serpentes são firmemente presas pelo seu centro, mas possuem as extremidades soltas, sobrepondo-se à escama seguinte. Essas extremidades soltas ajudam na aderência ao solo, prevenindo a derrapagem do animal. Muitas serpentes terrestres são longas e estreitas e possuem caudas compridas. Essas características favorecem o movimento rápido e ágil pelo solo.

RÉPTEIS ARBORÍCOLAS

Viver nas árvores requer uma habilidade para escalar galhos e troncos e ter a habilidade de "saltar" de um galho para o outro. Muitos lagartos que escalam possuem garras afiadas que podem ser "cravadas" nas árvores, auxiliando o movimento do animal. Outros, como os geckos, possuem patas expandidas com uma camada aderente, que permite que eles escalem até mesmo superfícies lisas. A efetividade deste mecanismo fica evidente quando você vê uma lagartixa andando pelo seu teto ou pelos vidros da sua casa. Outros lagartos arborícolas, como os camaleões, possuem os dedos dos pés similares aos dos humanos, ou seja, capazes de agarrar as coisas. Os camaleões também possuem cauda preênsil, que podem servir como um quinto membro.
Em relação às serpentes, a falta de membros fez com que elas passassem por diferentes adaptações. Muitas serpentes arborícolas são exímias escaladores, algumas capazes até mesmo de subir em troncos de árvores totalmente verticais, sem ter que se enrolar em volta dele. Estas serpentes usam as fendas e rachas do tronco para conseguirem se firmar e se impulsionar. As serpentes conhecidas como Vine Snakes são arborícolas e têm este nome por se parecerem muito com uma videira. Elas são longas e finas e têm facilidade de andar pelos galhos das árvores. A aparência deste animal serve como camuflagem, mas também é muito útil no seu processo de locomoção.
Viver em um ambiente com muitas árvores requer grande habilidade em calcular e estimar distâncias. Muitos lagartos e serpentes arborícolas possuem os olhos direcionados para a frente, de tal maneira que ambos os olhos possam ser focados para a frente, possibilitando uma melhor precisão no cálculo de uma distância.
Talvez a mais incomum adaptação de um réptil arborícola seja a habilidade de "voar" ou "planar". Um gênero de lagarto asiático (Draco), possui costelas estendidas, que suportam o excesso de pele que existe nos flancos do animal, formando uma espécie de asa. Caso sejam molestados, estes "lagartos voadores" irão fugir de sua árvore "voando" por uma longa distância, ou para o chão, ou para outra árvore. Podemos encontrar também na Ásia as chamadas "Flying Snakes" ou serpentes voadoras, do gênero Chrysopelea. Ela costuma saltar das árvores e, aplainando seu corpo, pode "planar" e impedir sua queda. Mas não existe nenhum réptil moderno que faça algo comparado ao vôo do extinto Piterodáctilo.

RÉPTEIS SUBTERRÂNEOS

Algumas das modificações que ocorreram nos répteis subterrâneos não são verdadeiras adaptações, mas apenas perda de estruturas que não tinham mais uma função biológica. Por exemplo, em um buraco escuro, onde a cabeça do animal está em contato direto com o solo, os olhos não têm uma função útil, portanto, algumas serpentes e lagartos subterrâneos possuem apenas olhos rudimentares. A falta de membros é também uma conseqüência comum da existência subterrânea. Embora os membros possam ser úteis para escavar, sendo que muitos répteis terrestres usam seus membros para este propósito, eles aumentam a fricção e fazem com que um animal que viva embaixo do solo tenha que cavar muito mais do que não tendo os membros. Por isso, boa parte dos répteis subterrâneos perdeu seus membros ao longo do tempo, ou tiveram os mesmos drasticamente reduzidos.
Em contraste, outras características são adaptações à um estilo de vida subterrâneo. Muitos lagartos e serpentes subterrâneas possuem os ossos do crânio fundidos em uma estrutura sólida e compacta, preparada para suportar fortes impactos. As cobras cegas (família Typhlopidae) possuem ponto afiado em suas caudas, que serve como uma âncora, quando ela impulsiona seu corpo liso e polido através do solo. Os amphisbaenídeos utilizam outra tática: eles possuem ranhuras por todo o corpo que ajudam na tração, facilitando o processo de escavação.
A falta de membros nas serpentes é provavelmente uma herança de seus ancestrais subterrâneos. Acredita-se que as serpentes vieram dos lagartos subterrâneos que possuem membros e olhos reduzidos. Os olhos das serpentes não possuem estruturas presentes na maioria dos vertebrados e parece terem sido desenvolvidos a partir de um rudimentar olho de lagarto. As serpentes modernas jamais recuperaram os membros funcionais e, como indicado anteriormente, esta condição conduziu a adaptação destes animais para ambientes arbóreos a terrestres de maneira diferente da ocorrida com os lagartos.


RÉPTEIS AQUÁTICOS

Os ancestrais terrestres dos répteis modernos impuseram limitações em suas vidas na água. Sendo ovíparas, as fêmeas da maioria das espécies necessitavam ir para a terra para postarem seus ovos; apenas algumas das serpentes marinhas dá a luz à seus filhotes na água e nunca emergem voluntariamente para a terra. A respiração é outro limitante. Todos os répteis aquáticos precisam ir até a superfície periodicamente para respirar, embora alguns sejam capazes de prolongar ao máximo o tempo que ficam submersos. As serpentes marinhas podem ficar submersas por uma ou duas horas, pois podem absorver oxigênio pela sua pele a um nível que as serpentes terrestres não podem. Elas podem mergulhar a até 100 metros de profundidade sem nenhum problema, provavelmente devido à permeabilidade da pele à gases; o excesso de nitrogênio absorvido pelo sangue, sob pressão, pode passar pela pele para o ambiente externo. Para evitar que o ar saia do pulmão, a serpentes marinhas possuem válvulas que fecham as narinas quando o animal está submerso.
As narinas e olhos dos crocodilianos e serpentes aquáticas tendem a ser localizados mais em cima, na parte superior do cabeça. Isto permite que o animal, estando na superfície, fique quase completamente submerso, mas com condições de ver e respirar, enquanto se movimenta.
A locomoção dentro d'água é completamente diferente da locomoção na terra, principalmente pelo fato da pressão que o animal faz com seu corpo ter que ser aplicada contra a água e não contra uma superfície. Os répteis se adaptaram à esta condição de duas maneiras. Aqueles que possuem membros desenvolveram pés como teias ou, no caso das tartarugas marinhas, nadadeiras. Já as serpentes marinhas adaptaram suas caudas, deixando-as com um formato mais achatado. Os crocodilianos e alguns lagartos semi-aquáticos também possuem a cauda achatada, o que aumenta a superfície da cauda em contato com a água, facilitando a movimentação.
O principal problema encontrado pelos répteis marinhos é a salinidade da água. O rim destes animais não pode deparar com uma alta salinidade e a vida no mar só é possível para alguns répteis devido à presença de uma glândula excretora de sal. Algumas serpentes marinhas possuem uma de suas glândulas salivares modificadas em uma glândula excretora de sal. Ela fica localizada debaixo da língua, e o sal é expelido pela pele da língua. Quando a serpente coloca sua língua para fora da boca, o sal é levado de volta para o mar. Outro grupo de serpentes, habitantes de águas salgadas (as Homalopsines), possui uma glândula similar, mas que é localizada na frente do céu da boca do animal. As tartarugas marinhas possuem uma glândula lacrimal modificada que excreta sal dos olhos. 
Já os crocodilos marinhos possuem pequenas glândulas excretoras de sal situadas em baixo da superfície da língua. Muitas iguanas terrestres possuem uma glândula nasal que excreta o excesso de sal presente em sua dieta. A iguana marinha, das Ilhas Galápagos, que costuma mergulhar no mar e se alimentar de algas, possuem esta mesma glândula só que bem mais desenvolvida. O sal é excretado para a passagem nasal e quando o animal está na terra ele espirra, eliminando assim o sal de seu corpo.
Poucos animais são adaptados para se mover sobre superfície da água. Um dos poucos que possui esta habilidade é o lagarto basilisco, da América Central. Eles possuem uma espécie de aba de pele, na lateral dos pés da pata traseira. Esta estrutura é dobrada quando o animal está andando na terra. Quando o animal se sente ameaçado, ele começa a correr de maneira bípede e abra as abas presentes em seus pés, criando uma superfície extra que possibilita que o animal consiga correr sobre a superfície da água. Caso pare de correr, irá afundar, porém são exímios nadadores.


RÉPTEIS EM ILHAS

Algumas ilhas oceânicas remotas geralmente possuem muito poucas espécies de plantas e animais, especialmente aqueles capazes de sobreviver à longas viagens. Certos répteis, como os geckos, são geralmente bem representados, pelo fato de muitas adaptações terem contribuído para o animal estar presente em algumas ilhas e conseguirem se estabilizar nelas.
Muitos lagartos vivem sob pedaços de madeiras flutuantes em algumas praias. A madeira é levada pela maré até longas distâncias, carregando com ela lagartos ou seus ovos. Alguns geckos possuem ovos resistentes ao sal, que são pegajosas quando postados, mas após ficarem secos, aderem fortemente às fendas e rachas nas madeiras flutuantes.
O maior problema que um animal recém chegado à uma ilha encontra é estabelecer uma população. A dispersão pela água é um fenômeno relativamente raro e uma segunda dispersão pode não chegar à uma ilha durante toda a vida de um réptil. Espécies partenogênicas (aquelas em que a fêmea pode postar ovos férteis sem ter sido inseminada por um macho) costumam prosperar com mais sucesso em ilhas isoladas. É muito significante que a uma das características dos geckos encontrados em ilhas seja a partenogênese, sendo que nessas ilhas existem poucos ou nenhum macho.
Talvez o réptil terrestre recordista em dispersão seja a Iguana das Ilhas Fiji e algumas outras ilhas vizinhas, do Pacífico. Seus únicos parentes estão na América do Sul e Central. Certamente, seus ancestrais vieram através do Oceano Pacífico e, uma vez isolados, desenvolveram-se nas espécies que são hoje.

