Páginas

Páginas

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Projeto Tamar registra recorde de tartarugas fêmeas gigantes


Foram marcadas 27 fêmeas no ES, 11 a mais que no ano passado.
'Esse número é o recorde dos recordes', diz oceanógrafo.

O Projeto Tamar registrou recorde no país de tartarugas marinhas gigantes fêmeas (Dermochelys coriacea) encontradas desovando nas praias de Regência, Povoação e Pontal do Ipiranga, no município de Linhares, Norte do Espírito Santo.
Na atual temporada, foram marcadas 27 fêmeas da espécie gigante, 11 a mais do que na última temporada (2011/2012), informou nesta quarta-feira (16) a Petrobras, que desde 1983 é a patrocinadora oficial do Projeto Tamar.
Os dados são da base do Tamar que fica na Reserva Biológica de Comboios, considerada a única área regular de desova desta espécie de tartaruga no Brasil, explicou a Petrobras.
"Há indícios de que os primeiros filhotes desta espécie, protegidos nas temporadas anteriores, já estão voltando para desovar. As fêmeas recém-encontradas são novas e não tinham sido marcadas. Esse número é o recorde dos recordes e estamos falando de uma espécie que está ameaçada de extinção”, explica o oceanógrafo do Projeto Tamar na base de Comboios, Henrique Filgueiras.
Esta é uma das espécies marinhas mais ameaçadas do mundo, segundo a International Union for Conservation of Nature (IUCN), que classifica o risco de extinção das espécies.
Desde 1982, o Tamar monitora e protege os ninhos que são depositados nas praias de Regência e Povoação, em Linhares. Os registros mostram que há 30 anos foram marcadas 15 fêmeas de tartarugas, sendo apenas uma da espécie gigante, ou tartaruga de couro, e 14 da espécie cabeçuda.

Pesquisadores acharam 27 fêmeas da espécie gigante no litoral do Espírito Santo (Foto: Henrique Filgueiras/ Projeto Tamar)

O oceanógrafo explica que janeiro e fevereiro são os meses de nascimento das tartarugas, com a abertura dos ninhos e nascimentos quase todos os dias.
"Entre os meses de outubro e dezembro, acontecem as desovas, e nosso trabalho é monitorar e marcar as fêmeas e os ninhos. Em janeiro e fevereiro, é o pico de nascimento das tartarugas, e nós as monitoramos e as protegemos", explica. 
Em Regência, quando há algum ninho em frente à base com indícios de eclosão dos ovos, a comunidade é avisada e pode acompanhar de perto, junto com a equipe do projeto, a abertura dos ninhos e a ida dos filhotes para o mar.
O Projeto Tamar é referência mundial na preservação de tartarugas marinhas, explica a Petrobras, e desenvolve pesquisas e ações com o objetivo de afastar a ameaça de extinção da espécie.

Fonte: G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário