quinta-feira, 30 de junho de 2011

Imagens de Lagartos





















TARTARUGAS

As tartarugas ou quelônios são répteis da ordem Testudinata, que se caracterizam por ter o corpo protegido por uma carapaça óssea. O grupo tem cerca de 300 espécies e ocupa habitats diversificados como os oceanos, rios ou florestas tropicais. As tartarugas estão na lista dos maiores répteis do mundo. São seres singelos, calmos, que se locomovem lentamente devido ao seu enorme e esverdeado casco. As tartarugas existem há mais de 150 milhões de anos. Uma tartaruga, sozinha, deposita de 100 a 120 ovos na areia.
 
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JACARÉS

Os jacarés são répteis carnívoros muito semelhantes ao crocodilo. O que os diferencia é que os jacarés possuem a cabeça mais curta e larga e também possui membranas interdigitais nos polegares traseiros. Podem pesar até 80 kg e atingir 5m de comprimento.
Possui cerca de 80 dentes, mas só os usa quando a presa é grande, pois segura a presa e sacode até que se despedace. Quando a presa é pequena, o jacaré apenas engole. Há no Brasil cinco espécies de jacarés espalhadas em várias regiões. 

Durante o dia os jacarés se juntam em bandos para tomar sol e saem à noite para caçar. Normalmente a caça é feita dentro d’água. Alimentam-se de peixes, aves, moluscos e pequenos mamíferos que ficam nas margens dos rios.
Para reproduzir, o jacaré curva o corpo com a cauda para baixo da fêmea até encostar a coacla na dela. As fêmeas põem seus ovos nas margens dos rios usando folhas soltas para esconder o ninho. Os jacarés atacam o homem quando sentem que seu ninho está ameaçado. 
Os filhotes, após aproximadamente 80 dias, nascem parecidos com os pais, porém com 25 cm de comprimento. Chegam à fase adulta aos cinco anos de idade onde terá aproximadamente 1,8m de comprimento.
 
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CROCODILOS

Os crocodilos são os maiores répteis existentes na natureza nos dias de hoje. Atualmente, o seu tamanho é, em média, de oito metros, porém na época dos dinossauros, há 140 milhões de anos, os crocodilos chegaram a medir 30 metros de comprimento. Hoje vivem até 80 anos.
São encontrados em rios, lagos e pântanos na África tropical e subtropical e em Madagascar. Habitam, também, as áreas costeiras do oeste africano.
Os crocodilos nadam com a ajuda da sua poderosa cauda. Em terra, apesar de terem patas curtas, se movimentam depressa. Imóveis, parecem troncos flutuantes, o que engana muitas das vítimas destes répteis.
Placas córneas cobrem a cabeça, o pescoço e o tronco destes répteis. A cauda é comprimida lateralmente. Os crocodilos jovens se alimentam de invertebrados, de anfíbios, de répteis, de peixes e de outros pequenos vertebrados.
Os adultos são ferozes predadores e se alimentam de peixes, de tartarugas, de aves aquáticas, de antílopes, de zebras, de grandes animais domésticos e de homens. Os dentes, implantados em alvéolos, são utilizados para destruir as presas.
Eles agem principalmente à noite. Durante o dia, descansam nas margens ou em bancos de areia, mantendo a boca aberta nas horas de maior calor.
Os crocodilos fazem seus ninhos com folhagens. A postura é de 20-50 ovos e o período de incubação é de três meses.
Uma das diferenças entre crocodilos e jacarés está na dentição. Os crocodilos ao fecharem a boca deixam aparecer o seu 4º dente.

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COBRAS

As cobras ou ofídios são répteis poiquilotérmicos (ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à sub-ordem serpentes, bastante próximos dos lagartos, com os quais partilham a ordem Squamata. Há também várias espécies de lagartos sem patas que se assemelham a cobras, sem estarem relacionados com estas. A atração pelas cobras é chamada de ofiofilia, a repulsão é chamada de ofiofobia. O estudo dos répteis chama-se herpetologia (da palavra grega herpéton que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).

Todas as cobras são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insetos. Algumas cobras têm uma picada venenosa para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por estrangulamento. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crâneo, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.
As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma atividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente.
Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente regurgitar a presa para conseguir fugir da ameaça de que se tenha apercebido. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pêlo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de ácido úrico. 
Por norma, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há exemplos de crianças pequenas que têm sido comidas por grandes jibóias. Apesar de existirem algumas espécies particularmente agressivas, a maioria não atacará seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contacto. De facto, a maioria das serpentes são não-peçonhentas ou o seu veneno não é prejudicial aos seres humano.

