sexta-feira, 24 de julho de 2015

Artigo da 'Science' descreve fóssil de cobra com patas encontrado no Brasil

Nova espécie viveu há mais de 120 milhões de anos onde hoje é o Brasil.
A peça é originária da Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará.



Eduardo Carvalho Do G1, em São Paulo

Fóssil de espécie de cobra com patas que foi descoberto na Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará (Foto: Reprodução/Science)
 
A revista “Science” desta quinta-feira (23) descreve o fóssil de uma nova espécie de cobra que tinha quatro patas e viveu no Brasil há mais de 120 milhões de anos.

Segundo os estudiosos, a peça é originária da Formação Crato, na Bacia do Araripe, no Ceará. A peça encontra-se na Alemanha.

A descrição foi publicada em artigo assinado por David M. Martill, paleontólogo da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, Helmut Tischlinger e Nicholas Longrich.

O material apresenta a espécie Tetrapodophis amplectus, uma cobra de quatro patas que teria vivido no território onde atualmente fica o Brasil quando ainda existia o supercontinente Gondwana, integrante da parte sul da Pangea.

Evolução
Ilustração mostra como seria a espécie Tetrapodophis, descoberta por paleontólogos na região da Formação Crato (Foto: Reprodução/Science/Julius Cstonyu)
 
A ciência atual não tem dúvida de que lagartos e cobras, em termos de evolução, são espécies muito próximas.

O que se tinha comprovado até então é que, com o passar do tempo, os lagartos evoluíram para lagartos com corpo de serpente e patas, e, posteriormente, para serpentes. Agora, o fóssil traz à luz uma peça desta evolução: as cobras com patas.

“É o primeiro fóssil de cobra com quatro patas e cinco dedos. Isso muda a história evolutiva das cobras. Conhecia-se apenas três estágios e agora, eles são quatro”, explica Álamo Feitosa, diretor científico do Geopark Araripe.

O Geopark Araripe tem uma área de 3,7 mil km² e abrange seis cidades cearenses. A região era considerada área de proteção ambiental desde 1997 e, em 2006, foi integrado à Rede Mundial de Geoparques, iniciativa da Unesco, agência da ONU para educação, ciência e cultura, com a União Internacional de Ciências Geológicas.

O objetivo dos geoparques é preservar áreas naturais que tenham um rico valor geológico e paleontológico.

Fonte: G1  

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pesquisadores encontram fósseis com sangue de dinossauro

Uma equipe de pesquisadores da Imperial College, em Londres, liderada pelo Dr. Sergio Bertazzo, fez uma descoberta insólita e inédita. Trata-se de uma série de fragmentos biológicos (células de sangue e proteína fibrosa) de dinossauro. A revelação é resultado do estudo dos restos fósseis de 75 milhões de anos idade encontrados na província de Alberta, no Canadá. 


A descoberta é verdadeiramente estranha e incomum, uma vez que os fósseis com essa idade costumam conservar apenas materiais duros, como os ossos e, muito raramente, tecidos suaves, como aconteceu dessa vez. Apesar do mau estado de conservação dos fósseis, os pesquisadores puderam estudar o material encontrado e seus resultados sem dúvida contribuirão para o estudo das relações entre diferentes tipos de dinossauros, o aprofundamento de sua fisiologia e a reconstituição do caminho evolutivo que os levou a se transformarem em animais de sangue quente.

Essa grande revelação sugere uma reavaliação das ideias atuais sobre o processo de fossilização. Informações valiosíssimas podem estar passando despercebidas pelo fato de os pesquisadores não procurarem sangue ou tecidos suaves nos fósseis, por pior que seja sua conservação.

Fonte: RT

Crédito da foto: Steffen Foerster/Shutterstock

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cientistas descobrem na China o maior dinossauro com asas do mundo

Primo do velociraptor, aquele dos filmes de 'Jurassic Park', o 'Zhenyuanlong suni' viveu há 125 milhões de anos e era coberto por plumas coloridas


As penas do novo dinossauro provavelmente funcionavam com propósitos sexuais, para atrair os pares para o acasalamento(Chuang Zhao/Divulgação)

Paleontologistas que trabalhavam na China descobriram o fóssil do maior dinossauro com asas do mundo. O Zhenyuanlong suni viveu há 125 milhões de anos e é um "primo" do velociraptor, famoso por ser um dos principais dinossauros nas histórias dos filmes Jurassic Park e Jurassic World. Seu corpo, com aproximadamente dois metros de comprimento, era coberto de plumas coloridas - assim como os últimos estudos científicos demonstram ser o velociraptor.

Os fósseis do novo dinossauro foram encontrados durante uma expedição na parte ocidental da província de Liaoning, nordeste chinês, região rica em vestígios de dinossauros com penas. O estudo com a descrição completa da nova espécie foi publicado no periódico Scientific Reports.

Segundo os cientistas, as asas do predador não eram usadas para voo por serem muito curtas. Provavelmente funcionavam para propósitos sexuais, pois as cores das penas deveriam atrair os pares (como os pavões de hoje usam sua bela cauda).

Um dos autores do estudo, Junchang Lu, do Instituto de Geologia da Academia Chinesa de Ciências Geológicas, conta que foi surpreendido por encontrar um fóssil de uma espécie ainda desconhecida na região. A parte ocidental da província de Liaoning foi o local onde as primeiras espécies de dinossauros com penas foram achadas, na década de 1990. "Descobrir o Zhenyuanlong suni indica que há uma diversidade ainda maior de dinossauros emplumados do que pensávamos", concluiu Junchang Lu.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/cientistas-descobrem-na-china-o-maior-dinossauro-com-asas-do-mundo

terça-feira, 14 de julho de 2015

Presas do maior dinossauro carnívoro do Japão são descobertas em Nagasaki



Dentes fossilizados de dinossauro encontrados em Nagasaki

Paleontólogos japoneses encontraram em Nagasaki, no sul do Japão, duas presas fossilizadas pertencentes ao maior dinossauro carnívoro já descoberto no país asiático, anunciou nesta terça-feira (14) o Museu de Dinossauros de Fukui, no leste do país.

Os fósseis se encontravam em uma camada de terra de aproximadamente 81 milhões de anos, por isso sua datação corresponde ao período Cretáceo Superior, o último no qual viveram a maioria dos grupos de dinossauros.

Acredita-se que as duas presas pertenciam a um dinossauro de aproximadamente dez metros de comprimento, e se trata da primeira descoberta no Japão de um exemplar da família dos tiranossaurídeos (Tyrannosauridae).

As presas foram encontradas em 2014 em uma área de Nagasaki onde também foram encontrados antes outros fósseis, que ainda precisam ser identificados, por isso os especialistas consideram que a área "foi habitat de várias espécies de dinossauros", revelou o responsável pela descoberta, Kazunori Miyata, em entrevista à agência local "Kyodo".

As presas fossilizadas, de cerca de 8 centímetros de comprimento e quase 3 centímetros de espessura, faziam parte da mandíbula inferior do dinossauro, e serão exibidas no Museu de Dinossauros de Fukui a partir de sexta-feira.

Os especialistas consideram que a descoberta permitirá refinar a classificação das espécies de dinossauros que existiram na Ásia e a estimativa de seus tamanhos, em um continente onde foram poucas as descobertas de fósseis pertencentes a grandes carnívoros do Cretáceo.

Os tiranossaurídeos existiram nos continentes americano e asiático entre 83 e 66 milhões de anos atrás e suas diferentes subespécies podiam atingir de cinco a até dez metros de comprimento. 
 
Fonte: EFE

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Dinossauro astro de 'Jurassic Park' teria penas e asas, aponta estudo

Cientistas fizeram reconstrução de parente do velociraptor.
Fóssil descoberto na China é de maior dinossauro com asas descoberto.

Da France Presse

Imaginado por cineastas como um animal de altura mediana, parecido com lagartos verdes e devoradores de homens, o velociraptor era, provavelmente, bem menor e dotado com asas, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (16).

Ilustração mostra como seria o dinossauro Zhenyuanlong suni, 'primo' do velociraptor, astro de 'Jurassic Park'
(Foto: Chuang Zhao/Divulgação)

A pesquisa de um primo do velociraptor recém-descoberto, que recebeu o nome de Zhenyuanlong suni, revelou que esses animais extintos provavelmente tinham grandes asas e eram cobertos de penas, de acordo com a pesquisa, que foi publicada na revista "Scientific Reports".

"O verdadeiro velociraptor não era um monstro escamoso verde como em 'Jurassic Park'", diz Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo, à AFP.

"O verdadeiro velociraptor parecia com o Zhenyuanlong: um assassino com penas e assas".
Brusatte e sua equipe fizeram uma reconstrução fóssil do Zhenyuanlong, um dos parentes mais próximos do velociraptor, que viveu na província de Liaoning, no nordeste da China, cerca de 125 milhões de anos atrás.

Trata-se do maior dinossauro com asas descoberto até hoje.

Esqueleto bem preservado do dinossauro Zhenyuanlong suni, descoberto na China
(Foto: Junchang Lü/Divulgação)

O Zhenyuanlong tinha cerca de dois metros de comprimento do focinho à cauda, pesava cerca de 20 quilos e era carnívoro.

"O Zhenyuanlong é um dinossauro que se parece muito com um pássaro", afirmou Brusatte por e-mail à AFP - para além das garras afiadas em suas asas e uma boca cheia de dentes.

O fóssil chinês está tão bem preservado que se pode ver claramente diferentes tipos de penas, incluindo plumas semelhantes a pêlos e grandes penas nos braços.

O Zhenyuanlong teria tido "penas densas" em suas asas e cauda, de acordo com a análise da equipe de cientistas.

"Isso levanta realmente um grande mistério: por que tal animal tinha asas?"
Provavelmente tais asas não serviam para o voo: o Zhenyuanlong era muito grande e seus braços muito curtos para permitir que levantasse voo.

A equipe especula que as asas eram utilizadas para exibição ou para proteger seus ovos no ninho.

"E, talvez, isso signifique que inicialmente as asas nem sequer evoluíssem para o voo, mas para outra função!", afirma Brusatte.

"Alguns anos atrás, acredito que a maioria dos paleontólogos diria que as grandes penas e asas evoluíram para o voo. Mas agora não tenho certeza".

Steve Brusatte e Junchang Lü posam ao lado de fóssil do dinossauro Zhenyuanlong suni, da China
(Foto: Martin Kundrat/G1)

Os cientistas já haviam observado pontos de fixação de pena nos braços dos fósseis de velociraptor, mas sem penas reais - o que não permitia saber o tipo ou tamanho das plumas que tinham, ou para que finalidade serviam.

"Tivemos sorte com Zhenyuanlong. Ele foi encontrado em uma área onde vulcões enterraram os dinossauros, preservando detalhes de suas penas", disse Brusatte.

"O Zhenyuanlong nos aponta como as penas de velociraptor provavelmente se pareciam... Ele teria penas como as do Zhenyuanlong e até mesmo grandes asas nos braços", afirma.
"Ele também seria muito menor do que os reconstruídos nos filmes".

"Um velociraptor real era um pouco menor do que o Zhenyuanlong", acrescenta Brusatte. "Teria o tamanho de um cachorro poodle!", garante.

Os paleontólogos acreditam que os primeiros pássaros apareceram há 150 milhões de anos e eram descendentes de pequenos dinossauros emplumados.

Fonte: G1

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Conheça o novo dinossauro chifrudo descoberto no Canadá

O 'Wendiceratops pinhornensis', que viveu há cerca de 80 milhões de anos, tem a face coberta de chifres e é um dos mais antigos membros de seu gênero 
 
Reconstrução do Wendiceratops pinhornensis, um dos mais impressionantes dinossauros chifrudos já descobertos(Danielle Dufault/Reprodução)

Um grupo de cientistas apresentou nesta quarta-feira um novo dinossauro chifrudo, descoberto em Alberta, no Canadá. A espécie Wendiceratops pinhornensis é da mesma família do famoso Triceratops, mas tinha a face coberta de chifres. Com aproximadamente 6 metros, ele pesava mais de uma tonelada e, com 80 milhões de anos, é o mais antigo fóssil de seu grupo já encontrado pelo homem. A descrição do dinossauro foi feita por especialistas do Museu Real de Ontário, no Canada, e do Museu de História Natural de Cleveland, nos Estados Unidos, e publicada no site Plos one.

"O novo dinossauro nos ajuda a compreender o início da evolução da ornamentação do crânio em um grupo de dinossauros caracterizados por faces com chifres. Sua cabeça é rodeada por numerosos chifres curvos, o nariz tinha um grande chifre vertical e tudo indica que ele tinha chifres ao redor dos olhos também. É um dos mais impressionantes dinossauros já descobertos", diz o palentologo David Evans, um dos autores do estudo.

O grande chifre próximo ao nariz, embora representado por amostras fragmentadas, pode representar a primeira ocorrência dessa característica entre o grupo Ceratopsia, à qual pertencem esses dinossauros. De acordo com os pesquisadores, os 200 ossos encontrados no sítio arqueológico eram de pelo menos quatro indivíduos da nova espécie, um jovem e três adultos. Segundo o artigo, a grande diversidade nessa pequena ordem de animais pode estar associada à "radiação adaptativa", fenômeno evolutivo associado à formação de várias espécies em curto espaço de tempo, a partir de uma mesma linhagem ancestral.

Wendiceratops foi o nome escolhido em homenagem ao caçador de fósseis Alberta Wendy Sloboda, que descobriu o sítio arqueológico onde os fósseis foram encontrados.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/conheca-o-novo-dinossauro-chifrudo-descoberto-no-canada