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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Grande dinossauro predador viveu na Patagônia argentina, constata artigo

EFE

Londres, 22 mai (EFE).- Um dinossauro carnívoro da família dos abelisaurus, com crânio alongado e poderosa mandíbula, foi um dos maiores predadores do período Jurássico na Patagônia, segundo um artigo de pesquisadores argentinos publicado nesta terça-feira.



A revista "Proceedings of the Royal Society B" descreve as características deste grande carnívoro, batizado de "Eoabelisaurus mefi", uma nova espécie pertencente à família dos abelisaurus.

O esqueleto quase completo de um exemplar adulto foi achado na província patagônica de Chubut (Argentina) durante duas escavações realizadas em janeiro de 2009 e fevereiro de 2010 por uma equipe de pesquisadores argentinos.

Os fósseis mais antigos da família dos abelisaurus datavam do fim do período Cretáceo, entre 80 milhões e 83 milhões de anos atrás, e foram localizados na América do Sul e na África.

No entanto, o esqueleto desta nova espécie indica que ela viveu no Jurássico Médio e povoou a Patagônia argentina pelo menos 40 milhões de anos antes do que os paleontólogos acreditavam até agora.

Este dinossauro podia medir até 6,5 metros e possuía um crânio curto e alongado e uma mandíbula muito potente, traços que o transformaram em um dos maiores predadores do Jurássico na América do Sul.

Tinha quatro patas, embora as duas dianteiras tenham evoluído e seu tamanho fosse "extremamente pequeno", ressalta em seu artigo o paleontólogo Diego Pol, pesquisador do Museu Egídio Feruglio (MEF) da Argentina.

A descoberta deste exemplar permitiu descobrir que os abelisaurus povoavam Gondwana - grande bloco continental do qual se cindiram América do Sul, África, Austrália, Índia, Madagáscar e Antártida - antes de sua divisão em vários continentes.

Alguns exemplares de abelisaurus - também conhecidos com o nome de "lagartos de Abel" em homenagem a seu primeiro descobridor - chegaram a viver no Hemisfério Norte, mas em quantidade reduzida, ao contrário da América do Sul, onde tiveram uma explosão demográfica.

Esta diferença ocorreu, segundo os especialistas argentinos, devido à existência de um grande deserto que impediu seu acesso a terras mais setentrionais.

Nos últimos anos, a Patagônia argentina, e especificamente as regiões de Chubut e Neuquén, se transformaram no epicentro de descobertas de fósseis de dinossauros e répteis alados que viveram há milhões de anos.

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