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CAMALEÃO

O Camaleão é um réptil conhecido por mudar a sua cor para se adaptar a um ambiente ou a uma situação. Esta estratégia o ajuda a se proteger de potenciais predadores e passar desapercebido por eles.
Além desta característica, possui a capacidade de movimentar os dois olhos independentemente e também de enrolar a cauda para se agarrar.
Por isso, sobe com facilidade em árvores e corre rápido no chão. É um bom mergulhador e também nada bem, podendo ficar submerso por longo tempo. Caso se sinta acuado, foge ou defende-se com dentadas e chicoteando com a cauda.
De hábitos diurnos, costuma ao amanhecer colocar-se ao sol para caçar todo o tipo de insetos, como gafanhotos e outros artrópodes.
O Camaleão é se alimenta de grandes quantidades de folhas verdes, e de frutos. Ingere também insetos.
Habita do México ao Brasil Central. Aqui, vive na Floresta Amazônica, nas matas de galeria dos cerrados e nas caatingas.
No período reprodutivo, os machos descem dos arbustos para encontrar uma companheira. É uma espécie ovípara, e as posturas variam entre 30 e 40 ovos, que são depositados no solo.
A incubação é longa, dura de 8 a 9 meses. Ele atinge a maturidade sexual em um ano e pode viver de 4 a 5 anos. Chega a medir um metro de comprimento. 
É um lagarto imponente, com uma bela crista que vai da nuca até a cauda e aparece também no papo. Os machos, normalmente, são mais coloridos e com ornamentações mais proeminentes na cabeça.
Tanto o macho quanto a fêmea são agressivos. Acredita-se que os indivíduos que vivem nos setores Mediterrâneos europeus derivem de exemplares introduzidos pelo homem em épocas remotas.

Curiosidade

Na simbologia africana, o camaleão é um animal sagrado, visto como o criador dos primeiros homens. Nunca é morto, e quando é encontrado no caminho, tiram-no com precaução, por medo do trovão e do relâmpago.

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LAGARTOS

Os lagartos ou sáurios (do latim científico Sauria, chamados ainda de Lacertilia) constituem uma sub-ordem de répteis escamados, caracterizando-se pela presença de quatro patas, o que o distingue da sub-ordem Serpentes, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. As famílias Anniellidae e Anguidae correspondem a répteis sem patas que parecem cobras mas que, no entanto, são lagartos, tendo em conta a estrutura do esqueleto.
Os lagartos ocorrem em todos os continentes, excepto na Antártida, surgem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns guecos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. 
São geralmente carnívoros, alimentando-se de insectos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. O monstro-de-gila, nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas.
Eles variam em tamanho: de menos de 2cm no caso do dwarf gecko a mais de 3 metros como o dragão de Komodo. Os lagartos também podem viver em qualquer lugar, em árvores ou desertos, e comer de tudo, de insetos a cabras. 
Em alguns casos, eles podem mudar de cor para se adaptar ao seu entorno ou planar sobre as florestas, usando o excesso de pele existente nos flancos como pára-quedas
A maioria dos lagartos tem quatro patas com cinco dedos em cada pé, apesar de existirem várias espécies que perdem seus membros externos do corpo. Os lagartos são famosos pela rapidez, pelo estado de alerta e pela habilidade para subir ou correr em volta de obstáculos, o que os ajudam a evitar muitos predadores perigosos. Muitas espécies podem deixar cair suas caudas quando são ameaçadas ou pegas.

Embora sejam geralmente inofensivos, a maioria das espécies morde quando é capturada, causando dor intensa nos seus captores. Duas espécies, o lagarto-de-contas e o monstro de gila, possuem um veneno muito parecido ao de algumas cobras, embora apresentem pouco risco para os humanos.
 
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DIABO-ESPINHOSO

O diabo espinhoso (Moloch horridus) é a unica espécie do gênero Moloch. É um pequeno réptil existente na Austrália cuja dieta consiste somente em formigas.


Características

Apesar do seu nome, o diabo espinhoso não ultrapassa os 20 cm de comprimento. As fêmeas são maiores que os machos. A sua coloração, que eles próprios controlam, tal como o camaleão, varia entre o amarelo e o castanho-escuro, conforme o tipo de solo e serve-lhe de camuflagem. Possui uma "falsa cabeça" atrás da verdadeira que utiliza para confundir os predadores. Possui espinhos cónicos por todo o corpo excepto na barriga onde são substituidos por protuberâncias.


Predador e presa

O diabo espinhoso só tem formigas como único alimento, especialmente as do género Iridomyrmex. Só come uma formiga de cada vez, que captura com a sua língua pegajosa, mas pode comê-las a um ritmo de 45 por minuto. Podem comer entre 600 a 3000 só numa refeição e mais de 10 000 por dia.

Vista da barriga de um diabo espinhoso
Para beber o diabo espinhoso condensa o humidade existente na noite fria nas escamas e canaliza-a até à boca através de sulcos hidroscópicos existentes por entre os espinhos. O mesmo acontece em dias de chuva ou se ele encontrar uma poça.

Embora tenha o corpo coberto de espinhos cónicos, a sua extrema lentidão torna-o uma presa fácil. Os seus predadores são a abetarda, que efectua descidas rápidas sobre ele que o atordoam até o matar, e o varano. No entanto o diabo espinhoso tem algumas técnicas de defesa como enfiar a cabeça entre as patas dianteiras e mostrar a falsa cabeça que os predadores tomam por verdadeira. Se os predadores o tentarem rolar para expor a sua barriga, a zona mais desprotegida do seu corpo, o diabo contra-ataca fazendo pressão com os espinhos e com a cauda. Para assustar os predadores pode também inchar para dar a impressão de ser maior.


Habitat

Habita principalmente terrenos de vegetação rasteira e desertos na Austrália Ocidental e Central onde se encontra a spinifex.
Acasalamento e Reprodução

O acasalamento e a postura dos ovos ocorre entre Setembro e Janeiro. São postos de 3 a 10 ovos que eclodem 3 a 4 meses depois. O diabo espinhoso atinge a maturidade aos 3 anos e crê-se que vive 20 anos em estado selvagem.
Curiosidades

O diabo espinhoso é aparentado com o lagarto de chifres da América do Norte do gênero Phrynosoma, sendo este um exemplo da evolução convergente.


Classificação científica

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Sauria
Família: Agamidae
Subfamília: Agaminae
Gênero: Moloch
Estado de conservação: não ameaçado de extinção

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ORNITORRINCO: um mamífero com características de aves e répteis

O Ornitorrinco (nome científico: Ornithorhynchus anatinus, do grego: ornitho, ave + rhynchus, bico; e do latim: anati, pato + inus, semelhante a: "com bico de ave, semelhante a pato") é um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do gênero Ornithorhynchus. Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos existentes. A espécie é monotípica.
O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem.

Classificação científica

Reino:     Animalia
Filo:     Chordata
Classe:     Mammalia
Subclasse:     Prototheria
Ordem:     Monotremata
Família:     Ornithorhynchidae
Gênero:     Ornithorhynchus (Blumenbach, 1800)
Espécie:     O. anatinus

Distribuição geográfica e habitat

O ornitorrinco é endêmico da Austrália, onde é encontrado no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia, e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da ilha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável. A espécie está extinta na Austrália Meridional, onde era encontrada nas Colinas de Adelaide e na Cordilheira do Monte Lofty.
A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperatura. A espécie é capaz de enfrentar tanto as altas temperaturas das florestas tropicais de Queensland, como áreas montanhosas cobertas por neve em Nova Gales do Sul. A distribuição atual do ornitorrinco mudou muito pouco desde a colonização da Austrália, e continua a ocupar grande parte de sua distribuição histórica.

Características


Esqueleto de um ornitorrinco
O ornitorrinco tem um corpo hidrodinâmico e comprimido dorsoventralmente. Os membros são curtos e robustos, e os pés possuem membrana interdigital. Cada pé tem cinco dígitos com garras. A cauda é semelhante à de um castor. O focinho, que lembra um bico de pato, é alongado e coberto por uma pele glabra, macia, úmida e encouraçada; ele é perfurado sobre toda sua superfície por poros com terminações nervosas sensitivas. As narinas também se abrem no focinho, na sua metade dorsal superior, e estão posicionadas lado a lado. Os olhos e as orelhas estão localizados em um sulco logo após o focinho, esse sulco é fechado por uma pele quando o animal está sob a água. A idéia de que o ornitorrinco tinha um bico córneo como o das aves surgiu do exame de espécimes ressecados. Os órgãos olfatórios não são tão desenvolvidos quanto nas équidnas. E a espécie não tem orelhas externas ou pina.
Tanto o peso quanto o comprimento variam entre os sexos, sendo o macho maior que a fêmea. Há também uma variação substancial na média de tamanho de uma região a outra, esse padrão não parece estar relacionado a nenhum fator climático, e pode ser devido a outros fatores ambientais como predação e pressão humana.
O corpo e a cauda do ornitorrinco são cobertos por uma densa pelagem que captura uma camada de ar isolante para manter o animal aquecido. A coloração é âmbar profundo ou marrom escuro no dorso, e acinzentado a castanho amarelado no ventre. A cauda é usada como reserva de gordura, uma adaptação também vista em outros animais, como no diabo-da-tasmânia e na raça de ovelha, Karakul. As membranas interdigitais são mais proeminentes nos membros dianteiros e são dobradas quando o animal caminha em terra firme. Ornitorrincos emitem um rosnado baixo quando ameaçados e uma gama de outras vocalizações tem sido reportadas em cativeiro.
O ornitorrinco tem uma média de temperatura corporal de cerca de 32 °C, ao invés dos 37 °C dos placentários típicos. Pesquisas sugerem que essa temperatura foi uma adaptação gradual as condições ambientais hostis, em parte pelo pequeno número de monotremados sobreviventes em vez de uma característica histórica da ordem.

