Estudo diz que animais pré-históricos passavam muito tempo em árvores.
Penas evoluíram para isolamento térmico, exibicionismo e depois para voo.
Novo estudo publicado em 2012 na revista científica "Current Biology" mostra que uma espécie de pássaro pré-histórico e outra de dinossauro alado tinham uma versão bastante primitiva de asas.
A pesquisa liderada por Nicholas Longrich, da Universidade Yale, nos EUA, mostra que esses animais passavam a maior parte do tempo em árvores. Segundo o autor, após analisar fósseis com bastante cuidado, será possível entender como essas espécies evoluíram.
"Isso nos faz repensar a capacidade aérea nas fases iniciais da evolução aviária", disse o coautor Anthony Russell, da Universidade de Calgary, no Canadá. Também contribuiu para o estudo o pesquisador Jakob Vinther, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
O arranjo de penas disposto nas asas dos pássaros atuais teria evoluído em algumas dezenas de milhões de anos, e se mantido estável nos 130 milhões de anos seguintes. De acordo com Longrich, o Archaeopteryx lithographica tinha várias camadas de penas para voos longos. Já o Anchiornis huxleyi apresentava tiras de penas sobrepostas, de forma semelhante a um pinguim.
Detalhe do interior de uma asa de 'Anchiornis | huxleyi' (Foto: Current Biology/Divulgação) |
Esses "elos perdidos" representaram uma transição entre os dinossauros e os pássaros atuais. Lentamente, as asas do Anchiornis e do Archaeopteryx se tornaram mais avançadas, até chegar à versão de hoje.
"Vemos que as penas evoluíram inicialmente para isolamento térmico. Outras mais complexas evoluíram para serem exibidas. Estas acabaram se mostrando excelentes membranas que poderiam ser usadas para locomoção aérea, o que só mais tarde se tornou o que consideramos 'bater voo'", disse Vinther.
Os autores destacam que as asas primitivas trabalhavam como simples aerofólios usados para planar, e talvez fossem movimentadas em alta velocidade. Mas voos em baixa velocidade e decolagens do solo seriam muito mais difíceis ou mesmo impossíveis.
Fonte: G1
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