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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Jacaré de 3,6 m era mantido como 'guarda' e alimentado com gatos

Americanos chamaram a polícia após descobrirem animal em terreno.
Réptil de 181 kg estava amarrado a árvore próxima a apartamentos.

Na cidade de Tampa, na Flórida (EUA), policiais e agentes da FWC (sigla em inglês para a Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida) ficaram impressionados ao encontrarem um aligátor (conhecido como jacaré-americano) de 3,6 m de comprimento, amarrado à uma árvore como se fosse um animal de estimação.
De acordo com o jornal “The Tampa Tribune”, a polícia foi chamada por moradores que viram o réptil enorme em um terreno próximo a um complexo de apartamentos, com uma corda no corpo e amarrada em uma árvore, como se fosse um animal de estimação.
Os oficiais afirmam também que o animal pesava 181 kg estava saudável e bem alimentado, e que pessoas não identificadas estariam dando gatos da vizinhança como comida para o animal. “Quando um animal selvagem é alimentado, ele perde o medo de humanos e os associa a comida, o que é perigoso”, explicou o oficial da FWC Baryl Martin.
Foi necessário, no entanto, abater o animal, já que ele era muito grande e perigoso e, de acordo com uma lei estadual, jacarés não podem ser realocados para muito longe de onde foram encontrados.

Animal de 3,6 m estava sendo mantido como animal de estimação e era alimentado por gatos (Foto: Divulgação/Florida Fish and Wildlife Conservation Commission)

Fonte: G1

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tubarões sobreviveram à Grande Extinção por 120 milhões de anos


Uma linhagem de pequenos tubarões pré-históricos, que acreditava-se que tivesse desaparecido na Grande Extinção de 250 milhões de anos atrás, na verdade viveu outros 120 milhões de anos, afirmaram cientistas nesta terça-feira (29) que encontraram amostras fósseis dos minúsculos dentes.

A estranha criatura - que não tinha mais que 30 centímetros de comprimento e, provavelmente, ostentava uma protusão similar a um gancho no lugar da barbatana dorsal - pode ter sobrevivido à calamidade escondendo-se em mares profundos, escreveram os pesquisadores em artigo publicado no periódico Nature Communications.

A pior extinção em massa que o planeta viveu acabou com 95% das espécies marinhas e 70% das terrestres no final do período Permiano, quando se acredita que a Terra tivesse um único continente cercado por um único oceano.

Entre as explicações para a catástrofe estão o impacto de um asteroide que sufocou o planeta em uma nuvem de poeira que ocultou o Sol e fez a vegetação secar ou um período de intensa atividade vulcânica que causou uma mistura letal de chuva ácida e aquecimento global.

Entre as criaturas que se acredita terem desaparecido nesse evento estavam os tubarões com dentição cladodonte, parentes distantes dos tubarões modernos, que tinham mandíbulas com várias fileiras de dentes minúsculos e afiados.



Mas agora, uma equipe de cientistas do Museu Natural de Genebra e da Universidade de Montpellier, na França, encontrou seis dentes desse tipo, que datam do período Cretáceo inferior em sedimentos, perto da cidade dessa cidade do Sul francês. Essa área pode ter ficado submersa durante esse período da história do planeta.

Os dentes, com menos de 2 milímetros, eram de diferentes espécies do tipo cladodontes, agora extintos, que viveram há 135 milhões de anos atrás.

"Nossas descobertas mostram que esta linhagem sobreviveu a extinções em massa, mais provavelmente, por buscar refúgio no fundo do mar durante eventos catastróficos", destacou o estudo.

Fonte: UOL

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Descoberto ornitorrinco gigante

Cientistas acham restos de ornitorrinco carnívoro extinto há milhões de anos

Um grupo de cientistas achou em uma remota zona do norte da Austrália os restos de um ornitorrinco carnívoro de um metro de comprimento, a espécie de maior tamanho descoberta até o momento, informaram nesta terça-feira fontes acadêmicas.


Os restos do animal, batizado como "Obdurodon tharalkooschild", foram identificados a partir de dentes encontrados na jazida Riversleigh, uma área considerada como Patrimônio da Humanidade por sua riqueza paleontológica.

Os restos fósseis não foram datados, mas acredita-se que estes têm entre 5 e 15 milhões de anos de antiguidade, segundo um comunicado da Universidade de Nova Gales do Sul.

A descoberta, publicada na revista científica "Journal os Vertebrate Paleontology", foi realizada por Rebecca Pian, que aspira um doutorado na Universidade de Columbia, junto a Mike Archer e Suzanne Hand, ambos da universidade australiana.

Segundo os cálculos dos restos fósseis, a espécie extinta tinha o dobro do tamanho dos ornitorrincos modernos.

Além disso, ao contrário de seus descendentes, os ornitorrincos pré-históricos tinham dentes funcionais que acredita-se que foram utilizados para matar e consumir uma grande gama de animais.

"Da mesma forma que outros ornitorrincos, provavelmente era um mamífero principalmente aquático que vivia ao redor das fontes de água doce das florestas que cobriram a área de Riversleigh há milhões de anos", expôs Hand.

A cientista acrescentou que os "Obdurodon tharalkooschild" eram ornitorrincos com dentes muito desenvolvidos que provavelmente se alimentavam de caranguejos de rio e outros crustáceos de água doce, assim como pequenos vertebrados como rãs ou tartarugas pequenas.

Além disso, a descoberta desta nova espécie supôs uma grande surpresa porque os fósseis de ornitorrincos achados há pouco sugeriam que sua evolução era linear e agora se coloca uma ramificação na árvore genealógica desta espécie.

Os anteriores descobrimentos paleontológicos realizados no planeta registram a existência de um ornitorrinco dentado, o "Monotrematum sudamericanum" que povoou América do Sul há 61 milhões de anos", enquanto a espécie mais antiga achada na Austrália era o "Obdurodon insignis", um exemplar dentado menor que povoou o centro do país oceânico há 26 milhões de anos.

Outros restos fósseis achados em Riversleigh, o "Obdurodon dicksoni", era um pouco maior que o "Obdurodon insignis" e habitou a zona há mais de 15 milhões de anos.

Mas com o novo descobrimento, os cientistas se deram conta que um galho desta árvore estava composta por ornitorrincos gigantes, segundo Archer.

O nome "Obdurodon" é derivado do grego dente durável e foi dado para distinguir as espécies de ornitorrincos dentados das espécies modernas, segundo o comunicado da Universidade de Nova Gales do Sul.

"Tharalkooschild" é um nome que honra um mito aborígine sobre a origem dos ornitorrincos que relata a existência de um pato fêmea chamada "Tharalkoo", cujos pais lhe proibiram de nadar rio abaixo por temor do rato aquático "Bigoon".

Mas "Tharalkoo" desobedeceu e foi estuprada pelo rato e ao retornar para sua família, ao invés de dar a luz a patos, saíram os primeiros ornitorrincos.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Editorial: Comportamento animal

O uso de animais em experimentos científicos é um tema de debate público que pode ser facilmente enredado numa polarização estéril.

Num extremo se aglutina o radicalismo sentimental dos que reputam defensável violar leis e propriedades para "salvar" animais de alegados maus-tratos. No outro, o pragmatismo míope dos que tomam o avanço da pesquisa como um valor superior a justificar qualquer forma de sofrimento animal.

O acirramento se repetiu em diversos países e, como no Brasil, o debate se desencaminhou --estão aí, para prová-lo, a invasão de um biotério em São Roque (SP) e a legião de apoiadores que encontrou.

Não se chegou aqui, ainda, ao paroxismo alcançado no Reino Unido em 2004, quando a Frente de Libertação Animal impediu, com ameaças e ataques, a construção de centros de testes com animais em Oxford e Cambridge.

Faz muito, entretanto, que a discussão se emancipou do extremismo irracional. Pesquisadores são grandes interessados em diminuir o uso de animais, porque isso custa caro e expõe seus estudos a questionamentos éticos.

Em alguns casos, porém, tal recurso ainda é inevitável, como testes de carcinogenicidade (capacidade de provocar tumores). Banir todas as cobaias implicaria impedir testes de segurança em novos produtos, muitos dos quais criados para aliviar o sofrimento humano.

É inescapável, assim, render-se a uma hierarquia de valores entre as espécies: uma vida humana vale mais que a de um cão, que vale mais que a de um rato. Os próprios invasores do instituto em São Roque, aliás, resgataram 178 cães e deixaram os roedores para trás.

Isso não significa autorizar cientistas a atormentar, mutilar ou sacrificar quantos animais quiserem. A tendência civilizatória tem sido submetê-los ao que ficou conhecido, em inglês, como a regra dos três Rs: "replacement" (substituição), "reduction" (redução) e "refinement" (aperfeiçoamento).