Esporão venenoso do ornitorrinco macho
O espécime adulto não possui dentes, entretanto, os filhotes possuem dentes calcificados, pequenos, sem esmalte e com numerosas raízes; os três molares com cúspides presentes são pseudo-triangulados. Nos adultos, os dentes são substituídos por uma placa queratinizada tanto na mandíbula como na maxila, que cresce continuamente. O Ornithorhynchus possui algumas características craniais primitivas, entre elas a retenção das cartilagens escleróticas e do osso septomaxilar do crânio. No esqueleto pós-craniano, ocorre retenção das vértebras cervicais (rudimentares) e dos ossos coracóide e interclavicular da cintura escapular, condições essas que são similares aos répteis.
O macho tem esporões nos tornozelos, que produzem um coquetel venenoso, composto principalmente por proteínas do tipo defensinas (DLPs), que são únicas do ornitorrinco. Embora poderoso o suficiente para matar pequenos animais, o veneno não é letal para os humanos, mas pode causar uma dor martirizante e levar à incapacidade. Como somente os machos produzem veneno e a produção aumenta durante o período de acasalamento, é teorizado que ele seja usado como arma defensiva para afirmar dominância durante esse período.


Hábitos

Ornitorrincos são animais semiaquáticos e primariamente noturnos ou crepusculares. Quando não estão mergulhando em busca de alimento, descansam em buracos feitos nas margens dos rios e lagos, sempre camuflados com vegetação aquática. Há dois tipos de tocas, uma serve como abrigo para ambos os sexos e é construída pelo macho na época de acasalamento; a outra, geralmente mais profunda e elaborada, é construída pela fêmea e serve como ninho para a incubação dos ovos e cuidados pós-natais. As aberturas das tocas ficam acima da água, e se estendem sob as margens de 1 a 7 metros acima do nível da água e até por 18 metros horizontalmente. O território dos machos tem cerca de sete quilômetros, sobrepondo a área de três a quatro fêmeas.
É um excelente mergulhador e gasta boa parte do dia procurando por comida sob a água. Singularmente entre os mamíferos, ele se impulsiona ao nadar alternando remadas com as duas patas dianteiras; embora todas as quatro patas do ornitorrinco tenham membranas, as traseiras (mantidas contra o corpo) não auxiliam na propulsão, mas são usadas para manobrar em combinação com a cauda. Os mergulhos normalmente duram cerca de trinta segundos, mas podem durar até mais, não excedendo o limite aeróbico de quarenta segundos. Dez a vinte segundos são gastos para retornar à superfície.
Sobre a longevidade, ornitorrincos selvagens já foram recapturados com onze anos e, em cativeiro, a espécie vive até dezessete anos. A taxa de mortalidade, em adultos, na natureza é aparentemente baixa. Os predadores naturais incluem aves de rapina, serpentes, além de cães, gatos, raposas-vermelhas e o homem. A introdução da raposa-vermelha como predadora do coelho pode ter tido um impacto na população de ornitorrincos na Austrália. Um baixo número de ornitorrincos na região norte de Queensland pode ser devido a presença do crocodilo-poroso (Crocodylus porosus).



Hábitos alimentares e dieta 


Ornitorrinco, se alimentando

Possui hábitos alimentares carnívoros, se alimentando de anelídeos, larvas de insetos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujos, lagostins de água doce e pequenos peixes, que ele escava dos leitos dos rios e lagos com seu focinho ou apanha enquanto nada. As presas são guardadas nas bochechas a medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido, ou quando é necessário respirar, ele retorna a superfície para comê-las. A mastigação é feita pelas placas córneas que substituem os dentes, e a areia contida junto com o alimento serve de material abrasivo, ajudando no ato de mastigar.
O animal precisa comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele gaste 12 horas por dia procurando por comida. Em cativeiro, ele chega a comer metade do seu peso em um único dia, um macho pesando 1.5 quilogramas pode ingerir 45 gramas de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, dois sapos pequenos, e dois ovos cozidos.


Reprodução

A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre junho e outubro, com algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que uma vez ao ano.

Gravura representando um casal de ornitorrincos
Após o acasalamento, a fêmea constrói um ninho, mais elaborado que a toca de descanso, e o bloqueia parcialmente com material vegetal (que pode ser um ato de prevenção contra enchentes ou predadores, ou um método de regulação de temperatura e umidade). O macho não participa da incubação, nem do cuidado com os filhotes. A fêmea forra o ninho com folhas, junco e outros materiais macios, para fazer uma cama confortável.
A fêmea do ornitorrinco tem um par de ovários, mas somente o esquerdo é funcional. Ela põe de um a três ovos (geralmente dois) pequenos, de aspecto semelhante ao dos répteis (pegajosos e com uma casca coriácea), com cerca de onze milímetros de diâmetro e ligeiramente mais arredondados que o das aves. Em proporção, os ovos dos monotremados são muito menores, na ovulação, do que os dos répteis ou aves de tamanho corpóreo similar. Os ovos se desenvolvem "no útero" por cerca de 28 dias, e são incubados externamente por cerca de dez a doze dias.
Ao contrário da équidna, o ornitorrinco fêmea não tem uma bolsa, por isso coloca o seu corpo em volta dos ovos a fim de incubá-los. O período de incubação é separado em três fases. Na primeira, o embrião não tem órgãos funcionais e depende da gema para sua manutenção. Durante a segunda, há formação dos dígitos, e na última, há a formação dos dentes, que vão ajudar a romper a casca do ovo.
Os filhotes recém eclodidos são vulneráveis, cegos, e pelados, com cerca de 18 milímetros de comprimento, e se alimentam do leite produzido pela mãe. Embora possua glândulas mamárias, o ornitorrinco não possui mamas. O leite escorre através dos poros na pele, depositando-se em sulcos presentes no abdômen da fêmea, permitindo os filhotes lamberem-no. A amamentação ocorre por três a quatro meses. Durante a incubação e a amamentação, a fêmea somente deixa o ninho por curtos períodos de tempo para se alimentar. Quando sai, a fêmea cria inúmeras barreiras com solo e/ou material vegetal para bloquear a passagem do túnel que leva ao ninho, evitando assim o acesso de predadores, como serpentes e o roedor, Hydromys chrysogaster. Depois de cinco semanas, a mãe começa a passar mais tempo fora do ninho, e por volta dos quatro meses, os filhotes já emergem da toca.


Classificação

História taxonômica 



Ornitorrinco taxidermizado no Museu de História Natural de Londres


Quando o ornitorrinco foi descoberto pelos europeus em 1798, uma gravura e uma pelagem foram enviadas de volta ao Reino Unido pelo Capitão John Hunter, o segundo governador de Nova Gales do Sul. Os cientistas britânicos primeiramente estavam convencidos que se tratava de uma fraude. O zoólogo George Shaw, que produziu a primeira descrição do animal em 1799, dizia que era impossível não se ter dúvidas quanto à sua verdadeira natureza, e outro zoólogo, Robert Knox, acreditava que ele podia ter sido produzido por algum taxidermista asiático. Pensou-se que alguém tinha costurado um bico de pato sobre o corpo de um animal semelhante a um castor. Shaw sequer tomou uma tesoura para verificar se havia pontos na pele seca.
George Shaw inicialmente o descreveu como Platypus anatinus, independentemente, Johann Friedrich Blumenbach, em 1880, a partir de uma amostra dada a ele por Sir Joseph Banks, descreveu o ornitorrinco, como Ornithorhynchus paradoxus. Como o gênero Platypus já estava sendo usado por um besouro coleóptero, e seguindo as regras da prioridade, o ornitorrinco foi então nomeado de Ornithorhynchus anatinus.

 
Filogenética 


Ornitorrinco no Aquário de Sydney
Por causa da divergência inicial dos térios e do baixo número de espécies viventes, os monotremados são freqüentes objetos de pesquisas evolucionárias moleculares. Em 2004, pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália descobriram que o ornitorrinco tem dez cromossomos sexuais, comparados aos dois (XY) da maioria dos outros mamíferos (sendo assim o macho é representado por XYXYXYXYXY). Embora tenham a designação XY dos mamíferos, os cromossomos sexuais do ornitorrinco são mais similares aos cromossomos ZZ/ZW encontrados nas aves. A espécie também não possui o gene determinante sexual (SRY), significando que o processo de determinação sexual no ornitorrinco permanece desconhecido. Uma versão inicial da sequência genômica do ornitorrinco foi publicada na revista Nature em 8 de maio de 2008, revelando elementos reptilianos e mamíferos, como também dois genes encontrados previamente em aves, anfíbios e peixes. Mais de 80% dos genes do ornitorrinco são comuns aos demais mamíferos cujo genoma já foi seqüenciado, demonstrando que o grupo dos monotremados foi um dos primeiros a divergir de seus ancestrais reptilianos

"Esta mistura fascinante dos traços no genoma do ornitorrinco traz muitos indícios sobre o funcionamento e a evolução de todos os genomas de mamíferos ".

— Richard Wilson, diretor do Centro de Genoma da Universidade de Washington (2008)

"O genoma do ornitorrinco (Ornithorhyncus anatinus), assim como o próprio animal, apresenta um amálgama de características que pertencem a um réptil ancestral e são derivadas de mamíferos ".

— Wesley Warren et al., Nature (2008) 


Conservação 

Pintura de John Lewin (1808) retratando um ornitorrinco


O ornitorrinco é classificado pela IUCN (2008) como pouco preocupante. Exceto pela perda de habitat que ocorreu no estado da Austrália Meridional, ele ocupa a mesma distribuição original, antes da chegada dos europeus. Sua abundância atual e histórica, porém, é pouco conhecida e é provável que tenha diminuído em número, embora ainda considerado como uma espécie comum durante na maior parte da distribuição atual. A espécie foi extensivamente caçada pela sua pele até os primeiros anos de século XX e, embora protegida em toda Austrália em 1905, até cerca de 1950 ainda corria risco de afogamento nas redes de pesca nos rios.
A espécie não parece estar em perigo iminente de extinção graças à medidas de conservação, mas pode ser afetado pela quebra de habitat causada por barragens, irrigação, poluição, redes e armadilhas. Sua abundância é difícil de ser medida e, portanto, o seu futuro "status" de conservação não é facilmente previsível. Vários estudos têm relatado a fragmentação da distribuição dentro de alguns sistemas fluviais, recentemente foi extinto da bacia do rio Avoca. Isso tem sido atribuído às más práticas de gestão, levando à erosão dos bancos dos rios, sedimentação dos corpos d'água e perda da vegetação em áreas adjacentes a cursos de água. Também existem atualmente evidências de efeitos adversos no fluxo dos rios, introdução de espécies exóticas, má qualidade da água e doenças em populações de ornitorrinco, mas esses fatores têm sido pouco estudados.

Geralmente sofrem de poucas doenças no estado selvagem, no entanto, há preocupação pública generalizada na Tasmânia sobre os impactos potenciais de uma doença causada pelo fungo Mucor amphibiorum. A doença (denominada Mucormicose) afeta apenas os ornitorrincos da Tasmânia, e não tem sido observada em ornitorrincos do continente australiano. Os ornitorrincos podem desenvolver uma dermatite ulcerativa em várias partes do corpo, incluindo o dorso, cauda e membros. A mucormicose pode matar os animais, decorrente de infecções secundárias e por que afetam a habilidade dos animais de manter sua regulação térmica e na capacidade de se alimentar. Um setor da Conservação da Biodiversidade no Departamento de Indústrias Primárias e Água está colaborando com os pesquisadores da Universidade da Tasmânia para determinar o impacto da doença sobre os ornitorrincos da Tasmânia, bem como o atual mecanismo de transmissão e propagação da patologia. Algumas populações têm exibido anticorpos para leptospirose, provavelmente transmitidas pelo gado, mas não foi observada sintomatologia clínica.

Grande parte do mundo conheceu o ornitorrinco em 1939, quando a National Geographic Magazine publicou um artigo sobre o animal e os esforços para estudá-lo e mantê-lo em cativeiro. Esta é uma tarefa difícil, e apenas poucos animais têm se reproduzido com sucesso desde então - notavelmente no Santuário Healesville, em Victoria. A figura líder desses esforços foi David Fleay, que estabeleceu um berçário para ornitorrincos - um córrego simulado em um tanque - no Santuário Healesville, e teve um sucesso reprodutivo em 1943. Em 1972, ele encontrou um filhote morto, de cerca de 50 dias de idade, que tinha, presumivelmente, nascido em cativeiro, no Parque da Vida Selvagem David Fleay, em Burleigh Heads, Queensland. Healesville repetiu o sucesso em 1998 e novamente em 2000 com um tanque de fluxo similar. O Zoológico Taronga, em Sydney, obteve o nascimento de gêmeos em 2003, e tiveram outro nascimento, em 2006.


Fonte: Wikipédia

sábado, 18 de junho de 2011

EUDIMORPHODON

O Eudimorphodon cujo nome significa " Verdadeiro Dimorphodon " era um pterossauro primitivo que viveu durante o período Triássico há aproximadamente 225 milhões de anos atrás na Itália, caçando insetos agilmente, como os atuais morcegos, em numerosos bandos.



Dados do Pterossauro:
Nome: Eudimorphodon
Nome Científico: Eudimorphodon ranzii
Época: Triássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 2 quilos
Tamanho: 1 metro de envergadura
Alimentação: Carnívora



Fonte: www.avph.hpg.ig.com.br

ARCHAEOPTERIX - uma ave entre os dinossauros

O Archaeopteryx é a ave mais antiga que se conhece, conviveu com os dinossauros do período Jurássico e talvez ainda seria considerado como um dinossauro se não fosse o fato de suas penas terem se fossilizado. Um dos primeiros esqueletos de Archaeopteryx encontrados foi atribuído a um compsognathus. O Archaeopteryx tinha dentes e possuía ossos na cauda como um pequeno dinossauro, nas asas ainda possuía três dedos, que serviriam para agarrar os galhos das árvores e auxiliar na subida das mesmas. A questão que gera dúvidas é o fato de o Archaeopteryx não possuir o esterno (robusto osso provido de uma quilha que as aves tem no peito, onde se inserem poderosos músculos que permitem o bater de asas para o vôo), no entanto o Archaeopteryx possuía o chamado "osso da sorte" ou "forquilha" típico das aves.
Não se sabe ao certo se o Archaeopteryx poderia levantar vôo e voar como as aves, mas sem dúvida "voava" de galhos em galhos, dava saltos enormes impulsionados pelas asas (como as galinhas o fazem atualmente) e planava caçando insetos nas matas do Jurássico.

Dados da Ave:

Nome: Archaeopteryx
Nome Científico: Archaeopteryx lithographica
Época: Jurássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 1 quilo
Tamanho: 1 metro de comprimento
Alimentação: Carnívora

CRIORHYNCHUS

O Criorhynchus, cujo nome significa "Bico de martelo", era um pterossauro que viveu durante o período Cretáceo há aproximadamente 140 milhões de anos atrás na Inglaterra, comendo peixes e outros seres aquáticos. Sua crista se localizava bem na ponta do bico e provavelmente fosse colorida, se tornando ainda mais colorida na época da reprodução.

 

Dados do Pterossauro:

Nome: Criorhynchus
Nome Científico: Criorhynchus simus
Época: Cretáceo
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 40 quilos
Tamanho: 5 metros de envergadura
Alimentação: Carnívora

CNETOCHASMA

O Ctenochasma, cujo nome significa "Lagarto noturno" era um pterossauro que viveu durante o período Jurássico há aproximadamente 150 milhões de anos atrás na Alemanha. Possuía mais de 260 dentes no bico, os quais se acredita que eram usados para filtrar a água em busca de pequenos crustáceos.



Dados do Pterossauro:

Nome: Ctenochasma
Nome Científico: Ctenochasma gracilis
Época: Jurássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 5 quilos
Tamanho: 1,2 metros de envergadura
Alimentação: Carnívora

CYCNORHAMPHUS

O Cycnorhamphus, cujo nome significa "Bico de cisne", era um pterossauro que viveu durante o período Jurássico há aproximadamente 150 milhões de anos atrás, na Alemanha e na França, comendo peixes e outros seres aquáticos. Era também conhecido como Gallodactylus.



Dados do Pterossauro:

Nome: Cycnorhamphus
Nome Científico: Cycnorhamphus suevicus
Época: Jurássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 10 quilos
Tamanho: 1,4 metros de envergadura
Alimentação: Carnívora

DORYGNATUS

O Dorygnatus, cujo nome significa "Bico de lança", era um pterossauro primitivo que viveu durante o período Jurássico há aproximadamente 195 milhões de anos atrás na Alemanha, caçando insetos em enormes bandos, agilmente como morcegos.





Dados do Pterossauro:

Nome: Dorygnatus
Nome Científico: Dorygnatus banthensis
Época: Jurássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 3 quilos
Tamanho: 1 metro de envergadura
Alimentação: Carnívora

DSUNGARIPTERUS

O Dsungaripterus era um pterossauro de médio porte que viveu durante o período Cretáceo há aproximadamente 120 milhões de anos atrás na China. Possuía um estranho bico desdentado na ponta. Não se sabe ao certo para que servisse, mas seus dentes demonstraram que ele comia peixes e outros animais aquáticos, como o caranguejo-pata-de-cavalo.

Dados do Pterossauro:

Nome: Dsungaripterus
Nome Científico: Dsungaripterus weii
Época: Cretáceo
Local onde viveu: Ásia
Peso: Cerca de 10 quilos
Tamanho: 3,5 metros de envergadura
Alimentação: Carnívora

GNATHOSSAURO

O Gnathossauro, cujo nome significa "Mandíbula de lagarto", era um pterossauro que viveu durante o período Jurássico há aproximadamente 150 milhões de anos atrás na Alemanha, comendo peixes e outros animais marinhos como crustáceos e moluscos que habitavam as costas européias, medindo cerca de 1,7 metros de envergadura.

Dados do Pterossauro:

Nome: Gnathossauro
Nome Científico: Gnathossauro sublatus
Época: Jurássico
Local onde viveu: Europa
Peso: Cerca de 10 quilos
Tamanho: 1,7 metros de envergadura
Alimentação: Carnívora, em especial peixes

KRONOSSAURO

O Kronossauro era um réptil marinho que aterrorizava os mares do período Cretáceo, com sua enorme boca de quase 2 metros de comprimento, especializada em pegar presas grandes. Em seu cardápio constavam peixes, lulas, grandes moluscos, tubarões, ictiossauros, tartarugas marinhas, mosassauros e até outros plesiossauros. Os Kronossauros viviam em alto-mar, e só aproximavam da costa para pôr ovos (como as tartarugas marinhas fazem atualmente). Possuíam quatro potentes nadadeiras, as quais utilizavam para nadar com extrema agilidade e rapidez, só respeitando predadores maiores que eles, como, por exemplo, outros plesiossauros e alguns tubarões. Sua pequena cauda supõe-se que serviria apenas como leme, auxiliando em mudanças rápidas de direção e outras manobras. Tornavam-se presas fáceis na época da desova em que deveriam sair da água e rastejar nas praias em pleno período Cretáceo (auge dos dinossauros), onde enormes carnossauros estariam a espreita para obter uma ótima refeição.

Dados do Plesiossauro:

Nome: Kronossauro
Época: Cretáceo
Local onde viveu: América do Norte
Peso: Cerca de 25 toneladas
Tamanho: 11 metros de comprimento
Alimentação: Carnívoro

CLIDASTES

O Clidastes era um réptil marinho pertencente ao grupo dos mosassauros. Foi um grande predador, com seus quase 4 metros de comprimento, ele caçava grandes peixes e moluscos nos mares do Cretáceo. Sua cauda era um pouco mais comprida que a do mosassauro, tornando-o mais ágil, o que não evitava ser pego de surpresa, mas seus piores inimigos eram os tubarões (na foto acima), os quais já estavam mais adaptados à vida aquática que os répteis.

Dados do Mosassauro:

Nome: Clidastes
Nome Científico: Clidastes liodontus
Época: Cretáceo
Local onde viveu: Oceano Atlântico
Peso: Cerca de 400 quilos
Tamanho: 3,5 metros de comprimento
Alimentação: Carnívoro

ADAMANTINASUCHUS

O Adamantinasuchus era um pequeno crocodilo terrestre que viveu há aproximadamente 90 milhões de anos atrás durante o período Cretáceo Superior no Brasil, mais precisamente no interior do estado de São Paulo, na região do município de Marília. Seus fósseis provêm de rochas pertencentes à formação Adamantina, daí a origem do nome do animal.
Adamantinasuchus navae é uma homenagem ao paleontólogo William Nava, coordenador do Museu de Paleontologia de Marília, que encontrou seus fósseis durante trabalhos de campo efetuados nas proximidades do Rio do Peixe, que corta a região de Marília.
Vários ossos foram encontrados, alguns formando esqueletos, outros desarticulados, além de alguns crânios, indicando que a espécie mediria aproximadamente 50 centímetros de comprimento e provavelmente eram já animais adultos, em vista de características observadas nos dentes molariformes, que apresentam desgaste acentuado. Esse desgaste confere à espécie um hábito alimentar onívoro, que poderia incluir insetos, peixes, pequenos vertebrados, carcaças e também vegetais, como sementes duras. O animal poderia também escavar o solo com seus dentes incisiformes à procura de alimentos, como fazem os suínos atualmente.
A morfologia do crânio e dos ossos da pélvis, como o fêmur alongado, indica que Adamantinasuchus navae era tipicamente terrestre, com rosto alto e curto, narinas situadas na região anterior do crânio, órbitas grandes e posicionadas nas laterais do crânio, além da dentição, curta e especializada, com dentes incisiformes projetados para frente, caniniformes e molariformes, muito semelhantes aos mamíferos.
O clima reinante durante o Cretáceo Superior na região deveria ser extremamente quente e árido, e a paisagem pontilhada por lagoas e rios efêmeros, ambiente que dava vida á esses pequenos animais e também aos grandes dinossauros herbívoros.
Na segunda imagem vemos Adamantinasuchus a esquerda, Mariliasuchus a direita e saurópodes ao fundo, reconstruindo o ambiente da região na época. A reconstrução é do paleoartista Deverson da Silva, do Museu de Monte Alto, em São Paulo. A última foto mostra o esqueleto do animal fossilizado quando foi encontrado.

Dados do Crocodilo:
Nome: Adamantinasuchus
Nome Científico: Adamantinasuchus navae
Época: Cretáceo
Local onde viveu: Brasil
Peso: Cerca de 10 quilos
Tamanho: 50 centímetros de comprimento
Alimentação: Onívora



Esqueleto do réptil: