Diante da impossibilidade de enfiar termômetros no sovaco dos maiores bichos terrestres de todos os tempos, pesquisadores tiveram de se contentar com dentes fósseis.
Foi o suficiente para determinar que dinos herbívoros tinham a mesma temperatura corporal que a maioria dos mamíferos de hoje, na faixa que vai de 36 graus Celsius a 38 graus Celsius.
A pesquisa, coordenada por Robert Eagle, do Caltech (Instituto da Tecnologia da Califórnia), sairá numa edição futura da revista especializada americana "Science".
Se os cientistas estiverem corretos, trata-se de mais uma evidência em favor da visão de que os dinossauros regulavam cuidadosamente seu metabolismo e sua temperatura corporal, tal como animais modernos considerados mais "avançados".
QUENTURA
A dúvida sobre a temperatura das criaturas é ainda mais espinhosa quando falamos do grupo estudado na nova pesquisa: os saurópodes, pescoçudos quadrúpedes e de rabo comprido que podiam alcançar dezenas de metros de comprimento e mais de cem toneladas.
Animais desse tamanho são, em certo sentido, grandes demais para esfriar. Em tese, não teriam como perder calor com rapidez suficiente para o ar, porque o volume interno dos bichos é proporcionalmente gigante em relação à superfície de seu corpo.
Por isso, modelos usados para prever como seria o organismo de saurópodes se eles tivessem sangue quente chegaram a indicar que a temperatura média dos monstros seria bem superior a 40 graus Celsius.
Os dentes dos bichos, porém, estão trazendo mais objetividade ao debate. A equipe do Caltech analisou a dentição de pescoçudos dos gêneros Camarasaurus e Brachiosaurus, com idades entre 150 milhões de anos.
A chave da análise são formas mais pesadas dos elementos químicos carbono e oxigênio, presentes nos minerais dos dentes dos bichos.
As ligações entre esses elementos "pesadões" são proporcionais à temperatura em que o dente foi formado: quanto mais quente, menos ligações aparecem.
E o importante é que essa contagem de ligações químicas fornece uma estimativa bastante precisa de temperatura, com margem de erro que mal chega a dois graus Celsius.
O "número mágico" de 36 graus Celsius, muito parecido com a temperatura normal de humanos e outros mamíferos, está bem acima do calor corporal de répteis atuais.
É mais um motivo para rever o estereótipo dos dinossauros como apenas lagartos supercrescidos. A semelhança com os répteis atuais é, muitas vezes, superficial.
Foi o suficiente para determinar que dinos herbívoros tinham a mesma temperatura corporal que a maioria dos mamíferos de hoje, na faixa que vai de 36 graus Celsius a 38 graus Celsius.
A pesquisa, coordenada por Robert Eagle, do Caltech (Instituto da Tecnologia da Califórnia), sairá numa edição futura da revista especializada americana "Science".
Se os cientistas estiverem corretos, trata-se de mais uma evidência em favor da visão de que os dinossauros regulavam cuidadosamente seu metabolismo e sua temperatura corporal, tal como animais modernos considerados mais "avançados".
QUENTURA
A dúvida sobre a temperatura das criaturas é ainda mais espinhosa quando falamos do grupo estudado na nova pesquisa: os saurópodes, pescoçudos quadrúpedes e de rabo comprido que podiam alcançar dezenas de metros de comprimento e mais de cem toneladas.
Animais desse tamanho são, em certo sentido, grandes demais para esfriar. Em tese, não teriam como perder calor com rapidez suficiente para o ar, porque o volume interno dos bichos é proporcionalmente gigante em relação à superfície de seu corpo.
Por isso, modelos usados para prever como seria o organismo de saurópodes se eles tivessem sangue quente chegaram a indicar que a temperatura média dos monstros seria bem superior a 40 graus Celsius.
Os dentes dos bichos, porém, estão trazendo mais objetividade ao debate. A equipe do Caltech analisou a dentição de pescoçudos dos gêneros Camarasaurus e Brachiosaurus, com idades entre 150 milhões de anos.
A chave da análise são formas mais pesadas dos elementos químicos carbono e oxigênio, presentes nos minerais dos dentes dos bichos.
As ligações entre esses elementos "pesadões" são proporcionais à temperatura em que o dente foi formado: quanto mais quente, menos ligações aparecem.
E o importante é que essa contagem de ligações químicas fornece uma estimativa bastante precisa de temperatura, com margem de erro que mal chega a dois graus Celsius.
O "número mágico" de 36 graus Celsius, muito parecido com a temperatura normal de humanos e outros mamíferos, está bem acima do calor corporal de répteis atuais.
É mais um motivo para rever o estereótipo dos dinossauros como apenas lagartos supercrescidos. A semelhança com os répteis atuais é, muitas vezes, superficial.
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