Em primeiro lugar, trata-se de encontrar substitutos. Muito progresso se fez com sistemas "in vitro", como o cultivo de tecidos vivos para testar substâncias potencialmente tóxicas. Depois, quando os animais são imprescindíveis, cabe reduzir ao mínimo o número de espécimes. O terceiro imperativo é refinar métodos para prevenir sofrimento desnecessário.

São os princípios que governam várias leis nacionais sobre a questão, como a de número 11.794/2008 no Brasil. Numa democracia viva, como a nossa, há caminhos institucionais tanto para cumpri-la quanto para modificá-la, e invasões tresloucadas não se encontram entre os admissíveis.

Fonte: Folha de São Paulo

Homem evolui mais devagar que macaco, diz estudo

RAFAEL GARCIA
DE SÃO PAULO

A comparação da atividade genética de humanos com a de chimpanzés sugere que o Homo sapiens está evoluindo de forma mais lenta que os macacos. A descoberta foi feita por cientistas que investigam por que o homem e seu primo mais próximo são tão diferentes, apesar de terem 98% do DNA idêntico.

O segredo das diferenças físicas e comportamentais está em quais genes são de fato ativos em cada espécie. Analisando células embrionárias, a brasileira Carolina Marchetto, do Instituto Salk, de San Diego (EUA), descobriu mecanismos que freiam a taxa de transformação genética da espécie humana.

A descoberta favorece a hipótese de que o advento da cultura desacelerou a evolução biológica: uma vez que humanos se adaptam a distintos ambientes usando o conhecimento, nossa espécie não depende mais tanto de variação genética para evoluir e sobreviver a mudanças.

Já os macacos, mamíferos de cognição mais limitada, precisam que seu DNA evolua de forma rápida para sobreviver a mudanças: eles não têm como compensar a falta de características inatas necessárias usando apenas conhecimento e tecnologia.

Mas o DNA humano também não carece de evoluir? "Não sabemos o que estamos pagando por isso em termos de adaptação, mas por enquanto funciona de forma eficiente", diz Marchetto.

O trabalho da cientista, descrito hoje na revista "Nature", ajuda a explicar o mistério da maior diversidade do DNA símio. Um leigo pode achar que todos os chimpanzés são iguais, mas uma só colônia selvagem desses macacos na África tem mais variabilidade genética do que toda a humanidade.



O PULO DO GENE

Segundo o estudo de Marcheto, a maior variabilidade genética dos macacos tem a ver com os chamados transpósons, genes que saltam de um lugar para outro dos cromossomos. Nesse processo, os transpósons reorganizam o genoma, ativando alguns genes e desativando outros.

Esses "genes saltadores" são bastante ativos em chimpanzés e bonobos (macacos igualmente próximos da linhagem humana). Em humanos, o transpóson é suprimido por dois outros genes que são ativados em abundância e inibem o "pulo" genético.

Chimpanzés, de certa forma, precisam de transpósons. Com ferramentas rudimentares e sem linguagem para transmitir conhecimento, eles têm de oferecer maior variabilidade genética à seleção natural para que ela os torne mais bem adaptados, caso o ambiente se altere.

A pesquisa de Marchetto só foi possível porque seu o laboratório no Salk, liderado pelo biólogo Fred Gage, domina a técnica de reverter células ao estágio embrionário.

O material usado na pesquisa foi extraído da pele de macacos e pessoas, pois há uma série de limitações para o uso de embriões em experimentos científicos.

Revertido ao estágio de "células pluripotentes induzidas", o tecido cutâneo se comporta como embrião, e é possível investigar a biologia molecular dos estágios iniciais do desenvolvimento, quando o surgimento de diversidade genética tem consequências futuras.

"Uma das coisas especiais do nosso estudo é que a reprogramação de células de chimpanzés e bonobos nos dá um modelo para começar a estudar questões evolutivas que antes não tínhamos como abordar", diz Marchetto.

RUMO AO CÉREBRO

As diferenças de ativação de genes entre humanos e chimpanzés, explica, não se restringem a células embrionárias. A ideia de Marcheto e de seus colegas agora é transformar essas células em neurônios, por exemplo, para entender como a biologia molecular de ambos se altera durante a formação do cérebro.

Fonte: Folha de São Paulo

Estudante americano acha fóssil de bebê dinossauro superconservado

GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Um estudante de ensino médio dos Estados Unidos encontrou por acaso o fóssil de um bebê dinossauro superconservado, que se tornou nesta semana o exemplar mais completo já registrado de um parassaurolofo --um gigante herbívoro conhecido por ter uma chamativa crista.

Ironicamente, dois paleontólogos profissionais haviam passado dias antes a poucos metros do local em que o menino Kevin Terris encontrou o bicho, no sul do Estado de Utah. A dupla aparentemente não deu muita importância para os fragmentos aparentes do fóssil.

"No começo eu estava interessado em ver o que era aquela parte inicial de osso saltando para fora da pedra", disse o estudante. "Quando nós expusemos o crânio, eu fiquei em êxtase", completou Terris.

Concepção artística do dinossauro apelidado de Joe; fóssil foi achado em Utah, nos EUA, por estudante do ensino médio

Depois de escavado, o fóssil foi estudado por um grupo de pesquisadores que, junto com Terris, foram percebendo a importância da descoberta.

Em um esforço inédito para difundir a descoberta, o material foi todo escaneado em 3D e está disponível online gratuitamente, para que pesquisadores e interessados de todo o mundo também possam estudar o material.

O artigo relatando a descoberta foi publicado na revista de acesso livre "Peer J" e também pode ser acessado de graça (https://peerj.com/articles/182/).

O BICHO

O fóssil, datado de aproximadamente 75 milhões de anos atrás, tem uma série de peculiaridades que o tornaram um feito paleontológico importante. Além de estar praticamente completo, o esqueleto tinha ainda tecidos moles, o que permitiu analisar em ainda mais detalhes o animal.

Quando adulto, o réptil grandalhão passava dos 7,5 metros. O exemplar encontrado, no entanto, tinha cerca de 1,8 metro. Segundo os cientistas, ele morreu antes de completar um ano de idade.

Essa estimativa foi feita com base em uma peculiaridade dos ossos de muitos dinossauros grandes.

"Dinossauros têm anéis de crescimento anual em seus tecidos ósseos, como árvores. Mas nós não vimos [em uma amostra do osso do dinossauro] nem mesmo um anel. Isso significa que ele cresceu e chegou a um quarto do tamanho de um adulto em menos de um ano", afirmou Sara Werning, da Stony Book University, uma das autoras do trabalho que descreve o animal.

Além de ter crescido tão rápido, o dinossauro --batizado de Joe em homenagem a um dos financiadores do museu envolvido no trabalho-- já ensaiava uma pequena protuberância na cabeça.

"Isso é surpreendente porque dinossauros relacionados não desenvolviam sua ornamentação até que eles chegassem pelo menos à metade de seu crescimento. O parassaurolofo tinha de ter um início mais precoce por conta de seu 'capacete' exclusivo", explica Andrew Farke, curador do Museu de Paleontologia Raymond M. Alf e autor principal do trabalho.

Além de seu caráter ornamental, os pesquisadores dizem que a crista desse dinossauro também contribuía para seus sistema vocal.

O esqueleto de Joe estava tão bem conservado que os pesquisadores conseguiram até fazer uma simulação dos sons que o bicho emitia.

Já celebridade no mundo paleontológico, o dinossauro ganhou um site próprio: www.dinosaurjoe.org.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Estudante do ensino médio descobre fóssil raro de filhote de dinossauro

Segundo os pesquisadores que analisaram o material, o fóssil pertencia a um herbívoro com menos de um ano de idade

Fóssil: encontrado no estado americano de Utah, o filhote de dinossauro teria menos de um ano e 1,8 metro de comprimento (Museu de Paleontologia Raymond M. Alf )

Um estudante americano do ensino médio foi o responsável pela descoberta do menor e mais completo fóssil já encontrado do Parassaurolofo, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 75 milhões de anos. O filhote, apelidado de Joe, tinha cerca de 1,8 metro de comprimento e menos de um ano de idade. A descoberta foi publicada nesta terça-feira, no periódico PeerJ.
No verão de 2009, Kevin Terris e outros estudantes ajudavam o paleontólogo Andy Farke, do Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, nos Estados Unidos, a procurar por fósseis de dinossauros no estado de Utah. No caminho até uma área que nunca havia sido explorada antes, Terris avistou um pedaço de osso saindo de uma rocha. A princípio, Farke acreditou fazer parte de uma costela de dinossauro, comum na região. Uma análise minuciosa mostrou que se tratava dos ossos de dedos e que, do outro lado da rocha, havia um crânio.