Fonte: http://www.portalbrasil.net/educacao_seresvivos_vertebrados_repteis.htm

domingo, 4 de setembro de 2011

TELEOSSAURO

O Teleossauro cujo o nome significa "último dos répteis", era muito parecido com os atuais gaviais, pois possuía o mesmo focinho fino próprio para pegar peixes e lulas nas encostas marítimas as quais habitavam. As placas ósseas da couraça ficaram menores e mais leves, que consiste numa adaptação ao ambiente marinho. 
 
Dados do Réptil:
 
Nome: Teleossauro
Época: Jurássico
Peso: Cerca de 300 quilos
Tamanho: 4 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

OFTALMOSSAURO

O Oftalmossauro faz parte de um grupo de répteis marinhos chamados ictiossauros, tinha 5 metros  de comprimento e seu corpo hidrodinâmico se assemelhava ao golfinho. Sua mandíbula quase desdentada foi adaptada para pegar calamares e peixes. Tinha os olhos maiores que qualquer vertebrado. Evidências fósseis, globos oculares cercados por um anel de osso que teoricamente daria apoio contra pressão de água, sugerem que eles caçassem em águas escuras e profundas.
Quando foram escavados fósseis de ictiossauro durante o ano de 1820, paleontologistas foram confundidos pelos ossos da cauda deles, que dobrou de bruços. Ictiossauros eram répteis assim foi pensado já que os rabos deles deveriam ser iguais a de lagartos, retos. O mistério foi resolvido quando alguns fósseis de ictiossauro foram achados com impressões da pele e um esboço de um rabo semelhante ao dos golfinhos.
Foram achados outros fósseis de animais adulto que continham esqueletos completos de bebês. Em alguns, os rabos dos bebês estavam fora e as cabeças ainda estavam na barriga da mãe. Isto indica que os ictiossauros ao dar à luz o rabo saia primeiro para que o filhote não se afoga-se e pudessem ir à superfície para respirar. Baleias modernas e golfinhos fazem isto. Mais de cinqüenta esqueletos de ictiossauros fêmea foram achados com embriões dentro. Poderiam nascer de dois a onze filhotes por cria, embora dois à três filhotes pareciam ser mais habitual.
 
Dados do Ictiossauro:
 
Nome: Oftalmossauro
Peso: Cerca de 3 toneladas
Época: Jurássico à de 165 à 150 milhões de anos atrás.
Local em que Viveu: Costas da Europa e América do Sul.
Tamanho: 5 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

SHONISSAURO

O Shonissauro era um ictiossauro " peixe réptil " que viveu há aproximadamente 200 milhões de anos atrás durante o período Triássico no Oeste dos EUA e era um réptil marinho que atingiu proporções gigantescas, podia medir pouco mais de 15 metros de comprimento e estima-se que podia chegar a pesar mais de 40 toneladas, sem duvida foi um dos maiores répteis marinhos que já existiram e só não é o maior ictiossauro conhecido porque recentemente foi encontrado um maior ainda com 23 metros de comprimento no Canadá. O Shonissauro se alimentava de peixes e moluscos nos oceanos triássicos. 

Dados do Ictiossauro:
 
Nome: Shonissauro
Nome Científico: Shonisaurus popularis
Época: Triássico
Local onde viveu: América do Norte
Peso: Cerca de 40 toneladas
Tamanho: 15 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

PLATECARPUS



O Platecarpus é pertencente ao mesmo grupo dos mosassauros e viveu há aproximadamente 68 milhões de anos atrás durante o final do período Cretáceo na América do Norte e Europa, era um predador voraz, caçava desde peixes e moluscos até enormes tartarugas e outros répteis marinhos. 

 



 
Dados do Mosassaurídeo:
 
Nome: Platecarpus
Época : Cretáceo
Local onde viveu: Europa e Américas do Norte
Peso: Cerca de 600 quilos
Tamanho: 4,3 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

NOTHOSSAURO

O Nothossauro provavelmente é um dos ancestrais dos répteis marinhos que surgiram no Jurássico e no Cretáceo, seu corpo não era totalmente adaptado a vida aquática, pois possuía patas com dedos e unhas como um jacaré e sendo um animal marinho esse fato demonstra que ainda permanecia grande parte do tempo fora da água, e deveria caminhar com dificuldade como um leão-marinho. O Nothossauro foi um dos maiores predadores aquáticos de sua época, que é anterior ao surgimento dos ictiossauros, que já possuíam nadadeiras e eram mais adaptados a vida aquática.

Dados do Nothossauro:
 
Nome:
Nothossauro
Nome Científico:
Nothosaurus
Época: Triássico , há 220 milhões de anos atrás.
Tamanho: Cerca de 8 a 9 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora