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domingo, 22 de julho de 2012

Clima pode reduzir tartarugas no Pacífico em 75% até 2100, diz estudo

Aquecimento global e pesca atingem ovos e filhotes de espécie gigante.
Projeções indicam anos mais quentes e secos na América Central.



Uma nova pesquisa sugere que as mudanças climáticas podem diminuir a população de tartarugas marinhas gigantes no leste do Oceano Pacífico em 75% até o ano de 2100. Os resultados do trabalho aparecem publicados na revista “Nature Climate Change”.

Segundo o estudo, feito na Costa Rica pelas universidades americanas Princeton e Drexel e por institutos e agências governamentais dos EUA, os ovos e filhotes da espécie tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) podem não sobreviver a esse aumento da temperatura.

Além disso, a captura dos animais em operações de pesca é outra grande preocupação.

Tartaruga-de-couro é a maior espécie de tartaruga da natureza e está criticamente ameaçada pelo homem, o que pode piorar ainda mais com as mudanças climáticas no planeta (Foto: Jolene Bertoldi/ZA Photos)

A relação sexual desses répteis e o nascimento de filhotes variam de ano para ano, em resposta às variações climáticas, com menos machos entrando no Pacífico em períodos mais quentes e secos. E as projeções indicam que temporadas assim se tornarão cada vez mais frequentes na América Central ao longo deste século.

As tartarugas fêmeas, que predominam na Costa Rica, ficam mais propensas a voltar às praias para desovar nos anos em ques encontram mais águas-vivas para comer. E esses celenterados são provavelmente mais abundantes no leste do Pacífico durante as estações mais frias.

Por essa razão, os ovos e filhotes de tartarugas sobrevivem mais nas estações frias e chuvosas, que estão associadas ao fenômeno La Niña, que resfria as água do Pacífico.


População de tartarugas em praia da Costa Rica é predominantemente feminina, e os machos costumam se juntar a suas parceiras nas estações mais frias e chuvosas (Foto: US Fish and Wildlife Service Southeast)

Segundo o professor James Spotila, de Drexel, em 1990 havia cerca de 1.500 tartarugas na Praia Grande da Costa Rica, contra 30 a 40 fêmeas atualmente. Spotila tem estudado o comportamento dos quelônios há 22 anos.

Fonte: G1

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