Fóssil raro – A equipe concluiu que o fóssil era de um filhote de dinossauro, um achado raro. O material, porém, só pôde ser escavado no ano seguinte, porque no momento de sua descoberta a equipe tinha autorização apenas para coletar ossos encontrados na superfície.

Joe foi levado para o Museu Alf, onde um estudo revelou tratar-se do mais completo Parassaurolofo já encontrado. Apesar de esqueletos adultos desse dinossauro já terem sido descobertos, pouco se sabia sobre seu desenvolvimento. Com menos de um ano de idade e quase 2 metros de comprimento, o fóssil apresenta uma pequena protuberância na parte de trás de seu crânio, que mais tarde se tornaria um tubo de osso oco, principal característica desse dinossauro.

Comunicação – Os cientistas acreditam que esse tubo era usado para amplificar os sons emitidos por esses animais, facilitando sua comunicação.

Esse fato surpreendeu os pesquisadores. Dinossauros semelhantes só começam a desenvolver essa característica quando estão na metade de seu tamanho adulto, enquanto Joe mal havia atingido um quarto dele – estima-se que ele pudesse chegar a mais de 7,5 metros de comprimento.

A análise do crânio do animal permitiu também aos pesquisadores reconstituir sua capacidade vocal. Eles concluíram que, devido ao osso mais curto localizado atrás da cabeça, os filhotes provavelmente emitiam sons muito mais agudos do que os adultos. "Junto com as diferenças visuais, isso pode ter ajudado os animais que viviam na mesma área a descobrir quem era o chefe do grupo", explica Farke.

Um modelo digital em 3D de todo o fóssil foi disponibilizado gratuitamente na internet, a fim de facilitar o acesso a essa descoberta por pesquisadores de todo o mundo.


CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Ontogeny in the tube-crested dinosaur Parasaurolophus (Hadrosauridae) and heterochrony in hadrosaurids

Onde foi divulgada: periódico PeerJ

Quem fez: Andrew A. Farke​, Derek J. Chok, Annisa Herrero, Brandon Scolieri e Sarah Werning

Instituição: Museu de Paleontologia Raymond M. Alf, nos EUA, e outras

Resultado: Um estudante americano foi o responsável pela descoberta do menor e mais completo fóssil já encontrado do Parassaurolofo, um dinossauro herbívoro que viveu há cerca de 75 milhões de anos

Fonte: Veja

sábado, 19 de outubro de 2013

Estudo explica como as asas das aves podem ter surgido

Segundo a pesquisa, uma mudança na proporção dos membros em relação ao tamanho do corpo dos dinossauros teria possibilitado o surgimento de asas

Archaeopteryx, espécie considerada intermediária entre os dinossauros e as aves (Dorling Kindersley/Getty Images)

A teoria mais aceita atualmente pelos pesquisadores sobre a origem das aves afirma que elas se desenvolveram a partir de um grupo de pequenos dinossauros terópodos, há cerca de 150 milhões de anos. Porém, a maneira como seus membros anteriores evoluíram e se transformaram em asas, possibilitando o voo, ainda não era conhecida pelos pesquisadores.

Para responder essa questão, pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, analisaram dados de diversos fósseis dos ancestrais desses animais. Eles concluíram que as asas surgiram graças a uma mudança na proporção dos membros nos dinossauros que originaram as aves.

No estudo, publicado na edição de setembro do periódico Evolution, os autores descrevem que, entre os dinossauros carnívoros, o comprimento dos membros apresentava uma proporção relativamente estável em relação ao tamanho o corpo. Essa proporção se mantinha tanto no imenso Tiranossauro Rex quanto nos pequenos terópodos com penas.  

Porém, uma alteração nessa proporção pode ter permitido o surgimento das aves e da capacidade de voo desses animais. Os membros anteriores se alongaram, tornando-se compridos o bastante para servirem como um tipo de aerofólio — uma peça de sustentação aerodinâmica. Combinado com o encolhimento dos membros traseiros, esse processo ajudou a melhorar o controle de voo nos pássaros primitivos. Além disso, pernas menores teriam ajudado a diminuir a resistência gerada pelo atrito com o vento, e também permitido às aves pousar e se mover em pequenos galhos.

Essa combinação entre asas melhores e pernas compactas teria sido essencial para a sobrevivência das aves em um momento em que outro grupo de répteis voadores, os pterossauros, dominava o céu e competia por alimento.

“Nossas descobertas sugerem que as aves passaram por uma mudança abrupta em seus mecanismos de desenvolvimento”, afirma Hans Larsson, pesquisador da Universidade McGill. Segundo ele, mudanças na proporção de membros em relação ao tamanho do corpo de um animal geralmente indicam uma mudança funcional ou de comportamento — como é o caso dos braços relativamente curtos e pernas longas nos humanos.

“Pode ser que este fato seja o que permitiu que as aves se tornassem mais do que apenas outra linhagem de dinossauros e se expandissem para a grande variedade de formas e tamanhos de membros que existem de hoje”, afirma Alexander Dececchi, coautor do estudo.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Body and limb size dissociation at the origin of birds: uncoupling allometric constraints across a macroevolutionary transition

Onde foi divulgada: periódico Evolution

Quem fez: T. Alexander Dececchi e Hans C. E. Larsson

Instituição: Universidade McGill, no Canadá, e Universidade da Dakota do Sul, nos EUA

Resultado: Concluiu-se que as asas das aves surgiram graças a uma mudança na proporção dos membros nos dinossauros terópodes

Fonte: Veja

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Veolia Environment Wildlife Photographer 2013

Fotografias de répteis quem foram destaque:

Alejandro Prieto, do México, também conseguiu destaque na premiação ao capturar esta cena de um crocodilo comendo uma tartaruga verde no Parque Nacional Corcovado, na costa do Pacífico, Costa Rica. (Foto: Alejandro Prieto/Wildlife Photographer of the Year 2013) 
Foto: Wildlife Photographer 2013 / Divulgação



O indiano Udayan Rao Pawar, de 14 anos, foi o vencedor da categoria 'júnior geral' com a foto de uma colônia de crocodilos gharial, espécie que habita alguns países da Ásia. 'Estava ouvindo grunhidos e logo depois uma fêmea grande emergiu perto da margem. Ela atraiu filhotes de outras espécies que se sentiam seguros perto dela'. (Foto: Udayan Rao Pawar/Wildlife Photographer of the Year 2013)

Foto: Wildlife Photographer 2013 / Divulgação



Fonte: Portal Terra

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Litoral cearense atrai tartarugas em busca de comida

De acordo com o coordenador do projeto Tamar, as praias cearenses são pouco utilizadas para a desova. No Bairro Serviluz, moradores relatam encalhes e filhotes que lutam para chegar ao mar.
Das sete espécies de tartaruga marinha que existem no mundo, cinco são encontradas no litoral brasileiro, a tartaruga de couro (Dermochelys coriacea), a cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga verde (Chelonia mydas), a de pente (Eretmochelys imbricata) e a oliva (Lepidochelys olivacea). Todas podem ser encontradas no litoral cearense, vindo em busca de alimentação, crescimento e descanso.
Segundo Eduardo Lima, coordenador do Projeto Tamar no Ceará, as tartarugas são atraídas pela grande quantidade de algas do mar cearense. A tartaruga verde, ou aruanã, é a mais comum no Ceará e costuma habitar águas rasas.

Foto de tartaruga verde ou aruanã (Chelonia mydas). Fonte: Tamar

Estes quelônios deixam os locais de alimentação e crescimento para iniciar um novo ciclo de reprodução retornando as praias onde nasceram para desova. Ilhas da África são os locais mais escolhidos para desova, aqui no Ceará este evento é esporádico, segundo Eduardo “Aqui pode até ter sido local de muita desova no passado, mas a coleta exagerada dos ovos pode ter mudado este hábito”.
Bairro Serviluz, Fortaleza:
Moradores relatam que ocorrem desovas na praia do bairro, segundo Carlos Alexandre, coordenador da Associação Boca do Golfinho, cerca de apenas 5% dos filhotes que eclodem conseguem chegar ao mar. Além do lixo, a larga faixa de areia de até 200 metros na maré baixa consiste em obstáculos para os filhotes.
Algumas crianças costumam surfar na praia do bairro, que tem o mesmo nome da associação, elas ao encontrarem os filhotes de tartaruga tentam ajudá-las a chegar ao mar. Também há relatos de tartarugas encalhadas na praia do bairro, em agosto foi encontrada uma tartaruga morta que media 1,8 metro.
Quer conhecer mais sobre o Projeto Tamar? Acesse: www.tamar.org.br

Fonte: http://blogdonurof.wordpress.com