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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fóssil pré-histórico de 'monstro marinho' é descoberto nos EUA


Réptil predador possuía 8,6 metros de comprimento, diz estudo.
'Thalattoarchon saurophagis' viveu há cerca de 244 milhões de anos.

Uma equipe de cientistas descobriu o fóssil de um grande predador marinho encontrado no deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Batizado de Thalattoarchon saurophagis, o animal pré-histórico possuía 8,6 metros de comprimento, segundo o estudo publicado no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences", na segunda-feira (7).
O "monstro", cujo fóssil possui 244 milhões de anos, representa o primeiro grande predador dos oceanos, de acordo com a paleontóloga Nadia Fröbisch, do Instituto Leibniz para Pesquisa em Evolução e Biodiversidade, localizado em Berlim, na Alemanha.

Ilustração mostra como seria o 'Thalattoarchon saurophagis', grande predador marinho pré-histórico (Foto: Divulgação/Raul Martin/National Geographic Magazine)

O animal é um tipo primitivo de ictiossauro, grupo de répteis marinhos que viveu na mesma época que os dinossauros e que habitou os oceanos por 160 milhões de anos. Além de um grande crânio, o Thalattoarchon saurophagis possuía grandes dentes usados para devorar várias presas, inclusive outros répteis marinhos, no período triássico.

"A descoberta caracteriza uma estrutura nova e mais avançada de ecossistema para a época", disse a paleontóloga ao site do Instituto Leibniz. "O Thalattoarchon nos ajudará a entender melhor a dinâmica de evolução do planeta."
O fóssil foi inicialmente encontrado em 1997, mas escavado apenas em 2008. Agora ele foi totalmente descoberto, recuperado e identificado. Boa parte dos ossos do animal estavam preservados, incluindo o crânio e a coluna vertebral.
Os cientistas afirnam que, apenas 8 milhões antes do surgimento do réptil gigante, uma grande extinção destruiu de 80% a 96% das espécies de animais nos oceanos, no fim do período conhecido como Permiano. O surgimento de um predador como o Thalattoarchon pode significar uma recuperação mais rápida do ecossistema do que o imaginado, diz o estudo.

Fonte: G1

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